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O sonho não acabou, Rubinho PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 23 January 2012 13:18

 

 

Olá fãs do automobilismo, 

 

O sonho acabou! Eu não era nascida quando pronunciaram esta frase, depois da morte de John Lennon, mais de 30 anos atrás. Contudo, para muitos fãs de Rubinho Barrichello – e pode ser que para o próprio – a sensação foi exatamente esta quando a Williams anunciou que Bruno Senna seria o piloto da equipe para 2012. 

 

Depois de 19 anos, 323 corridas, 11 vitórias e algumas “derrotas morais” – além de outras “imorais” – Rubinho tem sua saída de cena da principal categoria do automobilismo mundial praticamente decre-tada... a menos que ele se submeta a pagar por uma vaga na pífia Hispania para fazer dupla com o também veterano Pedro de La Rosa, único piloto confirmado pela equipe até o fechamento desta coluna. 

 

Caso isso venha a acontecer e, como fã do Rubinho, eu espero que não, o nosso decano piloto irá passar por uma situação talvez comparada com o melancólico final de carreira de um dos maiores pilotos da história: Sir Graham Hill. Bicampeão mundial de Fórmula 1 (1962 e 1968), arrastando-se na pista nos anos 70, tratado com deferência pelos pilotos e com um certo desdém por parte da mídia. 

 

 

 

Ao contrário do que parecia ser o caso de Graham Hill, Rubinho Barrichello ainda tem muita gana, muita vontade e muito preparo – físico e técnico – para pilotar os melhores e mais rápidos carros de corrida do mundo. Estar ou não no grid da Fórmula 1 é, há algum tempo muito mais uma circunstância financeira do que uma questão técnica. Sendo assim, como fica a cabeça de um piloto pleno de desejo de correr como Barrichello. 

 

O sonho – da Fórmula 1 – pode ter acabado, mas o mundo do automobilismo é grande, maior que a categoria do ‘seu’ Bernie como dizem os meninos aqui do site. A FIA está investindo no mundial de endurance e qual equipe não gostaria de ter você como piloto? Nunca um brasileiro venceu as 24 horas de Le Mans. Nem o Raul Boesel, que venceu o mundial de protótipos de 1987. Uma conquista como essa seria algo inédito. É hora de abrir os horizontes e o mundo da velocidade não pode abrir mão de você. 

 

 

 

O automobilismo brasileiro – infelizmente – ainda está muito pequeno para alguém tão grande como você. Vir correr numa GT3 ou na Stock Car não pode ser tratado como uma possibilidade para os próximos anos, com todo o respeito que as categorias merecem. Você ainda tem muito que pode ser feito nos maiores palcos do mundo, com os melhores carros do mundo, algo que – ao menos em condições de igualdade com alguns de seus companheiros de equipe – raramente você teve. 

 

Acelera, Rubinho. Acelera tua vida, vire uma página como quem contorna uma curva e entra em uma nova reta, com o motor cheio, com aquela gana que sempre foi marca registrada sua. Com aquela emoção que tantas vezes nos fez chorar junto com você e toda esta sua emotividade.  

 

 

 

Você é maior do que muitos historiadores poderão vir a falar no futuro. Você é maior do que muitos brasileiros e brasileiras não foram capazes de compreender que você não era a reencarnação ou o herdeiro de Ayrton Senna (o sobrinho, por sinal, chegou a F1 sem ser campeão de nada). E saiba que o divã desta sua admiradora estará sempre livre para conversarmos sobre tudo que você quiser.

 

Beijos (emocionados) do meu divã, 

 

Catarina Soares

 

Last Updated ( Monday, 30 January 2012 01:21 )