| Olá leitores!
Como estão? Espero que todos bem. Final de semana teve de ser dividido entre as corridas que todos nós amamos e festa junina (não posso deixar passar essa época do ano onde é possível usar camisas xadrez e beber vinho quente e quentão incólume), mas felizmente tive bastante assunto para a corrida. Vamos começar com a corrida da Fórmula E em Jacarta, 12ª de 16 etapas do campeonato. Pista interessante, larga, mas definitivamente o excesso de poeira atrapalhou um pouco o espetáculo. Fosse corrida com carros a combustão, certamente teríamos algum problema de motor causado por isso. Para o próximo ano eles poderiam rever essa questão da poeira (só passar antes dos treinos aquele caminhão de varrer ruas, nada muito difícil ou inovador) e a localização do Modo Ataque também poderia ser aperfeiçoada, onde está é um pedido para acidente quando o piloto está saindo da área demarcada. Vitória de Dan Ticktum, sua primeira em 60 largadas na categoria, levando o pessoal da equipe às lágrimas, já que foi a primeira vitória que eles conquistaram desde quando tinham Nelsinho Piquet como piloto. O britânico foi acompanhado no pódio por dois suíços, Edoardo Mortara em 2º (com quem ele teve uma intensa disputa nas voltas finais) e Nico Müller em 3º. Momento pastelão da prova foi a disputa entre De Vries e Dennis, com De Vries ficando irritado com a intensidade que Dennis defendeu a posição e jogando o carro para cima do piloto da Andretti, danificando a asa dianteira dele e gerando um safety-car para limpar os pedaços de fibra de carbono que ficaram na pista. O brasileiro Lucas di Grassi fez o que estava ao alcance dele, e após largar em 20º e contar com 4 abandonos, terminou em 13º, aquele número pelo qual ele tanto demonstra amor e paixão nas redes sociais... Em seguida, a maior corrida de carros de turismo e GTs da atualidade, as 24 Horas de Nürburgring, na qual correm 20 (sim, isso mesmo, vinte) categorias diferentes. Claro que a atenção vai para os carros mais potentes, os GT3 (lá categoria SP9), que acabam recebendo a maior atenção, mas tinha literalmente muita coisa diferente, como uma categoria com um solitário carro (um BMW 318ti E36) e o meu favorito, o Dacia Logan #300 da Ollis Garage que corre na SP3T, e que infelizmente não terminou a corrida por causa de um acidente envolvendo um Aston Martin da SP9 que deve ter achado que estava correndo de Fórmula Um e que os retardatários têm que sair da pista pra dar passagem para ele. Menos mal que o causador do acidente também se deu mal. Mas o importante não é isso: o importante é que teve vitória brasileira: Apenas um BMW M4 GT3 EVO foi inscrito na SP9 pela equipe Rowe para brigar contra o enxame de Porsche 911 R (aquele com motor entreeixos, que você não consegue comprar pra passear na rua), Aston Martin Vantage, e alguns Mercedes AMG GT e Ford Mustang, e... ele venceu, após passar horas mantendo o Porsche #911 da Manthey a uma distância que permitisse o ataque se algum erro acontecesse. Bom, o #911 envolveu-se num acidente evitável com um Aston Martin, e recebeu uma punição de 1m40s por conta disso. A equipe protestou, mas os comissários rejeitaram o protesto ainda antes da bandeirada (fosse no BR, o resultado sairia 5 horas após o término...) e eles não conseguiram abrir essa vantagem para o BMW da Rowe. Foram acompanhados no pódio da geral por outro Porsche 911, dessa vez o #54 da Dynamic GT. Vamos aguardar o que nos espera na edição 2026, que já está anunciada na página da categoria... O TCR World Tour foi até Monza, e as disputas foram dignas do palco. A primeira corrida teve vitória de Norbert Michelisz (Hyundai Elantra), tendo como companhia no pódio a dupla da Cyan Racing, Yann Ehrlacher em 2º e Thed Björk em 3º, com seus Lynk&Co 03. A 2ª corrida do final de semana teve a inédita vitória de Aurélien Comte, com seu Cupra Léon, que enfiou quase um segundo e meio de vantagem para o 2º colocado, Néstor Girolami (Hyundai Elantra) e quase 2 para Björk, novamente na 3ª posição. No campeonato, liderança do Ehrlacher, seguido por Guerrieri e por Urrutia. Será que ele segura os latino americanos até o final da temporada? A conferir... Em Mugello o Mundial de Motovelocidade fez uma etapa das mais emocionantes que já vi. A torcida que lotou as arquibancadas apenas sentiu falta do hino italiano tocando no pódio (e deve ter lamentado a escolha do cantor para o interpretar antes da largada da MotoGP, pois ele o fez com a emoção e empolgação de um cantor de churrascaria daqueles bem meia boca mesmo), pois na pista as disputas foram eletrizantes. Começando pela Moto3, que na metade da corrida ainda tinha o pelotão andando junto como um enorme enxame de abelhas, todo mundo ultrapassando todo mundo. No último terço da corrida, com pneus desgastando, o pelotão da frente foi diminuindo um pouco... mas um pouco mesmo. Na bandeirada, os 9 primeiros estavam separados por apenas 55 centésimos de segundo. Na última curva, Maximo Quiles conseguiu o impulso para alcançar sua primeira vitória na categoria por 6 milésimos de segundo sobre Alvaro Carpe e 66 milésimos sobre Dennis Foggia, 2º e 3º colocados, respectivamente. Começando o domingo com essa obra de arte, seria difícil as categorias superiores superarem o espetáculo. Tentaram, mas não conseguiram. Na Moto2, as expectativas em torno do Diogo Moreira eram enormes, por conta da pole position conquistada na véspera, mas ele teve de se contentar com um 4º lugar, que ficou de bom tamanho levando em conta a maior experiência dos demais envolvidos. Vitória ficou com Manuel Gonzalez, que partiu de 8º para brigar encarniçadamente na frente e tirar a vitória da mão de Albert Arenas, que fez o que estava ao alcance mas não conseguiu segurar o Gonzalez. O degrau mais baixo do pódio ficou com Aron Canet, que foi um adversário duríssimo para Diogo e ao final da prova estava reclamando que o brasileiro tratou ele na pista como ele trata todos os adversários... imaginem o rei do contato com os outros pilotos reclamar que alguém tocou na moto dele??? Sem noção... e na MotoGP, chegou o histórico momento da 93ª vitória no Mundial de Motovelocidade para o #93, Marc Márquez, que simplesmente levou todos os pontos possíveis no final de semana, vencendo no sábado a Sprint Race e no domingo a corrida principal. No começo da corrida até que Bagnaia tentou oferecer resistência, mas... acabou perdendo terreno para o Alex Márquez, mais uma vez em 2º com a Ducati do ano passado, e ainda tivemos o Fabio Di Giannantonio subindo no pódio na 3ª posição, para felicidade do patrão Valentino Rossi, passando Pecco na penúltima volta. Alguém na Ducati está precisando de um baita psicólogo, e não é o #MM93... A Indycar foi até o mais belo autódromo misto dos EEUU, Road America, nas vizinhanças do Elkhart Lake, e a corrida foi bem interessante. A estratégia de economia de combustível funcionou muito bem para Alex Palou, e ele conseguiu sua 6ª vitória na temporada, feito alcançado pela última vez em 2011 pelo Will Power. Levando em conta que a temporada tem 17 etapas e essa foi apenas a 8ª... poderemos ter mais vitórias ainda. Não acho que a dúvida seja se Palou será campeão, mas sim em qual corrida antes da última ele será campeão. Em 2º terminou Felix Rosenqvist, com a Meyer-Shank também fazendo um belo trabalho de estratégia, e mais uma vez a estrela de Santino Ferrucci brilhou, e ele conquistou outro pódio para a A.J. Foyt Enterprises. Ainda foi para a galera pedir cerveja para um torcedor, que figura... Kirkwood, vencedor das duas últimas provas, chegou em 4º e o outro carro da Meyer-Shank, o de Marcus Armstrong, fechou o Top-5. Indycar agora só em julho, com rodada dupla no acanhado oval de Iowa. Até a próxima! Alexandre Bianchini Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.
|