
Desenvolvido por especialistas da Fórmula E e da FIA, a mais recente edição do GEN3 Evo marca um salto significativo na tecnologia de corrida elétrica, com aceleração de 0-100 km/h 30% mais rápida do que um carro de F1 atual e 36% mais rápido do que o carro GEN3. Após a divulgação feita no meio do ano e dos testes pré-temporada no autódromo de Jarama, na Espanha, o E-Prix de São Paulo seria a primeira demonstração do que o GEN3 Evo iria entregar para pilotos, equipes e público ao longo da temporada. O que os pilotos sentiram ao testar o carro na Espanha? Conversamos com 6 pilotos de diferentes equipes. Maxmilian Gunther – Piloto da DS Penske Este novo carro vai ser um grande desafio para todos os pilotos do carro. Tivemos o primeiro contato com ele nos testes em Jarama durante três dias, mas foi muito perto do início da temporada e as equipes tiveram pouco tempo para conhecer o carro, nós tivemos pouca milhagem com o carro e foram muitas mudanças. Além do sistema de tração integral temos novos pneus, uma reação mais rápida na aceleração, um pacote aerodinâmico novo e isso vai exigir uma adaptação de todos e quem se adaptar mais rápido vai sair com alguma vantagem e isso vai desde a como atacar as curvas de como acelerar na saída sem destracionar e perder velocidade. A pré-temporada foi empolgante, mas as corridas serão bem mais. Stoffel Vandoorne – Piloto da Maserati MSG Racing A experiência com o carro novo na pré-temporada em Jarama foi muito excitante para todos nós, mas o primeiro contato com o traçado de São Paulo, que tem largura nas retas, boas retas e freadas fortes vai ser uma das melhores corridas do ano com toda certeza. O carro geração 3 evolution foi um grande passo adiante para a categoria e eu tenho certeza vamos ter grandes corridas ao longo da temporada e o attack mode vai ficar muito mais interessante e mudar a perspectiva das corridas e a dinâmica das corridas. Eu gostei dos novos pneus que testamos em Jarama. Eles aumentaram o grip e com isso as curvas serão mais velozes e podem proporcionar mais ultrapassagens. Esse vai ser um grande passo adiante na categoria e as corridas vão ser muito mais disputadas. Lucas Di Grassi – Piloto da Lola Yamaha Abt Team O carro novo é muito mais rápido. No primeiro treino livre viramos 3s mais rápido que no ano passado aqui em São Paulo e o sistema de tração 4x4 é algo que quem dirige um carro com tração integral nunca mais quer dirigir um carro com tração em um eixo apenas. A tração do carro quando saímos das curvas é uma diferença absurda. Eu estou muito animado com o que vamos ter nesta temporada. Eu já tive uma experiência de um carro com tração integral no WEC, mas era diferente. Lá tínhamos tração do motor a combustão no eixo traseiro e do motor elétrico no eixo dianteiro lá era necessário achar a combinação dos dois no momento certo. Com o carro da Fórmula E é diferente. O software é muito mais complexo e não é fácil ajustar o sistema 4x4 então achar este acerto prova a prova vai ser o grande desafio da temporada. Robin Frijns – Piloto da Envision Racing Eu adorei os dias de testes pré-temporada. O carro é muito rápido nas reações e os novos pneus são mais macios, o que aumentou o grip, especialmente no contorno das curvas. Estivemos testando por três dias em Jarama e pudemos aprender sobre o carro, mesmo que muito próximo do início da temporada. A categoria passou os parâmetros para as equipes e pudemos treinar na fábrica, mas simuladores são simuladores e a realidade sempre proporciona o conhecimento de detalhes que os programas não conseguem aplicar. A pista aqui em São Paulo é muito rápida e com 22 carros juntos vai ser bem divertido. No treino livre já sentimos o efeito da combinação do controle integral e dos novos pneus. Fomos 3 segundos mais rápidos e isso vai ser uma constante durante o campeonato. David Beckmann – Piloto da Kiro Race Co. Nosso primeiro contato com o novo carro foi em Jarama e foi muito excitante, muito positivo. No passado, até a última temporada todos tínhamos problemas com recuperação de velocidade e o attack mode as vezes, dependendo da pista, mais atrapalhava do que ajudava. Com o novo software e com a tração integral acreditamos que isso fará uma grande diferença nas corridas. Certamente não só aqui em São Paulo, mas em outros lugares teremos muitas ultrapassagens. Eu também gostei dos novos pneus. São mais macios e estão aumentando o grip, especialmente nas saídas de curva, evitando que o carro patine e dando logo mais velocidade. Todos estão tendo que se adaptar com as muitas mudanças de comportamento no carro e quem conseguir fazer isso primeiro vai levar vantagem. Oliver Rowland – Piloto da Nissan F-E Team Acho que a categoria acertou em cheio com esse novo carro. A evolução foi muito grande e nós saímos da fábrica já com uma boa expectativa. Antes de irmos para pista os simuladores receberam um upgrade com as novas configurações dos carros e dos pneus, mas quando tivemos os três dias de testes em Jarama vimos que o carro tinha muito mais potencial. Voltamos para a fábrica, testamos mais no simulador com as reações que percebemos no treino pré-temporada e estamos muito animados com as possibilidades que esse novo carro, os novos pneus e esta configuração vai permitir durante o campeonato. Os novos pneus estão dando uma aderência melhor, a aceleração está melhor e isso vai mudar o efeito do attack mode. Vai ser uma temporada fantástica. |