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Um "Terremoto" sobre rodas PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 30 September 2012 13:14

 

 

Caros amigos, a chamada “silly season” – ou “temporada das bobagens” – costuma iniciar-se no período das férias de agosto, estendendo-se por todo todo o restante do ano, por vezes entrando no ano seguinte. Com o tempo, costuma ser pontuada por alguns fatos “nada silly”, mas o que aconteceu nesta última semana pode ser chamado de verdadeiro “terremoto sobre rodas”.

 

Que o clima andava “azedo” entre Lewis Hamilton e a McLaren todo mundo sabia... não se sabia era o quanto. A discussão não envolvia só dinheiro, tinha umas questões pessoais de liberdade, autonomia e – pelo visto – mais aquelas coisinhas que costumam desgastar casamentos. Hamilton chegou a declarar que, como condição para continuar em Woking, gostaria de ficar com os troféus de suas vitórias. Historicamente, Ron Dennis, dono do grupo McLaren, não permite isso, por acreditar que as taças devem ficar com a equipe (Era assim nos tempos do Senna? Se alguém souber, por favor, responda para o nosso email).

 

Na quinta-feira passada, a “bomba” foi publicada no twiter do jornal britânico “The Daily Telegraph”: Lewis Hamilton Assinara um contrato de três anos com a Mercedes para ser o novo companheiro de Nico Rosberg em 2013 (ocupando o lugar hoje pertencente a Michael Schumacher). O contrato entre o campeão mundial de 2008 e a Mercedes teria um valor na casa dos US$ 100 milhões (pouco mais de R$ 200 milhões). De quebra, tudo aponta para um acordo entre a estrela das três pontas e o bom velhinho para a assinatura do novo “Pacto de Concórdia” da categoria. A McLaren, pelo visto, parece ter sido “a última a saber” na estória.

 

Assim, pouco mais de 12 anos depois, Lewis Hamilton e Nico Rosberg voltarão a ser companheiros em uma equipe, e novamente sob as hostes daMercedes Benz. Em 2000 e em 2001, quando os dois eram adolescentes, um arranjo alinhavado pelo pai de Nico, o campeão de 1982, Keke Rosberg, resuntou em uma união entre Mercedes e McLaren (à época, parceiras na F1), também no kart, com o “Team Mercedes-Benz McLaren”. Por duas temporadas. Em 2001, Hamilton venceu o Campeonato Europeu de Kart. Alem disso, os dois (Nico e Lewis) foram os dois primeiros campeões da GP2, em 2005 e 2006, respectivamente.

 

Mas Ron Dennis é duro na queda e não deixou barato a perda do “talento que ele criou desde os 10/11 anos de idade. Foi buscar um jovem promissor, talentoso, rápido – e endinheirado – para recompor seu time: o mexicano Sergio Perez!

 

Revelação da temporada, Sergio Perez aparecia como “o piloto da vez” para assumir um lugar numa grande equipe em futuro próximo. Durante boa parte da temporada, sua saída  da Sauber já estava sendo especulada e dada como praticamente certa. O “destino mais provável” era a Ferrari, no lugar de Felipe Massa, ao menos no que era publicado nos jornais italianos, furiosos com o fraco desempenho do brasileiro no início da temporada. Além disso, o mexicano fazia parte do programa de jovens pilotos da escuderia italiana, então era uma aposta quase certa a sua ida para Maranello em 2013, apesar das “esquivantes declarações” de todos na equipe e de Luca di Montezemollo em particular.

 

Ron Dennis, que é um negociador dos bons, tinha um problema pela frente: a Vodafone, empresa européia de telefonia, decidiu deixar a categoria no final do ano, por causa da crise econômica. Assim, a McLaren passou a precisar de um novo patrocinador. Perez é patrocinado pelo milionário mexicano Carlos Slim, dono da Claro (que é vermelha, tem um símbolo redondo e ainda é concorrente da Vodafone). Era o piloto certo para o lugar certo!

 

A Ferrari, por sua vez, deu um “empurrãozinho”. Afinal, nos últimos meses, a ‘Scuderia’ passou a afirmar que Pérez seria muito jovem para assumir uma vaga no time. Em paralelo a isso, as conversas sobre uma possível renovação de Felipe Massa começaram a crescer, especialmente por conta das últimas performances do brasileiro.

 

E quem saiu no prejuízo nesta estória toda?

 

Michael Schumacher, que – definitivamente – não conseguiu fazer o que certamente pensava quando decidiu voltar à categoria, deixando muito a desejar em termos de resultado e envolvendo-se em alguns acidentes como os com Bruno Senna em Barcelona e Jean-Eric Vergne em Singapura.

 

O outro foi Peter Sauber, que perdeu seu piloto. No caso do chefe da equipe, o prejuízo pode ser menor, limitando-se ao quesito técnico, caso o substituto de Sergio Perez venha a ser seu compatriota Esteban Gutierrez, que disputou a GP2 este ano, que é piloto de testes da equipe e que conta com o mesmo patrocinador de Perez... a questão ficaria no montante que a empresa de Carlos Slim investiria em cada uma das equipes. Certamente, mais na McLaren.

 

E com isso, Felipe Massa fica mais perto de ter sua agonia prolongada por mais uma temporada ao lado do ‘muy amigo’, Fernando Alonso.

 

Enquanto isso, no balcão do cafezinho...

 

Não foi só na F1 que as coisas andaram mudando. Na NASCAR,  Kurt Busch, o irmão mais velho e também problemático do Kyle, vai correr para um time bem pequeno na temporada de 2013.

 

Depois de ser demitido da Penske em 2011 – em parte por destratar uma repórter da transmissão oficial – e ter disputado a temporada deste ano pela Phoenix, onde seu melhor resultado foi um 3º lugar em Sonoma, o destino do piloto será a Furniture Row disputou 191 corridas desde 2005 e venceu apenas uma: a etapa de Darlington do ano passado.

 

Ainda na NASCAR, AJ Allmendinger a voltar a correr em suas divisões. De acordo com a entidade, o piloto completou com sucesso o programa de recuperação de substâncias proibidas pela Nascar e já está apto a participar de provas. Suspenso desde o dia 24 de julho, o ‘gancho’ durou pouco mais de dois meses. Agora só falta alguém contratá-lo!

 

E Nelsinho Piquet venceu a segunda corrida na Truck Series! Desta feita, o brasileiro “levantou a galera” com uma ultrapassagem agressiva sobre Matt Crafton na última volta da corrida em Las Vegas da Truck Series.

 

O brasileiro largou em 13º e escapou de pelo menos dois momentos complicados da prova: na primeira bandeira amarela, quando Todd Bodine rodou e ele passou por dentro escapando do acidente, e depois, já nas 15 voltas finais, quando chegou a tocar o muro na briga com Brendan Gaughan e Joey Coulter, evitou a rodada e manteve o carro no traçado. Valeu Nelsinho, rumo a Nationwide!

 

Augusto Farfus se tornou o primeiro brasileiro a vencer na história do DTM. Neste domingo, o piloto da BMW dominou a etapa de Valência praticamente de ponta a ponta para subir no degrau mais alto do pódio pela primeira vez no principal campeonato do automobilismo alemão. Adrien Tambay surpreendeu, terminando em segundo.

 

Tudo bem que ter alguns dos principais concorrentes prejudicados logo no início da prova ajudou: Robert Wickens tocou-se com Martin Tomczyk logo na primeira curva. Vários carros escaparam pela brita, mas os dois – e mais Roberto Merhi – não conseguiram evitar. Em um ponto diferente, Jaime Green e Gary Paffett também se tocaram, mas seguiram na corrida. Bruno Spengler precisou cumprir um drive-through por queimar a largada... mas desde os treinos, onde ficou com a pole, o brasileiro mostrou que podia vencer. Parabéns!

 

Um abraço e até a próxima,

 

Fernando Paiva

 

 

 

Last Updated ( Sunday, 30 September 2012 13:46 )