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Duas em uma: McLaren sobra na F1. Toyota sobra no WRC e o resgate da semana passada PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 04 August 2025 08:15

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que todos bem. Infelizmente semana passada não consegui enviar a coluna, cortesia de uma atualização do Windows 11 não muito bem digerida pelo meu equipamento. Que saudades do Windows XP SP2, funcionava tão estável... de lá pra cá, foi só ladeira abaixo. Enfim, vida que segue. Ao final dessa coluna, segue o textão (não ficou do tamanho das colunas do Shrek, mas somando tudo... foi bem mais prolixo que meu habitual) que deveria ter sido entregue semana passada.

 

Vamos começar com o WRC, que foi para uma das suas mais tradicionais etapas, o Rali da Finlândia. Claro que a cobertura completa será encontrada na coluna dos nossos especialistas em rali, mas não posso deixar de mencionar uma etapa com tanta história e com tantos saltos espetaculares... a velocidade sempre foi uma marca registrada da etapa, desde os tempos d’antanho quando a extensão era consideravelmente maior e se chamava Rali dos 1000 Lagos e os carros dificilmente passavam de 150cv... muita água passou por baixo da ponte, muitas mudanças de regulamento daqueles tempos para cá, mas a característica de velocidade do rali permaneceu. E escolheram para o dia do encerramento a clássica Ouninpohja, um dos lugares mais especiais para os fãs de rali de velocidade. A edição de 2025 foi histórica, não apenas por marcar um novo recorde de média horária para um rali, quase 130 km/h NO CASCALHO (não é asfalto, é rali de cascalho, piso com uma aderência não das maiores...), mais precisamente 129,95 km/h de média, mas também por uma “varrida” homérica da Toyota Gazoo Racing, que igualou o feito da Lancia em 1990 e conquistou os 5 primeiros lugares na etapa. Vitória de Kalle Rovanperä, sua primeira “em casa” desde que estreou na categoria principal. Atrás dele se desenvolveu uma grande batalha pela segunda posição, batalha essa vencida por Takamoto Katsuta, que conseguiu se impor por apenas 3 segundos de vantagem sobre Sébastien Ogier, que teve de se contentar com o degrau mais baixo do pódio. Atrás deles, completando a cinquina Toyota, tivemos o líder do campeonato Elfyn Evans na 4ª posição e Sami Pajari na 5ª posição. Ott Tänak chegou na Finlândia líder e saiu na 4ª posição, por conta de perder tempo com danos sofridos pelo carro e uma penalização de 5 minutos, terminando apenas na 10ª posição. O vencedor Kalle está apenas 3 pontos atrás do Elfyn e 10 pontos adiante de Tänak e Ogier. O campeonato chegará ao Paraguai pegando fogo... aliás, curioso para ver o que os atuais carros, altamente tecnológicos, farão no espaço em que era disputado o dificílimo Rali Trans-Chaco. Realmente curioso.

 

E a Fórmula Um saiu da melhor pista da temporada e foi para a pior pista da temporada, o kartódromo tamanho gigante que desde 1986 recebe a categoria. A pista era ruim com carros um metro menores, agora que não seria melhor. Pior que a pista só a equipe Errari, ops, Ferrari. Problema no chassi? Sério? De verdade? É o tipo de coisa que a gente via nos tempos de Andrea Moda, Scuderia Italia, AGS... uma estrutura do tamanho da Ferrari apresentar um carro com um problema desses, sem que ele tenha batido, é pra ter investigação da FIA sobre a segurança do equipamento. Bom, deixando os pangarés da periferia de Módena de lado, mais uma dobradinha da McLaren, dessa vez com Norris à frente. Aparentemente estão revezando bem, sem que um possa escapar muito do outro. Acompanhando Norris e Piastri no pódio chegou George Russell, que fez uma bela e arrojada ultrapassagem sobre Leclerc para conquistar mais um pódio. Seu companheiro Antonelli se classificou mal, e levando em conta que largou em 15º, o 10º lugar não foi ruim. Em 4º chegou Leclerc, e os Aston Martin fizeram a melhor corrida deles este ano, com Alonso terminando em 5º e Stroll em 7º. Separando os dois, a grande surpresa da prova: Gabriel Bortoleto, com aquela cadeira elétrica da Sauber, conseguiu seu melhor resultado esse ano e terminou em 6º. Simplesmente genial o que o menino Bortoleto fez esse domingo. Ainda mais levando em conta que seu companheiro terminou em 12º lugar... e como o mundo não para de surpreender, Liam Lawson (8º) terminou na frente de... Max Verstappen (9º). Esse, se alguém apostou, levou uma grana boa. Felizmente agora teremos as férias de verão da categoria, onde os pilotos que estejam com seu lado psicológico alterado poderão procurar ajuda para colocar as coisas em ordem novamente. Mas, mais importante que tudo, a etapa da Hungria já foi.

 

Até a próxima!

 

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que todos bem. Tivemos uma semana triste com o passamento do grande mestre da música Ozzy Osbourne, poucos dias após fazer seu show de despedida que não apenas encantou os fãs como arrecadou mais de 19 milhões de dólares para caridade, algo que algumas pessoas na Terra do Doritos Topetudo e da República Sebastianista da Banânia não veem com bons olhos. Enfim, parece que usar o cérebro em alguns círculos virou o 11º mandamento bíblico (não que essas pessoas que tanto citam o mencionado livro o tenham lido e/ou entendido, mas enfim...), inclusive alguns no meio jornalístico, onde EM TESE se deveria ter pessoas com propensão a refletir sobre a realidade e não a ficção dos fatos. Antigamente a vinda de um meteoro que propiciasse uma destruição como a dos dinossauros era um temor, hoje é uma esperança.

 

Mas vamos ao que interessa, corridas. E as tivemos aos montes. Começando com o Mundial de Superbike, que foi até a nova pista construída no Parque Balaton na Hungria, um traçado que para motos ficou bem interessante e deve ser menos ruim para carros que o famigerado Hungaroring, que tapuias adoram por ser tão travado quanto as pistas daqui. Não que ele seja uma pista veloz, mas ao menos possui mais pontos de ultrapassagem que o kartódromo tamanho gigante que semana que vem recebe a F-1... a corrida do sábado começou com um strike que envolveu 7 pilotos e tirou 3 da relargada. O autor da obra de arte, Andrea Iannone, recebeu uma punição de dupla volta longa... o que para o tamanho da bobagem, ficou até barato. Vitória, como de costume nas últimas etapas, ficou com Toprak, que está se despedindo em grande estilo da categoria. Foi acompanhado no pódio pela dupla da Ducati oficial, com Bulega à frente de Bautista. No domingo, antes da prova principal, aconteceu a corrida curta que define a pole position para a prova “longa”, que foi a 1000ª corrida da história da categoria. Vencida, como podemos imaginar, por Toprak... e a prova longa, a 1001ª da história do Mundial de Superbike, teve como vencedor novamente Toprak, acompanhado no pódio novamente por Bulega na 2ª posição, mas dessa vez com Sam Lowes no degrau mais baixo do pódio. E no domingo o turco resolveu humilhar: venceu com mais de 10 segundos de vantagem. O resultado desses desempenhos fulminantes todos é que ele abriu 26 pontos de vantagem para Bulega, ou seja, pode ficar uma corrida sem pontuar que ainda assim não perde a liderança da corrida. Provavelmente sairá do WSBK para a MotoGP como campeão da categoria.

 

Já com o campeonato decidido, tivemos a última etapa do campeonato da Fórmula E em Londres, em uma das mais curiosas pistas da temporada, por ter uma parte coberta. A prova contou com o patrocínio do novo filme do Quarteto Fantástico, que – sinceramente – dessa vez espero que faça jus aos quadrinhos, pois já foram feitas diversas tentativas, e nada que chegue vagamente perto do que os fãs leem. As duas corridas tiveram um dono, o neozelandês Nick Cassidy, que encerrou a temporada com chave de ouro vencendo as corridas do sábado e do domingo. No sábado ele foi acompanhado no pódio por Nyck de Vries na 2ª posição e por Pascal Wehrlein na 3ª. Já no domingo, de Vries repetiu a 2ª posição, mas o 3º colocado foi Sébastien Buemi. Voltamos a ter apenas um representante nacional na categoria, e no sábado o coach piloto terminou na 17ª e última posição, ao passo que no domingo ele poderia ser o piloto que mais posições ganhou na corrida (afinal, largou em 21º e penúltimo lugar mas terminou em 9º), porém António Félix da Costa largou em 22º e terminou em 6º... mas já é alguma coisa. Agora é aguardar a próxima temporada, que promete ser tão interessante quanto essa. Definitivamente a tração integral deu um novo alento para a categoria.

 

O TCR South America teve sua última etapa uruguaia esse final de semana, e os pilotos deram um belo espetáculo para público que tentava se aquecer como podia. Na primeira corrida do dia, Nelsinho não tracionou tão bem quanto gostaria na largada e Leonel Pernía se aproveitou para assumir a liderança. Bem que Nelsinho tentou, mas Pernía não esmoreceu e sustentou a liderança até o final, sendo acompanhado no pódio por dois brasileiros, Nelsinho em 2º e o atual campeão Pedro Cardoso em 3º. Na segunda corrida, com o grid invertido com os 10 primeiros colocados, Raphael Reis se aproveitou de largar na primeira fila, superou a esperança local Carlos Silva e foi abrindo vantagem para garantir a vitória. Em 2º chegou o argentino Juan Angel Rosso e em 3º Benjamin Hites, do Chile, que garantiu um pódio logo em sua corrida de estreia. Agora teremos as etapas finais no território brasileiro.

 

E a Fórmula Um aparentemente não aprende com os erros e voltou a fazer papelão em Spa por causa de chuva. Se a categoria não consegue andar em Spa com chuva, e a Floresta das Ardenas é um local com considerável quantidade de dias de chuva, qual o motivo de continuarem insistindo em colocar a pista no calendário? Vejam bem, não estou contra a pista, estou contra os “cérebros” (entre aspas mesmo) da FIA que resolvem dar bandeira vermelha pelos motivos mais aleatórios possíveis e ainda ficam aguardando a pista estar quase seca para recomeçar a prova. Ridículo. Depois que a pista ficou quase seca e finalmente a largada foi liberada, a disputa pela liderança ficou com a dupla da McLaren, e dessa vez Piastri foi mais inteligente na pista do que Norris, ousou prolongando seu tempo de pista com os pneus médios, e conseguiu segurar o companheiro para ficar com a primeira posição. Foram acompanhados no pódio por Charles Leclerc, que se aproveitou de uma carga aerodinâmica menor para não deixar Verstappen se aproximar nos trechos de alta e garantir um suado 3º lugar. Grande corrida de Gabriel Bortoleto numa pista muito veloz, onde o 9º lugar na bandeirada pode ser considerado uma vitória pessoal. Vamos ver semana que vem, no travado Hungaroring, pista que nivela os carros por baixo, o que poderemos aguardar...

 

E a Indycar foi para a segunda pista mais interessante do calendário, Laguna Seca, e simplesmente o Palou não deu chance para ninguém. Essa é uma pista à qual o espanhol se adapta perfeitamente, nos últimos 4 anos foram 3 vitórias, e as duas últimas ele venceu largando da pole. Com essa, ele conseguiu 8 vitórias nessa temporada. Quem, na história da categoria, conseguiu mais? A.J. Foyt, Al Unser Sr. e Mario Andretti. E o recorde são 10 vitórias. Como são 14 corridas na temporada... podemos esperar que ele entre no livro dos recordes da Indycar? Eu creio que sim. Não é uma análise objetiva, eu sei, porém para conseguir apenas os números frios e o relato da corrida, existem outros sites, e sei que aqui posso oferecer algo a mais. A prova foi tão fácil para Palou que ele se deu ao luxo de diminuir o ritmo nas voltas finais, assim sendo a vantagem de quase 4 segundos na bandeirada não foi exatamente fidedigna do domínio que ele impôs na corrida. Foi acompanhado no pódio por Christian Lundgaard na 2ª posição e por Colton Herta na 3ª, artífices de uma das maiores disputas da prova. Vale a pena conferir a próxima etapa em Portland, outra pista em que Palou costuma mostrar grandes resultados.

 

Até a próxima! 

 

Alexandre Bianchini 

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

 
Last Updated ( Monday, 04 August 2025 08:43 )