Olá leitores! Como estão? Espero que todos bem. Que os problemas em vossas vidas sejam resolvidos de maneira mais inteligente que aquele entre o site Grande Prêmio e a VICAR, onde ambos os lados fizeram o favor de partir para as piores soluções possíveis. Desejo sabedoria para ambos, o Grande Prêmio e a VICAR, que as situações possam ser resolvidas como adultos. Se for para criticar algo, será aquele hairpin que fizeram em Belo Horizonte, no limite do diâmetro de giro dos carros. E por sinal, o trabalho de gerenciamento das situações durante os dias de treinos e corrida foi muito bom, certamente desafiador para a organização da corrida. O bom de pista de rua é que, se necessário, pode ser alterado para o ano seguinte com mais facilidade que um autódromo. E sim, estou me referindo ao hairpin. Por favor. Corrida foi interessante, e a cobertura completa evidentemente estará na coluna do Shrek terça feira, e sinceramente acredito que a prova poderia ter sido ainda melhor com um hairpin melhor projetado. Enfim, pessoas inteligentes aprendem com seus próprios equívocos, e tenho a confiança que para ano que vem essa questão do traçado pode ser aperfeiçoada. Mas vamos ao que interessa, motor roncando na pista. Sábado a Indycar foi até um dos meus ovais preferidos, nas proximidades de Saint Louis, antigamente chamado de Gateway e que, por conta do nome atual não fazer o menor sentido, continuará sendo chamado de Gateway por esse escriba. Existe um dito popular que diz que quando algo começa errado, vai terminar errado. Foi mais ou menos o ocorrido no final da prova, quando apareceu a bandeira amarela por conta da fechada que o Power deu no Malukas. Power viu que tinha um carro ao lado e... veio fechando a trajetória. Malukas, muito menos experiente, tentou tirar pra dentro, e já levemente desestabilizado por acertar a zebra, acabou rodando ao receber o toque do piloto da Penske. Após a retirada do carro acidentado, no momento da relargada, Newgarden demorou para acelerar, o que causou um efeito sanfona e quem se deu mal foi Power, atingido por Alexander Rossi em um acidente que envolveu mais dois carros. Alex Palou, ao ver a bandeira verde, já saiu da fila de carros e assim conseguiu evitar o enrosco à sua frente. Bom para ele, que ampliou sua vantagem na pontuação e viu Power – uma possível ameaça ao título – cair na tabela. Sei que o clima dentro da Penske deve estar ótimo após essa corrida... em qualquer outra categoria tanto Power como Newgarden teriam sido punidos, MAS como é a Indycar quem levou punição foi... Colton Herta, por uma tentativa de bloqueio a uma ultrapassagem do Linus Lundqvist. Uma manobra bem menos prejudicial que a dos pilotos da Penske, mas como Herta não pilota para a Penske... enfim, é isso. A vitória ficou com Newgarden, reafirmando sua condição de especialista em ovais, seguido por Scott McLaughlin em 2º e Linus Lundqvist em 3º (excelente corrida dele, por sinal) encerrando o pódio. Alex Palou terminou na pista em 5º, mas como Herta perdeu uma posição por conta do bloqueio à tentativa do Linus acabou a prova em 4º, com o Herta em 5º. Pietro Fittipaldi foi o 14º colocado. O DTM foi até Nürburgring para mais uma rodada dupla. O sábado foi marcado pela tradicional instabilidade climática das montanhas Eifel, e a chuva esteve presente em boa parte da corrida, retornando quando os pilotos achavam que já daria para arriscar um pneu slick para as voltas finais... ficou só no projeto, já que voltou a chover no final. Quem doutrinou a corrida foi o sul africano Kelvin van der Linde, que cruzou a linha de chegada com 15 segundos de vantagem sobre o segundo colocado, Mirko Bortolotti, e 16 sobre o terceiro colocado, Maro Engel. No domingo, sem chuva mas com temperatura ainda um pouco mais baixa, quem deu as cartas foi o irmão, Sheldon van der Linde, que logo na largada já ganhou 5 posições e foi para terceiro, aproveitou relargada de safety-car para passar para o segundo, e quando o pole position Maro Engel se enroscou durante a janela de pit-stops com Rene Rast, que lutava com seus pneus ainda frios, assumiu a liderança para cruzar a bandeirada nessa posição e marcar a 100ª vitória da BMW no DTM. Em segundo lugar chegou Maro Engel, e o degrau mais baixo do pódio ficou com Marco Wittmann. O Mundial de Motovelocidade foi até o Red Bull Ring para mais uma etapa, e o público teve a oportunidade de ver ótimas corridas. Na Moto 3 tivemos outro show do David Alonso, que venceu mesmo tendo que cumprir uma punição de volta longa, com a monumental vantagem de 12 centésimos de segundo... é, Moto 3 não é para cardíacos. Outro David, o Muñoz, foi quem ficou com o gostinho de vitória perto da boca mas não conseguiu atingir o objetivo máximo. Quase emparelhado com Muñoz chegou outro D, o Daniel Holgado, que completou o pódio na terceira posição. Um pódio Dmais... não consegui controlar o trocadilho infame. Enquanto isso, na Moto 2, tivemos o 8º vencedor diferente na temporada. Dessa vez a honra de ocupar o degrau mais alto do pódio ficou com Celestino Vietti, que nas voltas finais conseguiu respirar um pouco e cruzou a bandeirada com pouco menos de 2 segundos de vantagem para Alonso Lopez, que nas últimas voltas proporcionou ao público uma bela disputa com Jake Dixon, conseguindo assim a 2ª posição no pódio, ao passo que Jake teve de se contentar com o 3º lugar. Aron Canet ficou ali observando de camarote a briga, já que as tentativas dele de passar os dois pilotos à sua frente foram infrutíferas. Já na MotoGP a defesa do título por parte de Bagnaia está muito bem, obrigado. Sábado na Sprint Race a vitória dele foi ajudada pelos tombos de Jorge Martin e de Marc Márquez, e no domingo o Martin até tentou se impor ao atual campeão, mas o ritmo de Bagnaia na segunda metade da prova não deu chances ao atual vice campeão e mais um troféu de primeiro lugar foi para a sala do italiano, com confortáveis 3,2 segundos de vantagem para Martin. Martin, por sua vez, abriu 4 segundos do 3º colocado, Enea Bastianini, que mais uma vez fez uma ótima corrida. Quem causou estranheza foi Marc Márquez, que mesmo largando em 3º se atrapalhou na primeira curva, quase cumpriu voluntariamente uma volta longa, e passou o resto da corrida buscando minimizar o prejuízo; quase conseguiu, já que terminou em 4º, mas realmente fica a dúvida do que ele poderia ter feito sem o erro de iniciante na primeira curva. Talvez os cartolas da Ducati estejam pensando se efetivamente foi a melhor ideia contratar o #MM93 ao invés do Martin... eu não culpo quem está pensando assim. A NASCAR foi até Michigan para uma prova de 400 milhas (200 voltas) no tradicional superspeedway, mas a chuva primeiro atrasou a largada, e depois voltou de uma forma que não daria para continuar a prova no domingo. Assim sendo, após 51 voltas a corrida foi adiada para essa segunda feira. Encerrando essa coluna lembrando que eu achava que iria para outro plano antes do Silvio Santos. Ser humano falível, como todos nós, entre acertos e erros o maior comunicador que esse país teve deu espaço para o automobilismo em sua concorrida grade dominical. Nem sempre era possível transmitir ao vivo, mas houve épocas em que a chance de se ver alguma coisa de Fórmula Truck e o campeonato da CART (na emissora chamado de Fórmula Mundial) era no SBT. Muito ódio foi destilado esse final de semana por conta dos erros dele, notadamente nos apoios políticos, mas não tem como deixar de reconhecer os acertos, dentre eles a possibilidade de automobilismo na TV aberta. Descanse em paz, Senor Abravanel. Até a próxima! Alexandre Bianchini Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.
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