Amigos, fica clara a cada dia a diferença de Raikkonen para Grosjean na equipe Lotus. O campeão de 2007 voltou com tudo, classe, frieza e confiança. Já o franco-suíço (vamos chamá-lo de francês, já que corre sob a bandeira da França), decepcionou.

É óbvio que as declarações do chefe da Lotus, Eric Boullier, na imprensa da Europa na última semana soaram como uma justificativa. Boullier sabe melhor que ninguém que Grosjean não tem no momento, baseado na última temporada, o calibre de um piloto para ajudar Raikkonen e muito menos ser campeão mundial um dia. Boullier está tentando mostrar as qualidades de Grosjean, o que no momento penso ser apenas no lado comercial.

A Lotus precisa, como as demais equipes, pensar em 2014, com o novo carro com o motor turbo. Como Boullier bem disse o ano que vem é de final de regulamento, e 2014 será outro esquema técnico. Não adianta largar mão do carro de 2013 para pensar apenas em 2014. Os compromissos exigem que o ano que vem seja um momento de crescimento definitivo da Lotus, talvez colocando a Sauber e a Mercedes definitivamente em segundo plano. 

O caso é que a equipe não tem como trabalhar em duas frentes na fábrica de Enstone. Alias para trabalhar em duas frentes só mesmo a Ferrari, Mclaren e Red Bull, com a Mercedes correndo por fora. Não existe como se distanciar do projeto de 2014, sob pena de começar o ano do motor turbo totalmente defasado em termos de projeto.

Mas com Grosjean, no meu entender, a Lotus perde muito do potencial que poderia ter contratando outro piloto. E digo nomes, como o de Kobayashi, Adrian Sutil (que está parado) e até Paul di Resta, se a negociação fosse possível.

E ainda encerro lembrando que Grosjean abandonou 7 das 20 corridas da temporada, a maioria por erros estúpidos, como ele mesmo chamou os acidentes dos quais foi culpado. Penso que o fato dele ser francês, pelo menos na pista, pesou muito em sua renovação com a Lotus/Renault.

Um abraço, oremos sempre e feliz 2013.

Toni Vasconcelos