| Olá leitores!
Como estão? Espero que todos bem. A Fórmula E correu na China, em uma versão curta da pista usada na Fórmula Um, com pouco mais de 3km ao invés dos pouco mais de 5km da F-1. Sábado, com tempo seco, o espetáculo foi de boa qualidade, com o pelotão correndo relativamente coeso e com disputas por praticamente todas as posições. A vitória ficou nas mãos da equipe DS-Penske, fazendo dobradinha com Max Günther em 1º e Jean-Éric Vergne na 2ª posição – após largar em 10º e vir galgando o pelotão, com o McLaren de Taylor Barnard completando o pódio em 3º. Lucas Di Grassi largou no fundo, apareceu entre os 10 primeiros, mas para isso gastou muita energia e teve de diminuir o ritmo no final, terminando a prova no 18º lugar. Já no domingo tivemos a chuva para apimentar ainda mais o espetáculo, se bem que a direção da corrida tentou estragar, fazendo não apenas uma largada atrás do safety-car como deixando ele na pista por longas 7 voltas... pô, só tem adulto na pista, deixa o pessoal correr... enfim, Nick Cassidy aproveitou a pole position, a falta de spray d’água à sua frente, e abriu uma vantagem confortável para administrar e vencer de ponta a ponta a corrida. Atrás dele chegou a dupla da Porsche, com Pascal Wehlein à frente de António Felix da Costa, completando o pódio. Nosso coach de extrema direita largou em 4º e terminou em 9º... faltou mindset e trabalhar enquanto os outros dormiam, mas ainda assim chegou na zona de pontuação. Seguindo com a Indycar, que após a grande festa de Indianapolis foi para uma agitada corrida em Detroit. E bota agitada nisso: a Prefeitura de Detroit resolveu que iria competir com Sebring no quesito ondulações, e a pista maltratou a coluna dos pilotos. Foi uma prova melhor que as que tivemos antes das 500 Milhas, em parte por conta de um pouco mais de ousadia nas estratégias, em parte por conta do fato que alguém finalmente parou o Palou. OK, quem parou de verdade foi a barreira de pneus, mas teve a ajuda do David Malukas, que deu um toque na traseira do líder disparado do campeonato. Neste cenário, a vitória ficou com Kyle Kirkwood, que superou uma asa dianteira danificada para conquistar sua segunda vitória na temporada, três segundos e meio à frente do segundo colocado, Santino Ferrucci, conquistando um ótimo resultado para a tradicional equipe de A.J. Foyt, e quase 5 segundos à frente de Colton Herta, 3º colocado. Chegou a dar a impressão, em alguns momentos, que Will Power conseguiria a primeira vitória da Penske na temporada, mas ele teve de se contentar com o 4º lugar. Esperemos que as próximas corridas sejam desse patamar para melhores... realmente gostei dela. O TCR South America foi para mais uma rodada dupla, dessa vez em Termas do Rio Hondo, e o público não teve do que reclamar, a não ser a pouca quantidade de carros na pista. A primeira corrida, disputada sob um forte frio (ótimo para os motores, pois torna o ar mais denso e portanto “entra” mais oxigênio no motor, conquistando uns poucos cavalinhos a mais), teve a vitória do brasileiro Pedro Cardoso, que aproveitou a fraca largada dos Honda da primeira fila para assumir a liderança e lá se consolidou, resistindo bravamente às tentativas de ataque do segundo piloto mais obediente que Flavio Briatore teve sob seu comando, enquanto atrás deles a disputa pela 3ª posição estava animada. Cardoso acabou conquistando a vitória, com Nelsinho em 2º e Fabián Yannantuoni em 3º. Na segunda corrida, tudo se encaminhava para uma vitória de Fabricio Pezzini, mas a frente do seu Seat Cupra começou a vibrar, vibrar, vibrar, até que uma das presilhas do capô se soltou e a peça se dobrou, bloqueando mais de metade do campo de visão do piloto, que fez a última volta “em vôo cego”, perdendo 3 posições e terminando apenas na 4ª posição. Com esse cenário, a vitória escorregou para as mãos de Fabián Yannantuoni, que acompanhava Pezzini de perto e aproveitou para conseguir a vitória para o seu Lynk&Co. Na segunda posição ficou Leonel Pernía e o degrau mais baixo do pódio ficou com Nelsinho Piquet. Próxima etapa a categoria sai da Argentina e vai para o Uruguai, vamos esperar as emoções que nos aguardam. A Fórmula Um foi até a periferia de Barcelona e tivemos uma corrida menos chata que o padrão em Montmeló, com os pneus fazendo a diferença num dia muito quente e com alguns pilotos também com cabeça muito quente... como esperado, domínio da McLaren, com o pole position Oscar Piastri mostrando que é o piloto em melhor fase esse começo de temporada e faturando a vitória, e Lando Norris completou a dobradinha da equipe laranja. De maneira surpreendente, o degrau mais baixo do pódio foi ocupado por Charles Leclerc, já que nos treinos os pangarés da periferia de Modena não mostraram nada de positivo e o futuro aposentado companheiro de equipe dele disse que “não aprendeu nada” do comportamento do carro com as 3 corridas em sequência... É, contratar um piloto pensando apenas no aspecto comercial da equipe pode ser que não dê muito certo. Realmente, as vendas de carros esportivos podem ter aumentado, mas... enfim, o futuro aposentado terminou em 6º, atrás do Nico Hülkemberg, que com seu poderoso Sauber deu um passão muito bonito no heptacampeão e conseguiu os primeiros pontos da temporada para a Sauber. Por falar em Sauber... Gabriel Bortoleto continua se classificando melhor que Nico, mas o engenheiro de corrida dele definitivamente fez curso para tanto com o Rueda, já que ele tem uma incapacidade notória de “ler” a corrida e ajustar a estratégia para a situação de corrida. Com essa incapacidade toda na mureta dos boxes, o 12º lugar do estreante brasileiro deve ser encarado de maneira positiva, em que pese os seus conterrâneos em geral não terem capacidade intelectual de entender que ele está em seu primeiro ano de categoria e, portanto, não pode ser cobrado como o altamente experiente companheiro de equipe dele. A 4ª posição ficou com Russell, mesma posição em que ele largou, e muito provavelmente o máximo que o carro poderia dar de desempenho. Méritos para o carro da Mercedes, que conseguiu resistir ao ataque de chilique do Max Verstappen, que jogou o carro para cima do Russell ao ser solicitado para devolver a posição após ganhar tempo passando por fora do traçado. Com a merecida punição de 10 segundos, o neerlandês caiu de 5º para 10º lugar, ainda saindo no lucro. Teorias da conspiração envolvendo cláusula de desempenho já borbulharam, mas por enquanto não tenho opinião formada a respeito. Quem finalmente conseguiu pontuar foi Fernando Alonso, no único Aston Martin que largou, chegando em 9º. Lance Stroll não largou, por dores no pulso após o chilique que deu logo após o resultado abaixo do esperado na classificação... enfim, agora temos um intervalo até a prova do Canadá, onde provavelmente os ânimos se acirrarão novamente em algumas equipes. Não vai ter NASCAR? Não, tá complicado ficar dependendo de VPN pra assistir a categoria e não ando com paciência. Até a próxima! Alexandre Bianchini Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.
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