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A hora da verdade para Bruno Senna PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Saturday, 11 February 2012 14:13

 

 

 

Olá fãs do automobilismo, 

 

Terminaram os primeiros testes da Fórmula 1 em 2012... e um novo e importantíssimo capítulo começa na vida de Bruno Senna Lalli. Na verdade, dependendo do que o brasileiro vier a fazer, seu nome poderá ficar marcado de uma forma ou de outra na história da categoria. 

 

É bom lembrar que o piloto brasileiro em questão, conside-rando a história, digamos, recente do automobilismo, é uma exceção. Bruno Senna não passou por um processo de formação e desenvolvimento no automobilismo como foi o caso dos outros 23 pilotos do grid da Fórmula 1... aliás, diferente de qualquer formação desde que eu me lembre. 

 

Quando criança, Bruno contava com o apoio e a orientação do tio, Ayrton, que foi um dos maiores kartistas do Brasil e duas vezes vice-campeão mundial da categoria. Contudo, o menino Bruno passou por duas tragédias pessoais em um curto intervalo de tempo: as trágicas mortes do tio piloto, transmitida pela televisão para o mundo inteiro, e pouco tempo depois, do seu pai, Flavio Pereira Lalli, dois anos depois, em um acidente de moto. 

 

 

O menino Bruno Senna Lalli tinha na companhia e na imagem do tio a referência para poder vir a ser um grande piloto. 

 

Longe do kart e das pistas, Bruno Senna só pode retomar o caminho das pistas depois da maioridade, quando disse a mãe que queria correr. Foram praticamente 10 anos longe da velocidade e não há como negar: isso pesa! 

 

Se Bruno fosse “apenas Lalli”, difícil, mas muito dificilmente chegaria onde chegou. O sobrenome Senna abriu-lhe portas que para os meros mortais nem sequer são vistas, quanto mais tocadas. O amigo da família, Gerard Berger, colocou-o dentro de um Fórmula BMW na Alemanha para um teste: ele saiu-se muito bem! Especialmente em se tratando de uma pessoas que não sentara em um carro de corridas (ou kart), por quase uma década. 

 

 

Em 2006, na 2ª temporada na F3 inglesa, Bruno conquistou 5 vitórias, mas terminou o campeonato atrás dos companheiros de time.

 

Bruno correu seis provas do campeonato inglês da Fórmula BMW em 2004, depois, fez duas temporadas na Fórmula 3 Inglesa, sendo o 3º colocado da temporada em 2006. Após dois anos na GP2, em 2007 e 2008, tendo terminado o último ano como vice-campeão, quase assinou com a Honda, que foi parar nas mãos de Ross Brawn e este terminou optando por outro brasileiro: Rubens Barrichello. 

 

Correndo no mundial de protótipos para não ficar parado em 2009, Bruno Senna conseguiu dois pódios, para no final do ano garantir um lugar na fraquíssima Hispania para o ano seguinte, entrando como piloto pagante - apesar de viver negando esta condição. No ano passado, pagou para ser piloto de testes da Renault e acabou herdando o cockpit do demitido Nick Heidfield. A performance não foi aquele que os torcedores brasileiros esperavam... provavelmente, não foi o que Bruno esperava também. No “leilão” para 2012, perdeu a vaga para Romain Grosjean. 

 

 

Depois do vice-campeonato na GP2, Bruno tentou, mas nunca conseguiu se firmar em uma equipe na desejada Fórmula 1... até 2012! 

 

Em todo caso, é fato que Bruno Senna, chegou à Fórmula 1 sem ter sido campeão de nada em sua trajetória, apesar de, se analisarmos friamente, ele não deixa em nada a dever para a maioria de seus contemporâneos de categorias de base. Contudo, mesmo tendo “herdado” o talento nato do tio, a distância das pistas ao longo da infância e adolescência fazem falta.

 

Esta semana, em dois programas de TV, os apresentadores lembraram de Bruno correndo na "mítica Lotus preta e dourada, eternizada pelo tio". Será que estes profissionais já ouviram falar em Emerson Fittipaldi? Deveriam ter visto o GP do Brasil de 2010, quando - ao volante da verdadeira Lotus preta e dourada - O primeiro brasileiro a sagrar-se campeão mundial de F1 deu algumas voltas em Interlagos.

 

Entrando em outro “leilão”, desta feita para a Williams, que já foi grande e hoje... é o que vimos! Bruno Senna conseguiu “começar um ano” como piloto da Fórmula 1. Acompanhou a parte final da construção do carro e está participando dos testes pré-temporada.

 

 

Este ano, ao volante da Williams, Bruno Senna pode estar tendo a derradeira chance de se firmar - ou não - na Fórmula 1.

 

Contudo, seu contrato é de apenas um ano. Ele tem um ano para mostrar que tem condições de permanecer no grid, que tem condições de pilotar um carro competitivo, que tem condições de ser Bruno Lalli e não Bruno Senna, escrevendo sua própria história nas pistas, independente da imagem do tio. 

 

Beijos do meu divã, 

 

Catarina Soares

 

 

Last Updated ( Thursday, 16 February 2012 01:44 )