
O Grande Prêmio de Emília-Romagna de 2025 ficará marcado na história por alguns acontecimentos alegres e tristes, ao mesmo tempo. Deverá ser o último GP disputado em Ímola, já que será substituído no calendário da F1 pelo novo autódromo que está sendo construído em Madrid. Mais uma pista “old school” que vai para a caixinha das lembranças das grandes corridas. É a pista onde encerrou tragicamente a carreira do grande Ayrton Senna. Ímola é a pista que teve a honra de substituir Monza, uma única vez, desde 1950, como sede do GP da Itália, no ano de 1980, em prova vencida por Nelson Piquet. Todas as equipes apresentaram suas atualizações, algumas com alterações em poucos detalhes, as que estavam em melhor posição no campeonato. As da metade para trás do grid buscaram arriscar um pouco mais. Em Ímola os carros estavam separadas por aproximadamente dois segundos, o que significa muita proximidade. As alterações precisavam ser cuidadosamente pensadas e executadas. Em Fórmula 1 a distância entre céu e inferno pode ser de apenas um palmo. O único piloto capaz de eventualmente vencer os carros da McLaren é Max Verstappen, que consegue extrair do carro 100% de seu potencial. Perez, Lawson e Tsunoda, pilotos profissionais de alto nível técnico, são provas bem recentes da capacidade do holandês. Todos planejavam superar a McLaren. A Mercedes sabia que estava mais próxima e a Red Bull tinha Max. Quanto às possibilidades da Ferrari era difícil prever antes dos treinos. Podiam tanto fazer o melhor tempo quanto ficar fora do Q3.
Resultado da qualificação: 1º) Oscar Piastri (McLaren) com 1m14s670, 2º) Max Verstappen (Red Bull) com 1m14s704, 3º) George Russell (Mercedes) com 1m14s807, 4º) Lando Norris (McLaren) com 1m14s962, 5º) Fernando Alonso (Aston Martin) com 1m15s431, 6º) Carlos Sainz (Williams) com 1m15s432, 7º) Alexander Albon (Williams) com 1m15s473, 8º) Lance Stroll (Aston Martin) com 1m15s581, 9º) Isack Hadjar (Racing Bulls) com 1m15s746 e 10º) Pierre Gasly (Alpine) com 1m15s787. Diferença entre o 1º) colocado e o 10º): 1s117. E os carros da Ferrari? Fecharam em 11º (Leclerc) e 12º (Hamilton) lugares. Bateram forte na qualificação Yuki Tsunoda (Red Bull) e Franco Colapinto (Alpine). Gabriel Bortoleto registrou excelente 14º tempo. Max Verstappen esbanjou talento e competência em Ímola. Se posicionou muito bem na largada, pulou na frente dos carros da McLaren e liderou até o final da corrida, praticamente sem cometer nenhum erro. O fiasco que se esperava da Ferrari terminou em show de seus dois pilotos Hamilton e Leclerc. Os carros italianos se envolveram na disputa com Russell, Albon, Sainz e em alguns momentos até com Hadjar e Tsunoda. Hamilton chegou em 4º, uma excelente posição, fazendo várias ultrapassagens e provando que está ainda em ótima forma. Albon chegou em ótimo 5º e Sainz em 8º, mantendo a equipe inglesa na 5ª colocação entre os construtores. Entre as Mercedes o carro de Russell perdeu rendimento e terminou em 7º. Amtonelli abandonou na volta 44. Gabriel Bortoleto vinha se mantendo na 13ª posição, acompanhando o ritmo dos demais, quando a equipe Sauber decidiu, diferente das demais, fazer uma troca de pneus extra. Acabaram com a corrida do brasileiro, que lutou muito para chegar no 18º lugar, na mesma volta do vencedor. A Sauber tem errado demais na estratégia de Gabriel. O brasileiro merece melhor sorte. A Fórmula 1 mudará radicalmente para a próxima temporada, o que significa começar tudo de novo. Será outro carro. Será que também um novo tipo de competição? Quem viver verá! Próximo encontro: GP de Mônaco, dia 25 de maio. Luiz Carlos Lima 
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