
As quatro maiores equipes da Fórmula 1 se encontram nas quatro primeiras posições do Campeonato: McLaren (246 pontos), Mercedes (141), Red Bull (105) e Ferrari (94), depois da disputa da 6º etapa, das 24 programadas. Piastri venceu 4 GPs: China, Arábia Saudita, Bharein e Miami, enquanto Verstappen venceu uma corrida no Japão e Norris outra na Austrália. A maior parte dos pilotos das 4 grandes também dominam: Piastri (131 pontos), Norris (115), Verstappen (99), Russell (93), Leclerc (53), Antonelli (48), Hamilton (41) e Tsunoda (9). Esperávamos que a McLaren se destacasse, mas não ao ponto de triunfar em 5 de 6 corridas. O australiano Piastri, depois de chegar à 5ª vitória deixou para trás a condição de 2º piloto, se equiparando ao companheiro de equipe. Norris começou o ano ainda como líder da McLaren. O piloto inglês está entre os melhores da categoria, mas peca em alguns fundamentos. Em geral não larga bem e vacila em algumas decisões no posicionamento de certas ultrapassagens. Seu problema pode ser mais psicológico do que técnico. Fez duas corridas sensacionais recuperando posições. Piastri e Norris são sérios candidatos ao título mundial. A Mercedes está numa posição aparentemente confortável. Não recebe muitas cobranças e vem evoluindo de forma consistente. Não será surpresa se a equipe alemã chegar mais próximo ou até superar a McLaren. Ambos os pilotos têm feito um Campeonato impecável, andando no limite que o carro permite. Seus 2 pilotos deixaram de pontuar 1 única vez. Russell chegou uma vez em 2º, 3 vezes em 3º e 2 vezes em 5º. Antonelli mostrou até mais do que se esperava de uma revelação de 18 anos de idade. Chegou 1 vez em 4º e 4 vezes em 6º. Russell é um piloto muito constante e rápido. Chega ao limite do carro, erra pouco e acelera o quanto possível. Antonelli vem mostrando que é do ramo e que tem futuro brilhante pela frente.
Todo sucesso tem seu preço. E custa caro! O tetracampeonato da dupla invencível Verstappen-Red Bull teve como principal consequência a busca frenética pela contratação dos principais técnicos do time austríaco, começando pelo mago Adrian Newey para a Aston Martin. Repor todo esse pessoal, com a mesma qualidade, somando a isso o entrosamento, que está sendo todo novo, o resultado satisfatório não é imediato, mesmo tendo um piloto excepcional como Verstappen. O holandês, consciente de que já não tem um carro dominador nas mãos, faz o máximo esforço para permanecer no grupo da frente. Nas 6 corridas venceu 1, foi 2 vezes 2º, 2 vezes o 4º e 1 vez o 6º. Lawson, seu 1º parceiro foi sacrificado por Marko e Tsunoda entrou na equipe, mas só Max consegue guiar com eficiência o arisco RB21. Ele não tem culpa nenhuma disso. A Ferrari está numa situação que é difícil analisar. Vazam algumas informações cujas fontes sabemos ter origem nos diversos setores internos da fábrica italiana. Reina a falta de organização mínima e grupos de técnicos não se entendem. Um ambiente desse nível não trará bons resultados tão cedo. Se começar a organizar a Ferrari agora serão precisos uns 3 anos para que se equipare às demais de seu nível. A desorganização, que já dura alguns anos, reflete na pista. Leclerc chegou nas seguintes colocações: 8º, 4º, 4º. 3º e 7º. Hamilton chegou em 10º, 7º, 5º, 7º e 8º. No GP da China os dois carros da equipe italiana foram desclassificados por medida e peso fora do regulamento. Um erro básico, inadmissível em uma grande organização. Discussões via rádio entre Hamilton e os técnicos são inaceitáveis. Torcemos para que se encontre a melhor solução, para o bem do automobilismo mundial. Próximo encontro: GP de Emília Romana (Ímola) – Dia 18 de maio. Luiz Carlos Lima Visite o site do nosso colunista Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |