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Caio Collet faz P4 na Indy NXT, brasileiros sofrem na USFJr. F2 e FRECA testam na Europa PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 28 April 2024 22:40

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos corridas envolvendo os pilotos brasileiros, aspirantes ao topo da carreira nas categorias mais importantes do automobilismo mundial nos Estados Unidos e na Europa, mas durante a semana tivemos também pilotos em treinos coletivos na FIA Fórmula 2 e da Fórmula Regional Europeia.

 

Recebi a informação de que Fernando Barrichello tinha definido seu futuro e estia um dos pilotos a participar da Eurofórmula, categoria onde correu Feilpe Drugovich antes de entrar para as categorias FIA. A Eurofórmula, assim como a Eurocup 3 são categorias que tem um perfil semelhante a Fórmula Regional Europeia, mas que com o surgimento da Eurocup 3, perdeu grande parte do interesse das equipes e pilotos. As Editoras do site pediram que eu desse uma atenção especial para a categoria, mas precisei justificar que não considerava produtivo (além do tempo a ser tomado) acompanhar uma categoria com um grid de apenas 6 (isso mesmo, seis) carros na pista. Mas mencionarei os resultados dos finais de semana.

 

FIA Fórmula 2

Nesta semana que passou tivemos três dias de testes da FIA Fórmula 2 no autódromo de Montmeló, em Barcelona. Gabriel Bortoleto e Enzo Fittipaldi estiveram em ação. Nestes dias de testes as equipes fazem diferentes programas, com número de voltas, quantidade de combustível, tipo de pneus (só usaram pneus duros), etc. Foram no total seis seções, duas por dia, com três horas cada uma nos períodos da manhã e da tarde.

 

 

No primeiro dia, na parte da manhã, com a pista ainda bem verde, Gabriel Bortoleto completou 32 voltas, sendo a melhor delas em 1m26,046s, a P6. Enzo Fittipaldi fez 32 voltas, sendo a melhor em 1m26,291s, a P10. Na parte da tarde Gabriel Bortoleto fez outras 30 voltas, sendo o mais rápido, com 1m25,143s e Enzo Fittipaldi ficou com a 3ª melhor volta, com 1m25,744s.

 

No segundo dia, visivelmente com carros bem pesados na parte da manhã, Enzo Fittipaldi completou 41 voltas e a melhor foi em 1m28,521s, sendo a P20 e Gabriel Bortoleto fez 71 voltas, sendo a melhor em 1m29,250s, a P21. Na parte da tarde do segundo dia os brasileiros estavam com os carros mais leves e Gabriel Bortoleto ficou com o 2° melhor tempo depois de fazer 26 voltas, sendo a melhor delas em 1m25,014s. Enzo Fittipaldi ficou com a P6, depois de completar 28 voltas e a mais rápida em 1m25,712s.

 

 

No último dia, com a pista mais emborrachada, alguns pilotos testaram os carros em condições de classificação. Não foi o caso dos brasileiros. Enzo Fittipaldi ainda fez um tempo razoável, com a melhor das suas 31 voltas em 1m24,618s, a P15, e Gabriel Bortoleto fez 36 voltas com o carro pesado, virando a melhor delas em 1m29,135s. Na última sessão os brasileiros fizeram long runs, com Gabriel Bortoleto completando 55 voltas, a mais rápida em 1m29,414s, na P10 e Enzo Fittipaldi 42 voltas, sendo a mais veloz em 1m29,420s, a P11.

 

Fórmula Regional Europeia

A temporada ainda não teve início, mas os pilotos foram para a pista em abril por duas vezes. No início do mês, estiveram em Paul Ricard por dois dias, com sessões de quatro horas cada uma pela manhã e pela tarde, no circuito francês Rafael Câmara entregou logo que não entraria na temporada para não vencer e marcou o melhor tempo da primeira sessão. Pedro Clerot também se mostrou muito rápido e ficou entre os 10 primeiros pela manhã.

 

 

Na parte da tarde, Tuukka Taponen foi o mais rápido, mas no final do dia, foi o piloto brasileiro da Prema o mais veloz de todos. No segundo dia, Taponen começou na frente, mas Rafael Câmara fez o segundo melhor tempo. Uma antevisão do que será a temporada? No treino da tarde foi a hora de fazer long runs e andar com o carro pesado.

 

 

Nesta última semana os pilotos foram para Hockenheim, que passou para as mãos de proprietários privados, realizar mais dois dias de testes, novamente com quatro horas de pista aberta para pilotos e equipes. Algumas sessões, como a da tarde do primeiro dia, foram com pista molhada, o que deu um parâmetro extra para pilotos e equipes. Os pilotos brasileiros estiveram bem, sempre andando entre os 10 primeiros nas sessões, tanto no seco como no molhado, abrindo boas perspectivas para a temporada.

 

Indy NXT

Em sua segunda etapa pela categoria norte americana, Caio Collet foi para o Barber Motorsport Park, um circuito misto de 3.700 metros (2,3 milhas), com características bem mais “europeias”. Foram duas sessões de treinos livres – uma na sexta-feira, outra no sábado e a classificação com os pilotos divididos em dois grupos também no sábado.

 

 

Na primeira sessão dos treinos livres, conhecendo a pista, Caio Collet ficou apenas na P9, com um tempo de volta 1,300s pior que o do piloto mais rápido. Já no sábado pela manhã, mais ambientado, o brasileiro ficou com a P6, com uma volta de 1m11,7215s, 613 milésimos atrás do piloto mais rápido. Nosso representante ficou no grupo 1 do treino de classificação e com uma volta em 1m11,7074s, ficou na P2, 0,1328s atrás de Nolan Siegel. Mas o grupo 2 teve Jacob Abel, o mais rápido de todo final de semana, fazendo o melhor tempo entre todos e ficando com a pole position. Caio Collet largava na P4.

 

No final da manhã de domingo os 21 pilotos da categoria vieram para a pista tendo ... voltas programadas na corrida. Com o carro na cor preta, com os detalhes em verde e amarelo. Depois de 35 voltas de apresentação e aquecimento de pneus, antes do fechamento os carros se posicionaram dois e como o grid estava desarrumado, abortaram a largada e tiveram uma volta a menos de corrida. Tivemos a largada e Caio Collet precisou se defender para manter a P4 na Primeira curva, mas logo foi para o ataque sobre James Roe, trazendo perto dele Rice Aron.

 

 

Todos os pilotos tinham 105s de Push-to-Pass. Com a briga para se manter na P4, Caio Collet perdeu contato com James Coe, mas se afastou de Rice Aron. Yuven Sundaramoorhty ficou parado no meio da pista na volta 5 e tivemos a entrada do safety car, masmo com o piloto fazendo o carro funcionar novamente. A relargada veio na abertura da volta 7. Caio Collet segurou sua P4 e foi pra cima de James Coe, abrindo de Rice Aron. Na volta 12 Caio Collet se aproximou de James Roe, mas o americano conseguiu voltar a abrir 1s, para o brasileiro.

 

 

Faltando 15 voltas, Caio Collet tinha 2,8s de vantagem sobre Rice Aron, mas estava ficando distante de James Roe, mas foi aí que o brasileiro começou a reagir e encurtar a distância para o P3. Faltando 8 voltas para o final a diferença de Caio Collet para James Roe era de meio segundo, mas o americano conseguia se manter à frente o suficiente para não ser atacado. Nas voltas finais Caio Collet perdeu ritmo e correu para se segurar na P4, graças a vantagem que conseguiu em relação a disputa da P5. Faltando 2 voltas, Jamie Chadwick escapou e foi pra brita. A bandeira amarela veio na última volta com a corrida terminando assim. Caio Collet ficou com a P4 e saiu do Alabama com 58 pontos e a P4 no campeonato. A próxima etapa será no circuito misto de Indianápolis, em maio.

 

USF Juniors

O final de semana reservou para o Barber Motorsport Park uma rodada dupla, com uma corrida na sexta-feira e uma no sábado, todas no programa do GP da Fórmula Indy, que também teve a Indy NXT, agora com transmissão da TV Cultura de São Paulo. Infelizmente a primeira notícia não é boa para nós no Brasil. Vinícius Tessaro, campeão da FIA Fórmula 4 Brasil teve que sair do campeonato por falta de patrocinadores. Uma grande perda com um piloto de enorme potencial.

 

Com 27 pilotos inscritos para os treinos libres, que começaram na quinta-feira, Bruno Ribeiro conseguiu ficar com a P8, João Vergara com a P9 e Leonardo Escorpioni com a P10 na parte da manhã. Já no segundo treino, ainda pela manhã, Bruno Ribeiro melhorou, subindo para a P6, mas João Vergara e Leonardo Escorpioni desceram alguns degraus, ficando com a P11 e a P12, respectivamente. Na parte da tarde tivemos o último treino antes da tomada de tempo para a formação do grid e João Vergara conquistou uma boa P4. Leonardo Escorpioni ficou com a P10 e os pilotos da DEForce Racing não saíram das garagens, e Bruno Ribeiro não marcou tempos.

 

 

Em seguida os pilotos foram divididos em dois grupos, com 13 e 14 pilotos respectivamente para as sessões cronometradas de classificação. Bruno Ribeiro, João Vergara e Leonardo Escorpioni ficaram no grupo 1 e o piloto da DEForce Racing marcou o melhor tempo, com 1m25,9277s. João Vergara marcou o 4° tempo, com 1m26,0410s e Leonardo Escorpioni o 5°, com 1m26,1288s. O grupo 2 teve tempos melhores e ficou com as posições ímpares no grid, que ficou definido com Bruno Ribeiro largando na P2, João Vergara na P8 e Leonardo Escorpioni na P10.

 

Na sexta-feira tivemos a primeira das duas corridas. Sob sol forte os pilotos foram para a volta de apresentação e depois de alinharem dois a dois atrás do safety car, este deixou a pista e quando as bandeiras verdes foram agitadas para na reta dos pits para as 20 voltas programadas, o grid estava bem desarrumado, mas deram a largada mesmo assim. Bruno Ribeiro caiu para a P3, mas logo foi para o contra-ataque contra Jack Jeffers. João Vergara e Leonardo Escorpioni também perderam uma posição, caindo para a P9 e P11 respectivamente. Os três primeiros tinham aberto uma boa vantagem quando veio a primeira bandeira amarela por detritos e uma asa dianteira na pista.

 

 

A relargada veio na abertura da volta 4 e Bruno Ribeiro relargou bem e com a briga pela P4, os três primeiros foram abrindo novamente. João Vergara e Leonardo Escorpioni também mantiveram suas posições. O pelotão do 4 ao P11 estava no mesmo ritmo, mas Bruno Ribeiro começou a ficar mais longe de Jack Jeffers. João Vergara tentava atacar Leandro Juncos, mas acabou sendo superado por Max Taylor e caiu para a P10, sendo atacado por Leonardo Escorpioni, que acabou escapando da linha ideal e caiu para a P13. Na volta 10 tivemos uma nova entrada do safety car com um carro na caixa de brita da curva 3. Pelotão reagrupado na metade da corrida.

 

 

A relargada veio na abertura da volta 13 e Bruno Ribeiro relargou bem, mas estava sob ataque de Augusto Soto. Sua sorte foi uma batida no fundo do pelotão antes da relargada deixou um carro na brita e outro na grama antes de cruzar chegar na reta, trazendo de volta o safety car pra pista. Nova relargada abrindo a volta 18 e Bruno Ribeiro desta vez largou mal, tendo Augusto Soto na sua cola e o brasileiro levou a pior, acabou rodando e seno acertado por carros (um deles, Leonardo Escorpioni) que vinham atrás seis carros se envolveram no acidente. A bandeira amarela foi agitada imediatamente e na sequência entrou o safety car. A corrida terminou sob bandeira amarela. João Vergara terminou na P9 e ainda ficaram classificados na P19 e P20, Bruno Ribeiro e Leonardo Escorpioni.

 

A corrida 2, disputada no sábado teve o grid formado pelas segundas melhores voltas conseguidas no treino classificatório e com isso, Bruno Ribeiro largaria na P6, mas os danos no seu carro foram muito extensos e ele não participou da segunda corrida. João Vergara estava largando na P9 e Leonardo Escorpioni na P10. Após a volta de apresentação e aquecimento dos pneus o safety car deixou a pista e as bandeiras verdes foram agitadas para as 20 voltas programadas.

 

 

Largando lado a lado na 5ª fila, os brasileiros se mantiveram bem, com Leonardo Escorpioni dando um bom salto e se aproveitando de um pequeno enrosco à sua frente para ganhar a P6, enquanto João Vergara era o P8 no fechamento da primeira volta. Acionaram as bandeiras amarelas no início da volta 2, dom o incidente na curva 5, onde Jack Jeffers ficou preso na zebra interna. Com ajuda ele voltou pra corrida e a relargada veio na abertura da volta 4. Leonardo Escorpioni foi surpreendido por Max Taylor na relargada, mas conseguiu recuperar a P6 na curva 4. João Vergara manteve sua P8 e subiu para a P7 com a escapada de Evan Cooley, que caiu pra P8.

 

Uma nova entrada do safety car aconteceu na volta 6 quando Leonardo Escorpioni tentou superar Max Taylor por fora na curva 5, saiu da pista e foi para a brita. Ele não conseguiu voltar pra pista e ficou fora da corrida. João Vergara subia assim para a P6. A relargada veio na abertura da volta 8 e João Vergara manteve sua posição. O brasileiro foi para o ataque sobre Max Taylor, mas tinha Evan Cooley muito perto. A pressão deu certo e com os três carros da equipe brigando pela P5, João Vergara ganhou a P5, mas Max Taylor recuperou a posição na volta seguinte. Pior para o brasileiro, que também foi superado por Evan Cooley e caiu pra P7. Na volta seguinte, Vergara e Cooley bateram rodas antes da curva 7 e Cooley saiu da pista, com João Vergara recuperando a P6.

 

 

A briga pela P5 afastou os envolvidos do pelotão da frente e o enrosco entre João Vergara e Evan Cooley deixou o brasileiro 1,5s distante de Max Taylor. Nas últimas 5 voltas da corrida João Vergara conseguiu se manter a salva de qualquer tentativa de ataque por Teddy Musella e terminou a corrida na P6. Com duas etapas e 5 corridas disputadas, João Vergara subiu para a P10 no campeonato, com 47 pontos, uma posição acima de Vinícius Tessaro. Bruno Ribeiro era o P13 com 37 pontos, dois a mais que Leonardo Escorpioni, o P14. A próxima etapa será a rodada tripla no Virginia International Raceway.

 

Eurofórmula

Conforme prometido, trago os resultados da Eurofórmula na sua etapa de abertura em Portimão, região do Algarve, em Portugal. Com um grid de apenas seis carros acompanhei à estreia de Fernando Barrichello na categoria. O brasileiro largou na P2 na primeira corrida, mas terminou na P6 (a última posição), o mesmo resultado que conseguiu na segunda corrida, mostrando que mesmo com poucos carros, o herdeiro de Rubens Barrichello não terá um ano fácil pela frente.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.