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Os "poetas" da velocidade PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 11 June 2012 00:29

 

 

“O Pelé calado é um poeta!” A frase do baixinho mais insolente dos gramados – Romário – pode ser perfeitamente traduzida para alguns idiomas e transportadas para a Fórmula 1, tamanho a quantidade de bobagens que são proferidas, normalmente por quem já deixou as pistas. 

 

É claro que não é todo mundo que “fala o que não deve”. Sir Jackie Stewart fez coro com alguns jornalistas durante a realização do GP de Mônaco, exultando o fato de estarmos vivendo o campeonato mais emocionante – quiçá – de 62 anos de existência da categoria. Com 5 vencedores diferentes até então e uma distância pequena entre os pontos dos primeiros colocados, que acirrou-se depois das vitórias de Mark Webber no principado e de Lewis Hamilton no Canadá. Duvido que o mais otimista dos torcedores, jornalistas ou pilotos e expilotos esperassem algo do gênero. 

 

Evidentemente que, no contraponto – e na contramão – da opinião de Sir Jackie, o também tricampeão, Niki Lauda criticou a forma como o campeonato vem se desenrolando, com este equilíbrio, em muito provocado pela capacidade de cada carro se adaptar aos pneus para o circuito em que a corrida vai acontecer. Segundo Lauda, está havendo um nivelamento por baixo, sem que os melhores pilotos se sobressaiam.  

 

Opa! Mas se os primeiros colocados do campeonato são Alonso, Vettel, Hamilton, Button, Webber... quem seriam os melhores então? O Charles Pic? 

 

O Lauda, a exemplo do Pelé (segundo o Romário), costuma largar algumas pérolas, como quando era consultor da equipe Jaguar e disse que os carros da época (anos 2000) poderiam ser perfeitamente pilotados por macacos. Não bastasse ter pronunciado isto mais de uma vez, ele colocou um macacão, um capacete e foi pra pista. Foi um vexame! Além de rodar várias vezes, sua melhor volta ficou 15... isso mesmo, 15 segundos mais lenta que a do piloto da equipe presente no circuito, o “genial” Eddie Irvine. 

 

Na corrida do Canadá, no ano em que era lembrado os 30 anos da morte de Gilles Villeneuve, que nunca foi campeão do mundo, mas que é venerado pelos fãs do automobilismo, ferraristas em especial, tem em seu filho, Jacques, um dos “poetas” mais eloqüentes. Diante de uma greve de estudantes contra os aumentos das universidades, Jacques disse que os estudantes tinham que ir pra casa e estudar! Criou uma enorme celeuma em torno do seu nome, com direito a xingamentos e ameaças nas redes sociais. 

 

Na transmissão da corrida, entrevistado por Carlos Gil e Luciano Burti, Emerson Fittipaldi disse que apostava numa vitória de Fernando Alonso. Segundo ele, o espanhol possui um “controle de tração natural”. Pode ser, mas para tracionar é preciso “ter pneu”, e Alonso ficou sem no final da prova. 

 

Contudo, ninguém é capaz de superar o “consultor” da Red Bull, Helmut Marko. Piloto mediano nos seus tempos de pista e que precisou abandonar a carreira após receber uma pedra na viseira do capacete que tirou-lhe a vista do olho esquerdo no GP da França em 1972, Marko é uma verdadeira “metralhadora” quando se trata de defender os interesses de seu pupilo, Sebastian Vettel. Muitas vezes indo de encontro (será?) da equipe, que conta ainda com o Mark Webber como piloto.  

 

Durante o ano de 2010, Marko vociferou contra Webber em diversas ocasiões, uma vez que o australiano manteve-se à frente da jovem revelação alemã por todo o ano na pontuação do campeonato. Em 2011, Vettel não foi ameaçado em momento algum pela concorrência e Marko ficou inerte, nos bastidores. Este ano, após a vitória de Mark Webber no GP de Mônaco, o “consultor” resolveu ameaçar a própria equipe com uma “cláusula de performance”. 

 

Em entrevista ao diário germânico ‘Bild’, Helmut Marko afirmou que o contrato de Vettel  vai até a temporada de 2014 e que a permanência de Sebastian dependerá do resultado do time em 2013. 

 

“2013 está resolvido para nós, mas, para 2014, existe uma cláusula relacionada à performance no contrato dele – para ele e para o time”, revelou Marko. “Depende da colocação no campeonato em 2013, mas, se Vettel e Red Bull caírem no campeonato de pilotos ou construtores, ele pode ir para outro lugar”, reconheceu. 

 

Esse cidadão não teria que defender os interesses da equipe? É mesmo um poeta... 

 

Enquanto isso, no balcão do cafezinho... 

 

A corrida do Canadá teve um final eletrizante, numa disputa entre os “com pneus” e os “sem pneus”. Tá certo que cada um sabe a tática que deve adotar, mas a Ferrari errou grotescamente quando viu Lewis Hamilton trocar os pneus há 20 voltas do final e decidiu manter o espanhol na pista. Mesmo que a vitória estivesse comprometida, o segundo lugar seria um bom resultado e manteria Alonso na liderança do campeonato. 

 

O 5º lugar de Fernando Alonso acabou por diminuir o trágico GP de Felipe Massa. Depois de uma excelente largada, de ultrapassar Rosberg e estar “partindo pra cima” de Mark Webber, Felipe errou sozinho, rodou, perdeu 7 posições e, como costuma acontecer nestes casos, a corrida “acabou” para o brasileiro. A combatividade que o fez tomar a posição de Rosberg “evaporou” e Felipe não atacou Kobayashi, Raikkonen, Button... todos os carros que estavam ficando para trás antes da rodada. Assim como foi com Alonso, a equipe errou na estratégia de pneus com o brasileiro também. 

 

Aqui no Brasil, tivemos uma etapa da Top Series, aquele campeonato que não pode ser chamado de ‘Brasileiro de Endurance’, apesar de sê-lo na prática. Segundo informações que recebi, Curitiba estava gelada e molhada como nunca e nas arquibancadas havia apenas uma família de pinguins e um simpático casal de leões marinhos para testemunhar a vitória de Chico Serra e Chico Longo com a Ferrari, posição conquistada a apenas 5 voltas do final. 

 

Uma “queda de braço” está acontecendo no WRC. Os organizadores tinham até o último dia 8 para assinar o contrato para a temporada de 2013... e nenhum dos organizadores o fez! Acontece que o contrato enviado aos organizadores no final de maio inclui uma taxa de quase € 100 mil (mais de R$ 253 mil) que, somada às taxas anteriores, causa um aumento de quase 100% com relação o que os organizadores pagaram nesta temporada. 

 

Segundo o site da revista ‘Autosport’, quem não entregasse o contrato até a data prevista ficaria fora do calendário da próxima temporada. Para tentar amenizar o problema, Jarmo Mahonen e Michèle Mouton, principais dirigentes do WRC, entraram em contato com os organizadores das etapas para convencê-los, mas sem sucesso. O assunto deve ser discutido na próxima reunião do Conselho Mundial da FIA. 

 

Um abraço e até a semana que vem, 

 

Fernando Paiva

 

 

 

 

Last Updated ( Monday, 11 June 2012 00:44 )