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Written by Administrator   
Wednesday, 28 March 2012 21:55

 

 

Amigos, Bruno Senna fez uma corrida muito boa na Malásia, ao contrário de Felipe Massa. O mexicano Sergio Pérez foi espetacular no 2º lugar em Sepang, e seu compatriota Esteban Gutierrez marcou um bom segundo lugar na GP2. Mas o que eles podem mostrar sobre a F1 no momento? Penso que muito. 

 

Felipe Massa está pressionado na Ferrari, e Sergio Pérez é o nome mais cotado para substituí-lo. Na minha opinião não será durante a temporada, mas ao final do ano, quando acaba o contrato de Massa. A questão é, como Sergio Pérez se colocou sob os refletores da F1 após a temporada de 2011, e depois de 42 anos da última vitória de um mexicano na F1 (Pedro Rodríguez no GP da Bélgica de 1970). 

 

Sergio Pérez é o quinto piloto mexicano na F1. Os outros (fotos na galeria deste post) foram Moisés Solana (8 GPs entre 1963/68), Ricardo Rodríguez (5 GPs entre 1961/62), Pedro Rodriíguez (irmão de Ricardo, 54 GPs entre 1963/71) e Hector Rebaque (58 GPs entre 1977/81). Destes quatro, três morreram nas pistas.  

 

Solana morreu disputando uma subida de montanha em 1969, em Valle de Bravo, no México, pilotando uma McLaren especial para a prova.  

 

Ricardo Rodríguez teve uma trágica morte no GP do México de 1962. A corrida foi extra-campeonato, e Rodríguez, piloto da Ferrari, recebeu autorização de Maranello para correr com uma Lotus. O carro de Ricardo perdeu os freios nos treinos, e ele morreu no autódromo de seu país. Ainda hoje é motivo para que os mexicanos fiquem tristes, já que uma das imagens mais fortes da história F1 são as fotos da mãe de Ricardo Rodríguez sendo contida para não chegar ao local do acidente. 

 

Pedro Rodríguez, irmão mais velho de Ricardo, que teve importantes vitórias na carreira, várias em protótipos e duas na F1 (GP da África do Sul 67 com Cooper Maserati, e GP da Bélgica de 1970 com BRM), morreu em uma prova secundária em Norisring, Alemanha, em 11 de junho de 1971. 

 

Portanto, como é fácil notar, a relação do México com o automobilismo é repleta de tragédias e tristezas. Até agora, pois Pérez parece que vai reverter esse quadro. Foi complicado para "Checo" como é conhecido em seu país, tentar a aventura na Europa. O irmão de Pérez, Antonio, é piloto da NASCAR CORONA, série mexicana da Stock dos EUA. Ele também é patrocinado por Carlos Slim. 

 

A relação de Pérez com Senna, Massa e Gutierrez começa aí. As vidas esportivas desses 4 personagens são exemplos do automobilismo moderno. Pérez é da Academia de pilotos da Ferrari, e Gutierrez já teve o apoio que precisava para ser o test driver da Sauber, além de piloto da equipe Lotus na GP2. É correto dizer que Massa passou por essa academia Ferrari, mesmo antes dela existir oficialmente. Foi quando o brasileiro foi demitido da Sauber e a Ferrari o contratou para lapidá-lo, e posteriormente elevá-lo ao posto de titular, como acabou acontecendo. Terminam aí as semelhanças. 

 

Com a falta de patrocínios brasileiros, a F1 afastou as possibilidades de jovens pilotos fecharem bons contratos com a categoria. Foi assim recentemente, quando Lucas di Grassi, ótimo piloto, ficou a pé, sem ninguém para ajudá-lo, muito menos no Brasil. Massa faz parte do "pacote" de patrocínios internacionais da Ferrari, mas no Brasil tem muito pouco apoio financeiro, e teve ainda menos no começo da carreira. Vale lembrar que Felipe foi "com as calças na mão" disputar a F3000 italiana no começo do anos 2000, e chegou a receber o prêmio por uma vitória em latas de cerveja! Evidentemente cheias, e que ele vendeu... 

 

Já Bruno Senna está no mesmo caminho comercial de Sergio Pérez e Esteban Gutierrez. Sem condições de fechar um bom contrato, Senna entrou na F1 pela porta dos fundos, com a porcaria da Hispania. Depois já estava a pé quando conseguiu sentar na Renault/Lotus do ano passado, ao lado do péssimo Vitaly Petrov (desculpem os russos que lerem este post...). Mas agora Bruno está na Williams, com a chancela do 7º homem mais rico do mundo, o brasileiro Eike Batista. Batista é o nosso Carlos Slim, o mecenas que faltava para mostrar que a F1 é possível para o empresário brasileiro. 

 

Portanto meus amigos, com Pérez como atual foco da F1, com Gutierrez mostrando que o automobilismo mexicano está em alta, e com Senna ao lado de Eike, só nos resta esperar. Esperar que Massa não seja abandonado quando da sua saída da Ferrari (e ela virá, tenham certeza...), que bons pilotos brasileiros não cedam lugar a pilotos ruins de outros países só por questões de patrocínio. Que o Brasil possa mostrar suas marcas e seus empreendimentos na F1. Até Ayrton Senna só viabilizou seu projeto da F1 de 1984 em diante, graças a vários apoios brasileiros, como o do extinto Banco Nacional, que era presidido por Magalhães Pinto, e que teve a visão do talento de Ayrton. 

 

Somos octacampeões de pilotos de Fórmula 1 meus amigos. Não podemos ser desprezados por nenhuma imprensa do mundo, e muito menos por pilotos de países, com todo o respeito, que tem pouca ou nenhuma história na categoria. 

 

Um abraço e oremos sempre, 

 

Toni Vasconcelos

 

 

 

Last Updated ( Wednesday, 28 March 2012 22:01 )