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Estou torcendo para a McLaren! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Friday, 18 May 2012 08:50

 

 

Ah, que saudade dos carros de Fórmula 1 dos anos 70 e 80... eram tempos em que, se colocassem os carros em um pit lane qualquer, sem que eles estivessem pintados e seus respectivos boxes identificados, qualquer “torcedor de televisão” como eu seria capaz de identificar a Lotus, a Tyrrell, a Ferrari, a McLaren, a BRM, a Brabham, a March... 

 

Cada projetista tinha uma idéia, uma solução aerodinâmica para fazer seu projeto, cada um seguia um caminho e o que se via eram corridas onde havia disputa, onde ao longo da temporada um carro podia mudar e melhorar. Com a evolução, parece que veio a “involução” no sentido criatividade. 

 

Se tomarmos os carros da Fórmula 1 nos últimos anos, veremos carros que, se colocados na situação que – hipoteticamente – convidei o caro leitor a imaginar, certamente pouquíssimos conseguiriam distinguir os carros apresentados. Talvez à exceção da McLaren do ano passado, com suas tomadas laterais. 

 

Uma pequena comparação entre os modelos de 1974 e os de 2012. As diferenças entre os modelos de equipes diferentes é enorme!

 

 

Não bastassem as milimétricas – e quase paranóicas – exigências dos regulamentos que ano após ano vem “engessando” os projetistas, para tentar “dar emoção” nas corridas foram feitas mudanças absurdas, como a diminuição para dimensões ridículas do aerofólio traseiro e o aumento do aerofólio dianteiro, que mais parecia uma colheitadeira no primeiro ano, até que os mesmos fossem evoluindo, agora vem o que já “batizaram” de “o nariz do Prost”! 

 

Tá certo... os mais bonzinhos estão chamando de “bico de ornintorinco”, mas como eu não sei que bicho é esse – porque aqui em Minas não tem – e porque eu nunca fui com os cornos daquele francesinho seboso de nariz torto, vou com ele mesmo. 

 

 

A Caterham, a primeira das equipes a apresentar o tal do bico achatado mostrou as medidas que a FIA exigiu e "solução" encontrada.

 

(...) porque o 'chefe' não vai deixar eu colocar aquele palavrão aqui: que coisa horrível! E o pior de tudo é que nem o Adrian Newey escapou da ridícula solução do bico achatado (se bem que ele fez uma “tomada de ar” naquele degrau que deve ter uma daquelas coisas que só ele é capaz de arranjar). Nem aquele “aerofólio de passar roupa” do March 711 com o qual o Ronnie Peterson foi vice campeão do mundo em 1971, dada as circunstâncias da época, era tão feio. 

 

Conseguimos o desenho esquemático do primeiro dos carros apresentados com esta barbaridade, o da Caterham. Segundo o regulamento da FIA, um novo limite foi imposto: O bico propriamente dito não pode estar a mais de 55 cm de altura do chão enquanto o restante do cockpit até a cabeça do piloto pode ter no máximo 62,5 cm. Até o ano passado, a altura até o bico era de 62,5 cm. 

 

 

Charles Whiting, Braço direito de Bernie Ecclestone e responsável técnico pela segurança na categoria bem que tentou "explicar a feiura". 

 

A justificativa da mudança foi a segurança. Segundo as declarações de Charlie Whiting, em entrevista à revista alemã Auto Motor und Sport, a adoção da nova regra tem como objetivo garantir a segurança dos pilotos em uma eventual batida ‘T’, protegendo a cabeça, que fica exposta em categorias de monopostos. “Nós queríamos diminuir a célula de sobrevivência para minimizar as consequências de uma batida na lateral de outro carro”,  

 

Quando a equipe de Tony Fernandes apresentou seu carro, todo mundo riu... mas depois vieram as outras, todas (menos a McLaren) com a mesma “solução”. “Imperadores do disign automotivo, os italianos “torceram o nariz” quando viram a Ferrari. Nem o Presidente, Luca de Montezemollo, teve como não comentar: “É feio, mas a esperança é, acima de tudo, vencer. Os pilotos só querem que o carro seja rápido, não importa se ele seja belo ou feio”.

 

 

O pessoal da imprensa especializada, que em nada alivia as "cagadas" alheias, tratou de apelidar a "solução" como "nariz do Prost". 

 

A opinião do “Capo” foi endossada por Nikolas Tombazis, chefe da equipe de projetistas da Ferrari. “O bico? Não é muito bonito, mas é muito eficiente”, garantiu o engenheiro grego. Se bem que nos testes na Espanha... aiaiai... e na sequência das provas da primeira passagem pela Ásia e Oriente Médio mostrou que o carro é feio e ruim, cabendo ao Alonso fazer milagres para obter bons resultados... e o espanhol está fazendo. Venceu uma corrida e é líder do campeonato ao lado de Sebastian Vettel. Enquanto isso, Felipe Massa... é!  

 

Ainda bem que, para salvar-nos deste festival de horrores veio a McLaren, com seu bico – naturalmente mais baixo – e um design leve e fluido, com deve ser um carro de corridas. Como o carro do ano passado, mostrou ser bom, rápido e resistente, com sua dupla de pilotos em sintonia com a equipe há dois anos, vou assumindo aqui por quem estou torcendo em 2012: Tomara que dê McLaren no final da temporada, mas pra isso a equipe tem que parar de perder corridas fora da pista. "Mataram as duas últimas corridas do Button na Asia e na Espanha, conseguiram um feito: deixaram Hamilton sem combustível após a volta que lhe daria a pole. Parece coisa de Hispania!

 

 

A McLaren, que no ano anterior mostrou um carro diferente dos outros e andou bem, não aderiu ao "bico chato"... e tá dando certo!

 

 

Abaixo os carros horrendos, abaixo o “nariz do Prost”... e que a Marussia, que no ano passado estabeleceu uma parceria com a equipe de Ron Dennis e apresentou também um carro sem a “tábua de passar roupa” chegue logo em seguida (se bem que, aí eu já vou estar querendo demais). 

 

Termino a coluna deste mês agradecendo todos os emails e telefonemas de solidariedade para com a família Paiva e o drama que meu primo Fernando, sua esposa e filhos ainda estão vivendo. Todos estão começando a retomar suas vidas, mas a minha sobrinha ainda vai levar um bom tempo para se recuperar do acidente que sofremos na volta do carnaval. 

 

Abraços, 

 

Mauricio Paiva

 

 

Last Updated ( Friday, 18 May 2012 08:53 )