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Barrichello e a Stock PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 15 October 2012 00:04

 

Caros amigos, quando vocês estiverem lendo a minha coluna desta semana, nesta segunda-feira, Rubens Barrichello estará em Curitiba, fazendo seus primeiros testes naquela que deverá ser a sua categoria de automobilismo no futuro: a Stock Car.

 

Neste primeiro contato, além de conhecer o carro e dar as primeiras voltas, Barrichello irá experimentar o novo banco, desenvolvido para a categoria.

 

Independentemente de ser o primeiro contato e de haver um equipamento em teste, o que significa realmente esta participação – nas últimas três provas do campeonato – do piloto que há 20 anos disputa os campeonatos de monopostos mais importantes do mundo?

 

A Fórmula Indy tem lá suas, digamos, esquisitices: a temporada começa relativamente cedo, ou pouco antes, ou junto com a Fórmula 1, que por conta de seus calendário de 20 corridas, precisa começar mais cedo mesmo. Contudo, como a Indy tem menos provas, acabar mais cedo seria natural, mas é um tanto quanto forçado: a categoria corre contra o tempo e tenta terminar a temporada antes do início de torneios importantes... em outros esportes, como Basquete, Basebol e Futebol Americano (aquela coisa tosca que só eles lá praticam e que os ‘miquinhos’ abaixo da linha do equador estão copiando de uns tempos pra cá).

 

Sem atividades de pista desde a corrida de Fontana, em 15 de setembro, Seria natural Barrichello buscar uma outra coisa pra fazer até o final do ano... mas seria a Stock a opção correta?

 

 

 

Pelo lado comercial, pode ser uma faca de dois gumes. Caso se saia muito bem, atropele a concorrência e mostre ter mais braço que todos os que lá estão juntos, Barrichello dará uma prova inconteste de que continua super competitivo... será? E se for mal? Se não conseguir sair do meio do pelotão? Se andar no fundo do pelotão?

 

Aí entra aquela máxima do cara que vai brigar com um bêbado: se bater, é porque o oponente está bêbado e sem condições de enfrentá-lo. Se apanhar, é passar vexame, pois estará apanhando de um bêbado. No frigir dos ovos, é uma aposta de alto risco para o futuro do piloto que ainda – ao que tudo indica – continuar correndo no exterior.

 

Barrichello tem a possibilidades, para o ano de 2013, assinar com a Ganassi, umas das maiores equipes da categoria. Contudo, para isso, tem que levar dinheiro para custear a temporada do terceiro carro, que nem as cores dos outros dois tinha em 2012, pilotado por Graham Hahal. Sobre cifras ninguém fala, mas certamente é mais do que ele precisou levar para a KV.

 

O que tudo indica, Barrichello vai precisar trilhar uma estrada começando do zero, uma vez que o patrocinador da temporada que se encerrou, declarou que não pretende renovar o contrato de patrocínio, uma vez que o piloto não deu nenhum retorno de mídia para ele. Caso eu fosse diretor desta empresa (banco) que patrocinou o piloto, mandava pra rua toda a equipe de Marketing! Como é que se tem um dos rostos mais conhecidos do país e não se explora a imagem deste, revertendo em retorno para o investidor? Querer colocar a culpa no piloto é assinar um atestado de incompetência.

 

 

 

Que o futuro de Rubens Barrichello está na Stock Car ninguém aqui no Brasil duvida. Mas que esta vinda está sendo – no mínimo – precoce, ah, isto está. Voltemos a teoria da briga com o bêbado: digamos que Barrichello chegue as três corridas que vai disputar entre os 5 primeiros colocados... mas não vença nenhuma. Será que os potenciais patrocinadores de Barrichello irão investir em bancar uma temporada na Indy “de um piloto que nem consegue vencer na Stock aqui no Brasil”?

 

A torcida para que Rubens Barrichello consiga continuar competindo em alto nível nas principais categorias do mundo é grande por parte dos pilotos, chefes de equipe, boa parte da mídia e também de fãs do automobilismo. Que essa vinda prematura para as provas nacionais não termine como uma despedida dos circuitos pelo mundo.

 

Enquanto isso, no balcão do cafezinho...

 

Tivemos mais uma corrida sonolenta do mundial de Fórmula 1, onde as emoções duraram apenas algumas curvas da primeira volta. Que ninguém venha me dizer que aquela largada e aquela primeira reta, com os dois carros da Red Bull lado a lado, bloqueando qualquer chance de ataque direto dos demais adversários e com o franco favorecimento a Sebastian Vettel seja delírio da minha cabeça. Quem viu as imagens viu o que eu vi.

 

Quem viu a corrida – sem cochilar – viu mais uma excelente corrida de Felipe Massa, que parece ter se acertado com ele mesmo e seus conflitos (méritos da nossa psicóloga? Hehehe), consolidando-se como um piloto digno de andar na Ferrari, ou em qualquer outra grande equipe da categoria. O quarto lugar, com uma boa disputa com Lewis Hamilton elevou o moral do piloto na equipe e, quem sabe, tenha sacramentado a assinatura do contrato para 2013, que muitos já dão como assinado.

 

Que nossos circuitos carecem de segurança, em alguns casos mínima, todos sabemos, mas o que se viu em Guaporé no último sábado foi aterrador. O piloto Diumar Bueno perdeu o controle do caminhão, na reta dos boxes, em alta velocidade e saiu para a grama. Sem conseguir parar e, aparentemente, com aceleração máxima, percorreu cerca de 300 a 400 metros de gramado, cruzando a pista no meio da curva 1 (e quase atingindo outro caminhão) e atingindo frontalmente a barreira de pneus e o muro... DE TIJOLOS!!! Que obviamente não seguraria o caminhão com suas quatro toneladas de peso, fora a velocidade. O caminhão – ou o que sobrou dele depois do impacto – foi parar na avenida que dá acesso ao autódromo... talvez o fato de ser o muro de tijolos, e não uma parede de concreto tenha salvo a vida de Diumar Bueno. Pois a desaceleração seria brutal e as sequelas muito piores. Gruaporé é um circuito lindo, mas precisa ser modernizado. Precisa ganhar áreas de escape nas curvas 1 e do viaduto, pelo menos. Nossos votos de melhoras ao piloto e conforto à família.

 

 

 

AJ Allmendinger voltou a correr uma etapa da Sprint Cup neste sábado, em Charlotte. O ex-piloto da Penske deve fazer ao menos duas provas por conta da concussão que Dale Jr. sofreu na prova de Talladega no último final de semana, naquela "pancadinha básica" de 25 carros. Mas ele não irá ocupar o carro 88 da equipe Hendrick, que chamou Regan Smith para substituir seu piloto.

 

Foi um arranjo meio confuso: Smith, que já tinha acertado para correr esta próxima prova com a Phoenix Racing, numa troca que envolvia Kurt Busch, que pegou a vaga do piloto na Furniture Row Racing, em acordo que começaria a vigorar também em Charlotte, deixou a Phoenix sem piloto. Nesse troca-troca a Phoenix Racing, que já havia cogitado o nome de Allmendinger logo que este foi liberado pela Nascar para correr, optou pelo ex-piloto do carro 22 da Penske, ocupado agora por Sam Hornish Jr, para esta corrida. Almendinger terminou em 24º lugar.

 

Em Fuji, com uma performance excepcional de Kazuki Nakajima (acreditem se quiser), a Toyota voltou a superar os carros da Audi no Mundial de Endurance, nas 6 horas de Fuji. Se levarmos em consideração o tempo de duração da prova, os 11segundos que separaram o TS-030, protótipo híbrido da Toyota, do Audi e-tron quattro número 1 é praticamente nada! Alexander Wurz, Nicolas Lapierre e Kazuki Nakajima seguiram uma estratégia com uma parada a mais, uma vez que o TS-030 tem um consumo de combustível maior do que o dos protótipos híbridos alemães, Pilotando no ‘stint’ final, Nakajima precisava abrir uma vantagem suficiente (mais de 35 segundos) para André Lotterer. Foi por pouco. O japonês entrou nos boxes para fazer um splash-and-go 40 segundos na frente e voltou para a pista 5s antes do alemão passar pela reta. A Audi vai ter trabalho em 2013...

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva

 

  

 

 

Last Updated ( Monday, 15 October 2012 00:56 )