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Inteligência Emocional PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Tuesday, 15 November 2011 17:03

 

 

Olá fãs do automobilismo, 

 

Tem certas coisas que me custa entender quando assisto corridas de automóvel. Acho que boa parte dos leitores aqui do site já devem ter ouvido falar em “inteligência emocional”. A Inteligência Emocional, segundo o escritor Daniel Goleman, está relacionada a habilidades tais como motivar a si mesmo e persistir mediante frustrações; controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas; praticar gratifica-ção prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos, e conseguir seu engajamento para alcançar objetivos de interesses comuns. 

 

Em um intervalo de poucas semanas, pudemos assistir algumas demonstrações – de acordo com o conceito – de falta de inteligência emocional. Afinal, o que leva um piloto profissional a agir de forma quase irracional – para não dizer totalmente – quando se envolve em uma disputa de posição? 

 

O Inglês Lewis Hamilton, campeão do mundo de Fórmula 1 em 2008, um dos maiores pilotos da atualidade e dono de uma carreira brilhante recebeu neste ano de 2011 (até a prova de Abu Dhabi) cinco punições dos comissários desportivos devido às suas atitudes na pista, colocando em risco não apenas seus adversários, mas para ele mesmo.  

 

Pior que isso, suas atitudes tem sido apoiadas pelos membros da equipe, a despeito das críticas feitas por diversos pilotos que fizeram história nas pistas, como o tricampeão do mundo, Jackie Stewart. Uma coisa é ser combativo, arrojado, outra coisa é ser imprudente. 

 

 

Lewis Hamilton, um dos pilotos mais talentosos de sua geração sofreu nada menos que cinco punições por conduta antidesportiva.

 

Na última etapa da Fórmula Truck, disputada em Curitiba, pudemos assistir uma cena simplesmente dantesca, com o caminhão de Geraldo Piquet “escalando” o caminhão de Felipe Giaffone no final de uma reta de mais de novecentos metros. Graças ao bom senso e ao regulamento, o radar dos 160 Km/h deu uma reduzida na velocidade dos enormes bólidos, caso contrário, as condições daquele acidente poderiam ser trágicas! 

 

Geraldo Piquet declarou que seu caminhão perdeu os freios e por isso não conseguiu parar, mas segundo diversas pessoas presentes no autódromo, o outro piloto, Felipe Giaffone, fez duras declarações quanto ao acidente a discussão que eles tiveram enquanto retornavam para os boxes.  

 

Na primeira volta, Geraldo Piquet levou um toque por trás que fez seu caminhão rodar e o alijou da disputa pelas melhores posições. No momento do acidente, Piquet era retardatário e Giaffone ocupava a 3ª posição... porque será que o piloto da equipe Volkswagen simplesmente não deixou o seu perseguidor passá-lo? 

 

 

Faltando apenas três voltas para o final da prova, Geraldo Piquet (retardatário) atingiu em cheio o 3º colocado, Felipe Giaffone.

 

Mas o caso mais insano foi o que envolveu os pilotos da NASCAR Ron Hornaday de Kyle Busch. Na prova das Pickups, disputada no Texas – o mesmo autódromo onde ocorreu a trágica prova da Indy onde morreu Dan Wheldon – o piloto do carro 18, que nem sequer estava na disputa pelo campeonato, uma vez que disputa a categoria principal da NASCAR, perseguiu (o termo é este mesmo) o piloto que liderava a prova e que tinha chances de vencer o campeonato e – propositadamente – atingiu-o várias vezes, até que Ron Hornaday perdesse o controle do seu carro e ficasse fora da prova. 

 

Ao menos nos EUA, as medidas contra atitudes como estas costumam ser duras e nem mesmo o piloto Kyle Busch esperaria que estas fossem tão longe. Além de suspenso da prova do domingo, na qual ele estava envolvido diretamente pela disputa do título (estava, pois a suspensão tirou-o de qualquer possibilidade de conquista), a direção da categoria ainda viria a se reunir para a tomada de outras possíveis sansões.  

 

Não bastassem as medidas de ordem disciplinar, o patrocinador do piloto, através da equipe, uma marca de doces e um produto voltado diretamente para o público infantil, solicitou à equipe que o carro 18 não estampasse mais a marca do produto, considerando que a imagem passada pelo piloto não era condizente com os valores da empresa. 

 

 

Kyle Busch (18), que participa das provas da Camping Truck sem contar pontos para o campeonato, tirou Ron Hornaday (33) da prova.  

 

Nos três casos abordados – Hamilton, Piquet e Busch – o que será que passa pela cabeça de um profissional, sim, porque o piloto é um profissional, alguém que recebe salário, alguém que tem um compromisso de passar a imagem de uma ou mais marcas e que, numa atitude de alguns segundos, pode colocar todo um trabalho em torno de sua imagem no sentido oposto ao que seriam o seu e interesse e o dos seus contratantes? 

 

Com tantos membros em uma equipe como nutricionistas, fisioterapeutas e personal trainers, um psicólogo até que poderia ser bem útil... 

 

Beijos do meu divã, 

 

Catarina Soares

 

 

 

Last Updated ( Tuesday, 15 November 2011 17:29 )