
Lewis Hamilton, em 19 anos ininterruptos disputando o Campeonato Mundial de Pilotos da Fórmula 1, já incluído 2025, largou em 361 ocasiões, venceu 105 Grandes Prêmios, largou na pole position 104 vezes, subiu ao pódio em 202 oportunidades e registrou 67 melhores voltas. É o melhor histórico esportivo de um piloto, nessas 76 temporadas. Completou 40 anos de idade em 7 de janeiro do presente ano. Pouquíssimos pilotos, ou nenhum, conseguirá igualar esse feito. 2025 tem sido um ano extremamente duro para o inglês. Perto de se aposentar, decidiu aceitar o desafio de conquistar pelo menos um título com a famosa marca italiana, a mais tradicional da história. Seria bom para o currículo. O primeiro obstáculo encontrado foi o carro, que vem sendo desenvolvido há seis anos por Charles Leclerc, excelente piloto, que naturalmente acerta o carro mais adaptado ao seu estilo de pilotagem. Leclerc foi melhor que seus dois companheiros de pista anteriores, na mesma Ferrari. E eram dois concorrentes de peso: Sebastian Vettel e Carlos Sainz. Contra Vettel, Leclerc somou 284 pontos em 2019 contra 240 do alemão. Em 2020 o monegasco somou 98 e Vettell 33. De 2021 a 2025 o companheiro de Leclerc foi Carlos Sainz. O espanhol somou mais pontos somente em 2021, com 164,5 pontos contra 159 de Charles. De 2022 a 2024 Leclerc foi melhor que o espanhol em todos os anos. Depois de sete anos praticamente comandando a Ferrari daria a Hamilton qualquer tipo de facilidade? O problema de Lewis está dentro da própria equipe. Com muito trabalho e uma certa dose de política, o inglês talvez consiga ampliar sua área de influência na equipe e tenha melhores resultados. Não acreditamos que conseguirá ampliar muito mais seu espaço.
Considerado uma das maiores esperanças do Reino Unido em futuras conquistas de títulos mundiais, Lando Norris, 25 anos, está na Fórmula 1 desde 2019 e, até certo ponto, correspondeu às expectativas. Vem trabalhando de forma bem eficiente o desenvolvimento de seu McLaren, hoje o melhor carro do grid. Venceu cinco Grandes Prêmios e é o vice-líder do Campeonato. O que ninguém contava, nem a equipe, nem público e mesmo a imprensa era o surgimento de Oscar Piastri, australiano de 24 anos, desde 2023 na Fórmula 1, contratado como companheiro de equipe de Norris na McLaren. O jovem piloto rapidamente foi ocupando seu espaço, conseguindo ganhar cinco corridas e se equiparar a Norris. Piastri venceu três corridas e Norris uma neste ano. O australiano lidera o Campeonato com 99 pontos e o inglês é o vice-líder com 89 pontos. Oscar é um desses raros talentos, que não imaginávamos encontrar tão cedo, já que é bem recente o fenômeno Verstappen. O leitor pode ter certeza de que Piastri e Verstappen vão liderar uma disputa acirrada, que envolverá ainda Russell, Hamilton, Leclerc, Sainz e vários outros. Gabriel Bortoleto continua no seu sofrimento. A Sauber tem o pior carro do grid e dará lugar à marca Audi em 2026. O brasileiro tem feito o máximo que pode para levar o carro pelo menos a cruzar a linha de chegada. Mas a forma como cumpre sua tarefa é louvável. Temos um piloto de talento na Fórmula 1. Próximo encontro: GP de Miami, dia 4 de maio. Luiz Carlos Lima Visite o site do nosso colunista Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |