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A velocidade é cinza PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 14 November 2012 19:48

 

 

Foi com muita satisfação e felicidade que recebi o convite do Fernando para escrever uma coluna substituta para o nosso querido Toni Vasconcelos, profissional a quem muito admiro.

 

A vida aqui na França anda corrida, mas muito prazerosa, com o Pós Doutorado e ainda tem sobrado um tempinho para assistir as corridas na televisão. Quem sabe, no ano que vem, consigo ir para as 24 horas de Le Mans... como espectador. Não tenho a competência dos meus colegas que fizeram a sensacional matéria da etapa do Mundial de Endurance no Brasil.

 

A coluna desta semana tem a ver com uma trilogia de filmes que só conheci aqui, depois que voltei ao velho continente (A fraternidade é vermelha; A igualdade é branca; A liberdade é azul), retratando com as cores da bandeira francesa e o brado de guerra da revolução [Liberdade, Igualdade e Fraternidade].

 

Se formos olhar o mundo da velocidade, em especial a Fórmula 1, pela ótica atual dos franceses, daria para dizer que a velocidade é cinza.

 

A indústria automobilística francesa está passando por sérios problemas, com perda de mercado, espaço e avanço tecnológico dos concorrentes – tanto os de perto, como os alemães – como os de longe – caso dos asiáticos, incluindo no pacote os novos chineses.

 

Com a eleição do François Holande para a presidência do país, o quase certo apoio governamental para a volta da Fórmula 1 ao país deixou de existir e talvez o novo homem forte do país esteja certo. Para que dar dinheiro ao Bernie Ecclestone se o país tem outras tantas preocupações?

 

Agora os administradores de Paul Ricard estão tentando realizar a etapa do mundial para completar os 20 GPs do calendário desejado por Bernie Ecclestone, substituindo o GP de Nova Jersey. Digamos que consigam, digamos que seja um sucesso de público... e como ficará para 2014? Vão tentar fazer aquele revezamento com a Bélgica, a melhor corrida da temporada?

 

Os atuais pilotos franceses – Jean-Eric Vergne e Romain Grosjean – parecem não empolgar a torcida (para quem teve Alain Prost, Jacques Laffitte, Didier Pironi, Jean Alesi e tantos outros é mesmo difícil) e fora da Fórmula 1, tem o super campeão Sebastien Loeb, para ofuscá-los ainda mais.

 

Antes cá do que lá eu diria, referido-me a um não existente direito de escolha para decidir onde deveria se realizar um GP de Fórmula 1: se nas ruas de Nova Jersey ou no circuito de Paul Ricard (que seria ainda melhor com o traçado original, com a reta do mistral e seus quase 2 Km inteiros). Em todo caso, que venha um GP francês, mesmo que seja um único na escalada da categoria em busca de novos mercados (leia-se, dinheiro).

 

Abraços,

 

Luiz Mariano