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Esse Rio chega no mar? Com a palavra, a CBA! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 16 May 2012 04:13

 

 

Olá fãs do automobilismo,

 

Desde o início da década passada, o Autódromo Internacional Nelson Piquet, no Rio de Janeiro, vem sendo vítima de uma verdadeira conspiração com o objetivo de fazê-lo sumir do mapa e dar mais espaço à galopante especulação imobiliária na região, anteriormente distante e pouco interessante onde um dia construíram o autódromo.

 

Durante alguns anos, mesmo sob o discurso de um prefeito carinhosamente chamado de maluquinho pelos descolados cariocas e a postura nada olímpica do maior(sic) dos nossos dirigentes olímpicos, em coro, afirmando que “carioca não gosta de corrida de automóveis” (algo desmentido pelos públicos que foram nos últimos anos à F. Truck e a Stock Car, regularmente maiores que os levados pelos times de futebol ao ‘engenhão’), fizeram de tudo para remover o autódromo com projetos olímpicos que sempre naufragaram.

 

A maré virou quando o Rio de Janeiro foi escolhido como sede dos jogos panamericanos de 2007. Logo trataram de colocar a área do autódromo como local para a construção de diversos espaços de disputa. No final, destruíram praticamente todo o setor norte do circuito com um ginásio, um parque aquático e um velódromo que seriam um “legado” para a cidade e uma antecipação para as futuras olimpíadas... acontece que nenhuma das instalações se adéquam as exigências do Comitê Olímpico Internacional para seus eventos! Assim, para se fazer algo no local, é preciso demolir o que foi feito antes, num grande exemplo de mau uso do dinheiro público.

 

 

Nas fotos acima, como era o autódromo antes da "invasão olímpica" para as obras do panamericano de 2007 (foto abaixo).

 

Quando o Rio de Janeiro se lançou – mais uma vez – como candidata a sediar as olimpíadas, o então presidente da CBA, Dr. Paulo Scaglione, advogado, tratou de encontrar um meio de proteger ao menos o que restava de Jacarepaguá: Foi assinado um documento com a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro e o ministério dos esportes garantindo que a área do autódromo só seria entregue quando a FAERJ e a CBA recebessem um novo autódromo, que deveria ser construído em substituição.

 

Como quase tudo no Brasil é “empurrado com a barriga”, o tempo foi passando e nada foi mudando. Até escolheram o local para o novo autódromo: o bairro de Deodoro, nada cobiçado pelos “tubarões imobiliários”. Fizeram um projeto... depois outro... mas máquinas de terraplanagem, nada! Enquanto isso, o tempo foi ficando escasso para a montagem do “parque olímpico”, que como um jogo de montar dos meus sobrinhos, será montado, desmontado e deixará o terreno livre para a construção dos super condomínios, centros empresariais, etc.

 

 

Cleyton Pinteiro, o contestado presidente da CBA, tem feito valer o documento assinado pelo seu antecessor, Paulo Scaglione. 

 

Com a corda no pescoço, o prefeito atual abriu as licitações para a obra em Jacarepaguá... antes de fazerem o circuito de Deodoro? Nem pensar! O atual presidente da CBA, o sorridente Cleyton Pinteiro ‘mostrou os dentes’! buscou valer o que fora assinado e encontrou no ministério público da cidade um bom aliado. Prefeitura, governo federal e COB tiveram que recuar.

 

Contudo, o compromisso olímpico já foi assumido. O nome do país está em jogo e a intransigência de qualquer das partes seria algo extremamente negativo para o esporte do país como um todo, podendo atingir, inclusive, o automobilismo.

 

 

Projeto para "ocupar o espaço" do antigo autódromo já tem... mas quase tudo é desmontável. Depois dos jogos, prédios em seu lugar! 

 

Após muita discussão, em uma reunião em Brasília, no último dia 10 de maio, que contou com a presença do presidente da CBA, Cleyton Pinteiro, da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Helena Hoffmann, da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, do Secretário do Ministério do Esporte, Luiz Fernandes, e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Ficou decidido que o início da construção do autódromo de Deodoro, no Rio de Janeiro seria em janeiro de 2013.

 

O encontro também serviu para definir o futuro de Jacarepaguá, além das obras do Parque Olímpico para as Olimpíadas de 2016. Durante a reunião, também ficou acordado que o Ministério do Esporte ficará encarregado de desenvolver o projeto do novo circuito do Rio em substituição à pista de Jacarepaguá.

 

 

Longe da especulação imobiliária, o espaço em Deodoro foi escolhido como destino para o novo autódromo... se vai sair, claro. 

 

Em comunicado, a entidade máxima do automobilismo no Brasil afirmou que a licitação para o começo das obras será feita ainda neste ano. O local onde a nova pista será construída pertence à União e fica na zona oeste da capital fluminense. A CBA afirmou que “o Governo do Estado do Rio de Janeiro, com recursos federais, estará à frente da construção do novo autódromo carioca, sendo que o Ministério do Esporte vai desenvolver os projetos e cronogramas de obras para a licitação que será entregue neste ano”.

 

O acordo ainda garante que as obras visando os Jogos Olímpicos poderão começar normalmente, mas sem afetar ou prejudicar a funcionalidade de Jacarepaguá e a possibilidade de receber os eventos automobilísticos já marcados.

 

 

Quase sempre sorridente, é preciso que o Sr. Cleyton Pinteiro "mostre os dentes" e defenda os interesses do automobilismo. 

 

Esperemos que a CBA – e todos os automobilistas do Rio de Janeiro e do Brasil – tenham seus direitos respeitados. Abra os olhos, presidente... e, se preciso, mostre os dentes!

 

Beijos do meu divã,

 

Catarina Soares

 

 

 

Last Updated ( Thursday, 17 May 2012 12:52 )