E aê Galera... agora é comigo!
Dentro da bagunça (o adjetivo não era bem esse...) que é o calendário geral de eventos de automobilismo da República Sebastianista da Banânia (agradecimentos ao meu camarada e colunista do site, Alexandre Gargamel) tivemos o segundo final de semana sem categorias dos campeonatos nacionais de automobilismo. O amadorismo e a falta divisão dos responsáveis pelo nosso automobilismo ultrapassam as raias do ridículo e isso inclui desde os dirigentes aos promotores, que são incapazes de se reunirem e elaborarem um calendário conjunto sem choque de datas. Mas este evento (ou a falta deles) acabou me dando a oportunidade de escrever de forma mais aprofundada sobre a maior vergonha do ano: o cancelamento da etapa da Stock Camburão em Belo Horizonte. Por onde começo? Pela “versão oficial” ou pela realidade? Pelas “versões oficiais” (sim, tem mais de uma), D. Corleone e a Cosa Nostra o problema surgiu em torno de os prazos necessários para a realização das corridas não seriam cumpridos a tempo e, por isso, impossibilitaria a execução das provas. Vale lembrar que a Cosa Nostra e os promotores locais – entre eles o político ex-presidente do Atlético Mineiro, Sergio Sette Câmara, pai do piloto da Fórmula Black&Decker – tem um contrato de validade de 5 anos para a realização da corrida, algo que D. Corleone manifestou interesse em fazer com que tal contrato fosse cumprido por diversas ocasiões. Já a versão da organização do evento informa que o motivo é devido à pressão exercida pelo Ministério Público de Minas Gerais para a suspensão das vendas de ingressos no processo judicial movido desde o ano passado, mas esta questão do processo teria atingido em cheio os patrocinadores do evento, que demonstraram ter alguma insegurança jurídica com o desenrolar do processo e entre esses patrocinadores estava o governo do estado. É aí que “a coisa começa a ficar boa”: tentaram jogar a culpa do problema nas costa do falecido prefeito da capital mineira, Fuad Nomann, que assinou o contrato para a o início do projeto BH Stock Festival. O prefeito foi reeleito em outubro de 2024, mas faleceu poucos meses depois, com seu vice, Álvaro Damião, assumindo o cargo (e a encrenca). Para tirar o corpo fora, apesar de ter a marca divulgada, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que não houve repasse de recursos públicos para a Cosa Nostra, declarando em nota que a participação do município se limitou a apoio logístico e de infraestrutura. Voltando para o governo estadual, que tinha peças publicitárias relacionadas à corrida, eram exibidas as marcas do Estado e da Codemge, a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais, com o cancelamento do evento, que também receberia uma etapa do TCR South América e TCR Brasil, a autarquia fez a solicitação da devolução dos recursos disponibilizados (o valor “é um mistério”). O evento programado para os dias 15, 16 e 17 de agosto acabou sendo transferido para o parque dos pequizais, em Curvelo, depois de um breve anúncio de que aconteceria em Cascavel-PR. O Ministério Público e o processo. Ministério Público Federal (MPF). O órgão entrou com um processo pedindo a suspensão da corrida no entorno do Mineirão, mas a contenda vem desde 2024. O MPF ingressou com ação civil alegando que o barulho da corrida ultrapassa os limites legais: 70 decibéis para áreas comuns e 55 decibéis nas proximidades do Hospital Veterinário da UFMG. Em abril deste ano, meses antes do cancelamento da etapa da Stock Camburão em Belo Horizonte, o Ministério Público Federal (MPF) fez um requerimento pedindo a suspensão da edição de 2025. Segundo o MPF, o requerimento movido neste ano integra uma ação movida ainda no ano passado, na qual o órgão exigia a apuração e o impedimento de “impactos ambientais e descumprimentos legais decorrentes da realização do BH Stock Festival em Belo Horizonte (MG)”. A reclamação era o barulho da corrida, que, na visão do órgão, ultrapassaria os limites de 70 decibéis para áreas comuns e de 55 decibéis para a região do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). De acordo com o Ministério Público Federal, o evento deste ano deveria ser suspenso até que “os organizadores comprovassem, tecnicamente, a compatibilidade do evento com a legislação ambiental vigente – o que não ocorreu até o momento do cancelamento da etapa”. O motor V8 foi substituído por um motor de 2,1 litros, quatro cilindros, com turbocompressor, mas o motor “grita que é uma beleza”. A ação, com data de autuação de 4 de julho, foi movida contra as empresas organizadoras da etapa mineira da Stock Camburão. O MPF pediu à Justiça que obrigasse os responsáveis a comprovar, com estudos técnicos, que os ruídos se manteriam dentro dos limites legais. Também solicitou a apresentação de medidas eficazes de redução dos impactos sonoros. Não havendo estas comprovações, o requerimento do órgão pedia a suspensão tanto a venda de ingressos quanto a montagem da estrutura do circuito de rua. Na ação, o procurador da República Carlos Bruno Ferreira da Silva afirmou que a realização da corrida ao lado de áreas sensíveis da universidade (parte do traçado é vizinho ao campus da UFMG), como o Hospital Veterinário, o Biotério Central e a Estação Ecológica, o que considerou-se representar grave ameaça à fauna local e às pesquisas científicas desenvolvidas na instituição. “Estudos apontam níveis de ruído suficientes para causar estresse severo e até a morte de animais em tratamento ou usados em pesquisas”, segundo escrito na peça jurídica. Segundo o levantamento encomendado pelo MPF à empresa Aecom do Brasil concluiu-se que, para respeitar o limite de 55 dB exigido em áreas hospitalares, as barreiras acústicas previstas pelos organizadores – de até 5 metros – seriam insuficientes. A contenção ideal, segundo a nota técnica, teria que alcançar 25 metros de altura, além de incluir medidas dentro da própria universidade. O crime ambiental. Em 2024, antes da primeira (única e – espero – última) corrida disputada no traçado escolhido em torno do estádio Mineirão e algumas avenidas próximas, ambientalistas protestaram contra o corte de dezenas de árvores (em operação feita durante a noite e madrugada) e denunciam que entre as árvores suprimidas, foi feito o corte ilegal de uma de uma espécie de oiti que, segundo os especialistas, não estavam entre as 63 que tiveram a derrubada autorizada. A Polícia Militar de Meio Ambiente foi acionada para realização de um boletim de ocorrência. A prefeitura prometeu o plantio de 686 árvores... foram plantadas? A resposta é não! Na verdade, algumas árvores foram replantadas na Avenida Carlos Luz, mas o plantio aconteceu sem critério, sem acompanhamento, sem irrigação e boa parte delas acabou morrendo. Novas foram colocadas, mas também morreram. Quem teve a iniciativa de um projeto pequeno, porem que conseguiu apoio e participação popular foi a Deputada Estadual Duda Salabert, que mobilizou voluntários para o plantio de árvores. Os blocos de concreto: os problemas para os pedestres e riscos ao trânsito. Sobre a estrutura que estava em processo de montagem para a prova, questionada por diversas vezes o porquê de tanta antecedência do início da montagem e, confirmado o cancelamento da prova, nada havia sido desmontado, a Prefeitura informou que ainda não havia previsão para a retirada dos 1.800 blocos de concreto instalados no entorno do Mineirão, na região da Pampulha, como parte da estrutura para a prova de rua. Mesmo com o cancelamento, o município ainda avalia o que será feito com a estrutura montada no ano passado, que permanece no local, atrapalhando o deslocamento de pedestres, pessoas com PNE relativas à mobilidade. Não bastasse o problema para os pedestres, o risco aos motoristas com os blocos da forma que estão dispostos mostrou-se um risco real. Quando totalmente montados, com o circuito pronto, há uma segurança para os carros de corrida, mas o que se vê ao redor do Mineirão e na Avenida Carlos Luz são blocos de concreto deixados pela StockCar, colocados para o evento em Belo Horizonte. A principal delas, na curva da Rua Alfredo camarate (Av. Carlos Luz), foi instalada em ângulo reto com a via — algo totalmente inseguro e irregular. Em vez de proteger, essas estruturas agravam os danos. Um erro de direção, um pneu estourado ou uma derrapagem que deveriam terminar com um susto ou, no máximo, um arranhão, acabam se tornando fatais. Segundo as normas da ABNT NBR 15486 (Barreiras de segurança longitudinal – Especificação) e da ABNT NBR 14885 (Barreiras de concreto – Requisitos e métodos de ensaio), barreiras de proteção viária devem ser projetadas para conter veículos de forma segura, dissipando a energia do impacto e evitando consequências fatais, o que os blocos como estão dispostos no momento em uma via de tráfego público não faz. A nota oficial. Como não poderia deixar de ser, os promotores emitiram uma nota oficial após o cancelamento da prova. Segue a nota na íntegra: Com grande respeito e gratidão trazemos uma importante atualização sobre o BH Stock Festival. Apesar de não haver evidências de impactos ambientais relacionados à realização do BH Stock Festival 2024, o Ministério Público Federal permanece pedindo a suspensão das vendas de ingressos no processo judicial movido. Para organizar tudo da melhor forma e garantir o alinhamento com as autoridades envolvidas, iremos alterar a data do festival. Nosso compromisso é assegurar total segurança jurídica e proporcionar uma experiência inesquecível para todos os envolvidos: público, patrocinadores, parceiros, artistas e prestadores de serviço. Além de sua importância cultural, o BH Stock Festival traz benefícios significativos para Belo Horizonte: • Impacto socioeconômico: Geração de empregos, renda e novos investimentos; • Estímulo à economia local: Atração de turistas e fortalecimento de negócios regionais; • Belo Horizonte como destino turístico: Consolidação da cidade como referência nacional e internacional; • Projeção global: Visibilidade internacional de Belo Horizonte, com transmissão ao vivo para 157 países, destacando o Mineirão e a Pampulha – patrimônio da UNESCO. Estamos ajustando os últimos detalhes para anunciarmos as novas datas e garantir que o festival seja inesquecível. Agradecemos a confiança e pedimos que acompanhem nossas redes sociais para novidades incríveis. E depois o problema é o Ogro que é grosso, mal educado, deselegante, antiético, etc. Sessão Rivotril. Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana. - Como não assisto os treinos da F1 na sexta-feira, meus camaradas sempre mandam as pílulas voluntárias. Meus agradecimentos para Bob Esponja, Madame Min e Darth Vader. - Na transmissão do treino livre, a imagem mostra alguns caras usando chapéus de cowboy e o narrador fake fala que os caras estavam “vestidos a caráter”. “Meu Jesus Cristo” (a expressão com 3 palavras nãoea bmessa...) Desde quando tem cowboys na Hungria? - O narrador de humanas foi falar sobre a cola que o Sabido deve ter mandado pra ele sobre o primeiro GP da Hungria, ainda na época dos Grand Prix e falou sobre Tazio Nuvolari (que ele chamou de “Novolari”) e suas vitórias e atropelou a história com sua ignorância ao dizer que “os antigos diziam que ele foi o maior piloto da história da F1”. Não existia F1 nos anos 30 e nem FIA. - O Prosdócimo não podia ficar pra trás e resolveu falar de Janos Lengyel, dizendo que a sala de imprensa tinha o nome dele, que era brasileiro e se naturalizado húngaro! PQP! O cara era húngaro, a família fugiu pro Brasil nos anos 40 na guerra e naturalizou-se brasileiro. - Não foi só na transmissão dos treinos de sexta-feira, mas a chamada “inprença ixpessializada” da República Sebastianista da Banânia torcendo pro Príncipe das Lamúrias ser vetado para corrida e o Filho do Dragão assumir o seu lugar mostra porque eu deixei bem claro pro Capitão em 2012 que eu não queria ser credenciado pra trabalhar no autódromo pelo Nobres do Grid. - No sábado, acordei a vizinhança com um convite “pra chupar caju” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...) quando o narrador fake reclamou do “tempo excessivo dos treinos livres ou a quantidade destes”. Daí o Prosdócimo o lembrou do fato que não há treinos com os carros na pista entre as corridas. Esse camarada não sabe ficar calado. - Dr. Smith, que nada conhece sobre F1 e tem uma pilha de papel na mesa para citar coisas técnicas que ele desconhece na prática, quando tem que falar além, recorre à F. Indy como referência. “Vai Chupar Caju” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...). Ele não consegue nem traduzir as legendas dos rádios que aparece na tela da TV. - O narrador fake, que não presta atenção na tela para ficar no celular, tentou colocar a culpa na transmissão quando falou que o piloto urso estava usando pneus macios quando na tela a informação mostrava pneus médios. Ele não assume os erros que comete e a direção da Bandburros não assume que errou ao tê-lo como narrador da F1. - Ele continuava inspirado em seu desconhecimento de tudo e não sabia que a Cadillac é uma marca, uma empresa do grupo GM (Chevrolet), com quem ele disse que “haveria uma parceria”. - Entre o TL3 e o Qualy, fui assistir o VT da F3 por sugestão do Darth Vader, meu camarada e uma transmissão do narrador de MMA com o dublê de comentarista Pária encheria 3 páginas de pílulas. Os caras não saberem a pontuação das corridas, as regras de pneus e no caso do “narrador” o nome dos pilotos e das equipes envolvidos nas disputas de posição rendeu alguns “Vai Chupar Caju” e “Meu Jesus Cristo” (as expressões com 3 palavras não eram bem essas...). - Matuzaleme estava de volta (e as pilhas de papel sobre a bancada também, além das canetas coloridas) depois do passeio em Spa-Francorchamps e começou bem o final de semana, contradizendo o narrador fake que começou a transmissão falando bobagem (o advérbio não era bem esse...) elogiando um kartódromo melhorado e falando que Hungaroring misturava charme e emoção. Nessa o “Vai Chupar Caju” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...) foi ouvido em todo o estado. - O narrador fake continuava impossível e quis fazer um parâmetro da brita trazida pra pista quando o Beduíno reclamou ter tido a mão atingida por uma pedra com o ocorrido em Clemont Ferrand, onde o Ciclope virou Ciclope com a pedra que atingiu sua viseira. Na época não havia brita e o que havia era área de escape zero, com algumas curvas tendo um paredão de pedra ao lado do asfalto e foi uma pedra quebrada pelos toques dos carros nesses paredões. Meu camarada, o Zoreia, lembrou que o traçado é dentro da cratera de um vulcão extinto. - Dr. Smith morou “meio século” nos EUA e não aprendeu o que significa “patch of rain” (pancadas localizadas de chuva). Imaginem a conversa dele com os mecas e o engenheiro para acertar o carro da F. Indy... - Treino classificatório rolando e o narrador fake fala que o cara de lua quer muito largar na pole. o “Vai Chupar Caju” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...) foi ouvido em todo o Tocantins. Não, camarada... ele quer largar da terceira fila. Nessas horas eu gostava do Piquet quando ele era piloto. - Acordando no susto (ou pegando no tranco) no meio do treino, Matuzaleme fala que o Príncipe das Lamúrias “excedeu as 4 linhas”? Minha gargalhada foi ouvida em toda Palmas. - Não basta contratar um professor particular de português para o narrador fake, dar pra ele uma gramática e um dicionário Aurélio. Se não há cérebro não há como absorver conhecimento. - Sempre “muito atento” à transmissão, o narrador fake “confundiu” os carros de Gasly e Sainz, mesmo em câmara lenta. Algumas voltas depois confundiu o Kiwi Pelado com o Beduíno. Se os carros são da mesma equipe, os outros carros envolvidos na disputa, não. O Sabido teve que trabalhar pesado no ponto eletrônico. - Em outro susto intercochilos, Matuzaleme esfregou na cara das viúvas a ultrapassagem no presuntinho em 1986 e provocou aquele silêncio desconfortável para o narrador fake. Minha gargalhada ecoou pela cidade. - Só a pachecada mesmo para achar que o diretor de transmissão da TV da F1 ia cortar a celebração e o rádio do vencedor para mostrar o filé de borboleta... - Depois da grande corrida do Filé de Borboleta, por onde andam os babacas (essa vai no original) que chamavam o moleque de “Bortolento”? Que todos “Vão Chupar Caju” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...)! - Encerro o receituário da semana celebrando o título do Cabra Jr. (Rafael Câmara) botou a mão no caneco, mas a transmissão com o narrador de MMA que perdeu a guerra e o dublê de comentarista pária foi pra acordar o país com tantos “Meu Jesus Cristo” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...). O narrador não sabia o nome dos pilotos, quais eram as equipes, quantos pilotos marcavam pontos, a pontuação da categoria, mas depois que ele achou que seriam acrescidas voltas pelas entradas do Safety Car, Darth Vader apontou a estrela da morte para nosso planeta e por pouco o mundo não acabou. O dublê de comentarista pária se perdeu no regulamento, mudou a posição de pilotos na pista e não conseguiu fazer simples contas de soma e subtração para projetar quantos pontos Rafael Câmara precisava pra ser campeão no domingo. - Para quem não sabe porque eu fiquei longe do site por algumas semanas no início do ano, tive negado meu projeto onde escrevi uma série (em 6 episódios), sobre a verdadeira história do maior piloto de todos os tempos. Criei um Blog para isso e quem quiser ler a saga do maior astro das pistas é só clicar aqui. Felicidades e velocidade, Paulo Alencar Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.
|