| Olá leitores!
Como estão? Espero que todos bem. Que vosso final de semana tenha sido melhor que o do Tarso Marques. Semana agitada nos bastidores, com a confirmação da dupla de pilotos da Cadillac para 2026, Valtteri Bottas e Checo Pérez (apesar das lamúrias dos pachecos de plantão, escolha mais do que lógica por parte da equipe ao contratar 2 pilotos experientes, afinal eles precisarão desenvolver o carro), renovação de Luca Marini com o HRC e de Johan Zarco com a LCR, o que cada vez mais pavimenta o caminho de Diogo Moreira para a LCR na próxima temporada, ao que tudo indica o que faltam são detalhes para anunciar a contratação. Penso que é uma ótima escolha, não tem a pressão de uma equipe oficial como o HRC e terá um companheiro de equipe muito experiente para tirar quaisquer dúvidas. Vamos aguardar... Vamos começar com o WRC, que deixou a terra do Avô do Chucky (a.k.a. Milei) e foi para um dos mais tradicionais redutos do rali na américa do Sul, o Paraguai. Desafio novo para todo mundo, já que ninguém tinha conhecimento prévio do terreno, então sexta e sábado foram dias que marcaram a capacidade de adaptação dos competidores. E essa situação fez brilhar o quesito experiência, como seria de se esperar. Após uma decisão estrategicamente controversa da Hyundai, que retirou da corrida seu piloto melhor colocado, Adrien Fourmaux, para que ele pudesse ter os componentes de transmissão trocados para a próxima etapa (no Chile) sem receber punição de 5 minutos prevista para esse tipo de substituição em eventos conectados, o que é o caso dessas duas etapas (tipo assim, quem garante que no Chile ele conseguirá marcar os pontos que estava marcando no Paraguai? Parece coisa da Escola Superior de Estratégia Iñaki Rueda), o pódio ficou com Sébastien Ogier em 1º, entregando para a Toyota sua 102ª vitória na categoria e igualando o recorde estabelecido pela Citroën, com Elfyn Evans em 2º fazendo a dobradinha Toyota, e com Thierry Neuville levando a Hyundai para a 3ª posição. Destaque para o 8º colocado na geral, Olivier Solberg, vencedor da categoria de acesso WRC2. Maiores e melhores informações na coluna dos nossos especialistas em rali... A Fórmula Um voltou das suas férias de verão no travado cadáver do histórico Zandvoort, o que com carros tão gigantes como os atuais, que têm o tamanho de uma F-250 Double Cab, sempre é uma situação complicada quando se tenta fazer alguma ultrapassagem. As condições climáticas não cooperaram, em que pese a torcida – animada pelos DJs que tocavam a música eletrônica que eles tanto adoram – não tenham se importado muito com o tempo nublado e pouco convidativo. Como seria de se esperar, a corrida não foi das mais brilhantes, a não ser que se tome por brilho a hecatombe que se abateu sobre a Ferrari, com os dois carros sendo retirados da corrida, um por excesso de otimismo do outro competidor (Kimi Antonelli realmente achou que a pista naquele lugar tinha muita mais aderência que efetivamente tinha e alijou Leclerc da corrida) e o outro por excesso de otimismo do próprio piloto, já que Lewis fez uma trajetória de quem corre numa pista absolutamente seca, o que não era o caso no momento, quando caía uma garoa fina. Para desespero de Zack Brown, que no melhor estilo Patrick Head não consegue esconder que tem um piloto favorito, seu pupilo Lando Norris teve de abandonar a corrida por conta de falha no motor, o que realmente complicou as coisas para Norris em termos de disputa do campeonato, já que Oscar Piastri venceu, fazendo com que o australiano abrisse uma vantagem de 34 pontos para o queridinho do Zack. Para alegria da torcida local, Max Verstappen terminou na 2ª posição, mas a grande festa mesmo ficou com o 3º colocado, Isack Hadjar, que conquistou seu primeiro pódio e vai ter de se preocupar em a) fazer um trabalho com araldite ou durepox para consertar o frágil troféu de porcelana (já vi ideias ruins na vida, mas troféu de porcelana deve estar no Top 10 das piores ideias) e b) fugir do Ciclope, que após esse desempenho deve estar com vontade de promover ele para a equipe principal para dirigir um carro nitidamente mais difícil de pilotar. Boa sorte para o Hadjar, ele precisará dela. Russel conseguiu levar seu carro danificado até a 4ª posição, Albon mais uma vez arrancou leite de pedra ao levar o Williams à 5ª posição, enquanto seu superestimado companheiro de equipe foi apenas 13º, festa na Haas com os dois carros na zona de pontuação (Bearman em 6º e Ocon em 10º), aí tivemos a dupla da Aston Martin em 7º e 8º, pela ordem Stroll e Alonso, com Tsunoda conseguindo levar o difícil carro da Red Bull até a 9ª posição. Nada de sorte para a dupla da Sauber, com Hülk em 14º e Bortoleto em 15º. Vamos ver semana que vem em Monza o que acontece... E tivemos a última etapa do ano da Indycar, no oval de Nashville, uma corrida das mais interessantes e que fechou com brilhantismo a temporada. Nashville é a “corrida de casa” da fornecedora de pneus (Firestone) e também de Josef Newgarden, que conseguiu quebrar um jejum de vitórias que vinha desde o ano passado. Não foi uma vitória fácil, Alex Palou pressionou muito, pressionou com força, e se o título não estivesse decidido talvez tivesse tentado alguma manobra mais ousada, o que valorizou ainda mais o resultado de Newgarden pela pequena margem de meio segundo. Em 3º chegou Scott McLaughlin, que arrancou o degrau mais baixo do pódio das mãos de Kyffin Simpson, que teve de se contentar com a 4ª posição no final da corrida, seu melhor resultado até agora em circuitos ovais. Encerramos o Top-5 com Conor Daly. Apesar de um início de temporada tedioso, a segunda metade da temporada foi bem interessante, vamos ver se 2026 consegue seguir o padrão da segunda metade e não da primeira... Até a próxima! Alexandre Bianchini Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.
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