| Olá leitores!
Como estão? Espero que todos bem. Final de semana muito interessante no mundo do esporte a motor, e quem não se emocionou com a filhota do Nico Hülkemberg comemorando ao ver o pai no pódio está morto por dentro. Nada mais a acrescentar. Vamos começar com o grande evento do final de semana: em um Silverstone com condições climáticas de Silverstone, aconteceu o evento mais importante do final de semana: após 243 corridas, finalmente Nico Hülkemberg conseguiu seu pódio. Uma grande amiga minha até comentou que o Nico estreou na categoria uma semana após a filha dela nascer... e hoje a filha já tem um grupo de whatsapp com os amigos específico para comentar sobre corridas de F-1. Meu único grande medo é algum sem noção (o termo não era bem esse, como diria o Shrek...) utilizar o pódio do Nico para fazer post sobre resiliência no LinkedIn, a maior concentração de gente sem noção (idem...) por bit que existe na internet. Ele enfrentou condições de pista onde muitos pilotos mais cotados sucumbiram, e por incrível que pareça a Sauber acertou na estratégia. Assim, ele conseguiu sair de 19º para um 3º lugar à frente de gente como Hamilton (4º) e Verstappen (5º), dentre vários outros menos cotados. Em uma corrida na qual o bom senso e a capacidade interpretativa das condições eram uma necessidade imperativa, quem conseguiu ser pior que a estratégia do engenheiro do Leclerc foram os comissários de prova, que ao perceber que em CNTP o inglês Norris não alcançaria o australiano Piastri, puniram o “estrangeiro” por fazer uma coisa que o Max Verstappen já fez centenas (não dezenas) de vezes quando estava na liderança e não recebeu punição. Isso me faz voltar ao discurso da época do Michael Masi: se é para levar o regulamento ao pé da letra, sem interpretação, então não precisa de comissários: existem centenas de sensores espalhados pela pista, basta colocar os parâmetros num computador e deixar o software distribuir as punições. Não existe a necessidade de comissários para fazer aquele papelão. Enfim, a vontade dos comissários foi feita e o inglês venceu na Inglaterra. Patético, mas enfim... nem vou comentar sobre a corrida dos dois primeiros, pois afinal de contas o resultado foi adulterado pela incompetência dos comissários e o verdadeiramente importante do final de semana aconteceu no degrau mais baixo do pódio. A Indycar foi até Mid-Ohio para ver mais um recorde ser estabelecido: combinando uma estratégia de economia de combustível perfeita e aproveitando um raro erro de Alex Palou, Scott Dixon venceu e conseguiu obter pelo menos uma vitória em 23 temporadas, sendo 21 temporadas consecutivas, em sua carreira. Dois recordes de uma tacada só. Esse é um piloto extremamente diferenciado, definitivamente. Ao se aposentar, será uma injustiça monumental se ele não conseguir seu lugar no Hall da Fama da categoria. E não foi uma conquista fácil, após o pequeno erro que permitiu a ele passar Palou, o atual campeão foi atrás e tentou bravamente reconquistar a posição, porém com toda sua experiência ele conseguiu segurar o ímpeto do Palou e não deu a necessária brecha para ele tentar ultrapassar. Os 4 décimos de segundo ao final não traduziram exatamente o sufoco que ele sofreu do espanhol. Mais uma vez nessa temporada a 3ª posição ficou com Christian Lundgaard, da McLaren, que colocou uma confortável vantagem sobre seus perseguidores mais próximos, Colton Herta (4º) e Pato O’Ward, que fechou o Top-5. Próxima corrida no mini oval de Iowa. E o TCR World Tour foi até a histórica pista de rua de Vila Real para a etapa portuguesa do torneio. O domínio dos carros chineses Lynk&Co sob cuidados da Cyan Racing continua, com Yann Ehrlacher garantindo seu presente atrasado de aniversário vencendo a primeira corrida do dia, acompanhado do seu companheiro de equipe Santiago Urrutia em 2º e com outro latino, Esteban Guerrieri, em 3º com seu Honda. Na segunda corrida do dia, mais uma vez os chineses com dobradinha na ponta, dessa vez com o Thed Björk vencendo a corrida e com Ma Qing Hua na 2ª posição. O degrau mais baixo do pódio ficou novamente com um Honda, dessa vez o de Ignacio Montenegro. A disputa na pontuação geral entre Ehrlacher e Guerrieri continua acirrada: antes do começo das férias de verão (o World Tour agora só volta em setembro, na Austrália) a diferença entre eles é de apenas 27 pontos, o que numa categoria como essa... é consideravelmente pouco. Vamos ver como se comporta a disputa Lynk X Honda na segunda metade do torneio. Por hoje é só, quem estiver no estado de São Paulo aproveite no meio da semana o feriado em que a intelectual população do estado comemora a Revolução de 1932, onde o estado perdeu mas é comemorado como se fosse uma vitória. Depois eu levanto questionamentos intelectuais a respeito da população e o errado sou eu... Até a próxima! Alexandre Bianchini Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.
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