Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Os 30 anos sem Gilles e as perspectivas para o GP da Espanha PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Thursday, 10 May 2012 00:11

 

 

Amigos, a terça-feira dia 8 de maio marcou os 30 anos da morte de Gilles Villeneuve. No GP da Bélgica de 1982, partiu em um acidente nos treinos, o piloto mais carismático das últimas 3 décadas da F1.  

 

Gilles Villenuve não teve números expressivos na categoria, mas marcou sempre pelo seu estilo puro, ousado, por vezes até violento, em outras fino e delicado. Um gênio por vezes incompreendido, mas adorado pela torcida. Marco e mito da história da Ferrari, e o último piloto verdadeiramente amado pelo comendador Enzo Ferrari. 

 

Joseph Gilles Henri Villeneuve nasceu em Quebec, no Canadá, em 18 de janeiro de 1950. Villeneuve começou sua carreira nas motos de neve, o popular veículo usado no Canadá, o "snowmobile". Com 25 anos, em 1975, Gilles estreou no automobilismo. O piloto foi para os EUA competir na F Atlantic, e ganhou os títulos canadense e norte-americano da categoria em 1976, e foi campeão no Canadá outra vez em 1977. 

 

Após uma famosa corrida no circuito de rua canadense em Trois Riviere, com a participação de pilotos da F1, Villeneuve impressionou a James Hunt, que o convidou para competir na F1 com um 3º carro da McLaren no GP da Inglaterra. Outros tempos em que tudo se resolvia na categoria máxima com facilidade, nos acordos selados no "fio do bigode". 

 

Na Inglaterra Villeneuve se classificou em 9º no grid, entre os pilotos da McLaren Hunt e Mass. Gilles terminou em 11º, mesmo com problemas mecânicos. 

 

Daí para frente Gilles foi cobiçado pela Ferrari, onde foi competir já no próprio ano de 1977. Conta a lenda que como Villeneuve era desconhecido do grande público, a Ferrari mandou um motorista buscá-lo no aeroporto de Milão. O motorista não conhecia Gilles e ficou procurando o canadense no desembarque, quando viu um cidadão pequeno, mal vestido, magro, que se aproximou e disse que era Gilles. O motorista não acreditou que um piloto prestes a ser contratado pela Ferrari fosse tão humilde e despojado, além de tão novo, e quase não levou Villeneuve para Maranello. 

 

Lendas a parte, foi lá que Gilles mostrou seu talento absurdo. O arrojo absoluto nas pistas lhe renderam uma verdadeira proteção de pai do Comendador Enzo Ferrari. O velho Ferrari já estava em sua fase mais amarga, após a venda da Ferrari para a FIAT, e deixando o nome da família a cargo do filho Piero Lardi. Na verdade Ferrari nunca se recuperou da morte do filho Alfredo ainda no final dos anos 50, não sentindo mais afinidade pessoal com nenhum piloto em particular, até a chegada de Gilles. Não é nem preciso dizer que Ferrari ficou definitivamente arrasado com a morte de Villeneuve, não sendo mais o mesmo e nem participando da vida da escuderia nos 6 anos seguintes, até falecer em 1988. 

 

Gilles não admitia certas situações mal combinadas, como as já consagradas ordens de equipe, que a F1 semrpe teve. Mesmo assim ajudou e muito Jody Scheckter a ganhar o campeonato de 1979. Em 1980 seria a vez de Gilles, mas a fantástica Williams levou o título com Alan Jones. Depois, em 1981, Villeneuve encontrou a Brabham de Piquet pela frente, e novamente a Williams de Reutemann. 

 

Em 1981 a Ferrari tinha Villeneuve e Didier Pironi como pilotos. Ainda não havia a rivalidade entre os dois, que ficou marcada de forma triste no ano seguinte. No GP de San Marino de 1982 Villeneuve foi ultrapassado por Pironi, quando o combinado era que quem estivesse à frente (era Villeneuve) não seria atacado pelo companheiro. A Ferrari mostrava placas a cada volta para Pironi, para que ele mantivesse a posição. Pironi não esperou nem Villeneuve perceber o ataque, e foi para a ponta e venceu. Quem discute as ordens de equipe pode também tomar esse exemplo, que teve consequências funestas. 

 

Naquela corrida de San Marino de 1982, a FIA proibiu os freios refrigerados a água, novidade da época que nunca mais foi usada. Com as desclassificações de Piquet e Rosberg no GP do Brasil confirmadas, várias equipes boicotaram a corrida de Ímola, que teve apenas 14 carros, e a prova focada entre Renault (Prost/Arnoux) e Ferrari (Villeneuve/Pironi). 

 

Na corrida seguinte, no GP da Bélgica em Zolder, o clima entre Villeneuve e Pironi era péssimo. No treino de sábado, dia 8 de maio de 1982, Villeneuve foi para uma volta rápida, para bater o melhor tempo que era de seu companheiro Pironi. Em uma curva de alta encontrou o March de Jochen Mass, em velocidade mais baixa, voltando para os boxes. As rodas se tocaram, e a Ferrari foi lançada ao ar, e após várias capotagens Gilles foi arremessado do cockpit, batendo na cerca de proteção. 

 

Foi o fim de um piloto espetáculo, que trouxe emoção e romantismo para a Fórmula 1.  

Gilles Villeneuve - 1950-1982 

68 Grande Prêmios

Vice-campeão em 1979

6 vitórias

14 pódios

107 pontos

2 pole positions

8 voltas mais rápidas

 

         --------------------------------------------------------------------------------- 

 

GP da Espanha: A Lotus pode vencer?

 

Amigos, em um campeonato mundial de Fórmula 1 que já teve em 2012 4 vencedores em 4 provas por 4 equipes diferentes, será que na Espanha no próximo domingo vai ser a vez do 5º vencedor? Estou falando da Lotus de Raikkonen e Grosjean, e sua evolução absurda. 

 

Nos testes de Mugello a Lotus confirmou aquilo que se viu nos ensaios de pré-temporada, e fez o melhor tempo da semana, com Romain Grosjean, o único que treinou. Raikkonen chegou a dizer irônico que "não chorou" por não ter treinado em Mugello, já que a pista não faz parte do mundial e Grosjean estava mais apto a trabalhar pela equipe nos testes. De qualquer forma a Lotus andou melhor que ninguém com pneus duros. O modelo E 20 também está fazendo curvas de alta com qualidade e força aerodinâmica, como mostram os tempos do circuito italiano. 

 

Por tudo isso e mais, é que a equipe negra e dourada pode surpreender na Catalunha. O curioso é que a equipe foi a que menos desenvolveu os escapamentos, que tem sido o "Calcanhar de Aquiles" das demais competidoras. A Lotus E20 nasceu para minimizar a resistência interna. O trabalho do ar tem sido bem elaborado na questão do fluxo que atravessa o carro. O DRS, ou asa móvel, também foi bem elaborado para um total aproveitamento da fluidodinâmica externa.  

 

Ano passado o DRS aumentava de 8 a 10 km/h a velocidade nas retas longas, e agora em 2012 é possível ganhar até 18 km/h com a asa móvel, só que é preciso um conjunto. Basta observar a Mercedes que tem um complexo sistema de DRS, que anula também a asa dianteira, mas não faz curvas com a precisão, e a velocidade da McLaren, da RBR e da Lotus. Inclusive a Mercedes tem tido um consumo excessivo de pneus, negado pela Pirelli, confirmado por Schumacher. Depende em quem se acredita... 

 

De qualquer forma, como se escreve por aí nas redes sociais, "fica a dica": apostar em uma Lotus para a vitória em Barcelona é uma boa pedida. 

 

Um abraço e oremos sempre, 

 

Toni Vasconcelos 

 

 

 

Last Updated ( Thursday, 10 May 2012 00:30 )