Amigos, o instituto da FIA foi criado pelo Professor Doutor Sid Watkins. O veterano médico da Fórmula 1 foi trazido para a categoria por Bernie Ecclestone no final dos anos 70, para melhorar a segurança e o resgate dos pilotos em caso de acidente. O Dr. Sid Watkins é um dos pesquisadores do Hospital de Neurocirurgia da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Bom currículo, não há dúvida. 

Como Watkins está em com mais de 80 anos, resolveu deixar as viagens e as corridas de F1, e se dedicar ao Instituto da FIA, fundado em 2004. A entidade não tem a missão de criar regras, e não tem nenhum poder sobre o esporte em si. A idéia de Watkins, hoje presidente do Instituto da FIA, é simplesmente testar e desenvolver novas tecnologias para a segurança dos pilotos, equipes e público em geral. 

A última e mais interessante questão levantada pelo instituto foi a do fechamento do cockpit dos carros de F1 com um “canopy”, termo usado em aviação para aquela “bolha” que fecha o cockpit dos aviões de caça. 

Os testes foram realizados no Instituto da FIA. Um pneu foi arremessado em uma “bolha”, semelhante a usada nos aviões, a 220 km/h. O resultado foi uma deformação pequena, e não houve nenhum problema maior com a peça. É claro que o “canopy” não foi o mesmo dos aviões, mas um projetado com a intenção de cobrir especificamente um carro de F1. 

O caso é que a FIA e as equipes, apesar de em um primeiro momento se mostrarem interessadas no desenvolvimento do cockpit fechado, voltaram atrás, alegando uma série de problemas. Ross Brawn, diretor da Mercedes, foi um dos que foi contra. “Você pode ter coberturas, mas você também tem que ter acesso ao piloto para retirá-lo do cockpit. Existem muitas questões secundárias”, declarou Brawn. 

Além disso as equipes alegaram que um pneu, por exemplo, que bata na “bolha”, pode sair em direção ao público ou aos boxes, com energia ainda maior. 

Vale lembrar que o tricampeão Jack Brabham cobriu um cockpit de um F1 parcialmente, em 1967. Foi no Brabham BT 19, no GP da Itália, e a idéia, obviamente, não foi adiante. 

No momento parece cedo para que projetos se voltem para um estudo mais profundo do cockpit coberto, mas sem dúvida que, caso o impacto possa ser amortecido com mais eficácia, o dispositivo aumenta em muito a segurança dos pilotos. 

Que o diga Felipe Massa, que em um cockpit coberto não teria levado aquela mola na cabeça...  

Um abraço, e oremos sempre. 

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