Olá leitores! Como estão? Espero que todos bem. Desculpem a ausência semana passada, mas por vezes a utilização de equipamento de informática com mais de 10 anos cobra seu preço em falta de confiabilidade... enfim, faz parte de minha existência estilo Chris Amon, como diz o Capitão tem coisa que só acontece comigo. Felizmente esse foi outro final de semana cheio daquilo que gostamos, competições. A Fórmula 1 foi até a China para a primeira etapa no país desde o começo da pandemia. E como o Red Bull do Max literalmente sobrou na pista, o atrativo (seja na corrida Sprint, seja na principal) acabou sendo o pessoal do pelotão do meio para trás. A vantagem de Verstappen ao final da corrida só não foi maior por conta do safety car acionado por conta da quebra do motor do carro do Bottas, que travou o câmbio e precisou da intervenção da grua móvel para ser retirado. Sob safety car aconteceu o lance (sem trocadilho) de comédia pastelão da corrida, onde Fernando Alonso fez das suas (freou muito bruscamente) e os pilotos imediatamente atrás dele – conhecedores do estilo do espanhol indevidamente endeusado – conseguiram reagir a contento... mas Lance Stroll estava olhando para qualquer outro lugar que não para frente e bateu na traseira de Daniel Ricciardo, que acabou tocando em Piastri, numa cena digna de trânsito tapuia. Enfim, quando não se pode ser demitido por conta da meritocracia, ops, do pai ser o dono da equipe, esse tipo de coisa pode acontecer. Acompanhando Verstappen no pódio estiveram Lando Norris (em um grande final de semana) em 2º e Checo Pérez em 3º. Na Ferrari tudo mediano como de costume, apenas dessa vez o Perceval terminou na frente do Júnior (4º e 5º, respectivamente). Carro não parece ser grande coisa e a dupla de pilotos consegue ser pior que o carro. Outro carro muito fraco é o Mercedes desse ano, com Russell em 6º e Hamilton em 9º após um MMA contra o subesterço pronunciado do carro. Long Beach teve um final de semana agitado, com IMSA no sábado e Indycar no domingo, e sábado a vitória ficou com o Cadillac #01 de Bourdais e van Zende, que analisaram o desgaste de pneus, a curta duração da prova, e levaram à contento a estratégia determinada pela equipe de não trocar os pneus na troca de pilotos, conseguindo compensar a perda de desempenho com pneus gastos ao final da prova com o tempo economizado na troca. Muito boa a ideia. Foram acompanhados no pódio pelo Cadillac #31 de Derani e Aitken em 2º e pelo Porsche Penske #7 de Cameron e Nasr. Na GTD, vitória do Lexus #89, seguido pelo BMW #96 em 2º e pelo Mercedes #32 em 3º. Já no domingo, mais uma apresentação de gala do interminável Scott Dixon, que mais uma vez mostrou que é o mestre na arte de economizar combustível e, com uma parada a menos, conseguiu segurar o ímpeto de Colton Herta e venceu por pouco menos de um segundo. O atual campeão, Alex Palou, chegou em 3º. Pietro Fittipaldi enfrentou dificuldades e terminou em 24º lugar, uma volta atrás dos líderes. O Mundial de Superbike foi até a catedral do motociclismo (OK, com a redução do tamanho original tá mais para uma igreja básica, mas ainda é um lugar espetacular), Assen, para mais uma rodada. Quem fez questão de marcar presença no final de semana holandês foi a chuva. A corrida do sábado foi interrompida antes do final, e a vitória ficou com Nicholas Spinelli, que apostou em largar com pneus intermediários enquanto a maioria largou com os slicks. Isso deu para ele uma vantagem no começo da prova que ia deteriorando conforme a pista foi secando, e certamente perderia a liderança se a prova não fosse interrompida após a Yamaha do Locatelli lavar de óleo a curva 15, e misturando partes da pista ainda úmidas com o óleo... a segurança fez com que fosse mais prudente encerrar a corrida, já que levaria um bom tempo para limpar a pista. Spinelli foi acompanhado no pódio por Toprak em 2º (mostrando bom entrosamento com a BMW) e por Bautista em 3º. Já no domingo a vitória ficou nas experientes mãos de Toprak, novamente seguido por Bautista em 2º e com a presença de Remy Gardner e sua Yamaha em 3º. Já que na MotoGP a Yamaha nem entre os 10 primeiros fica, no Superbike eles não fazem feio... O WEC foi até aquela pista que o povo da Fórmula Barbie reclama que “é estreita”, Imola, para mais uma etapa, e pelas disputas que vimos os pilotos do Endurance não se importaram muito com a largura da pista. Seja entre os Hypercar, seja entre os GT, muitas disputas foram travadas durante as 6 horas de prova. O destaque negativo ficou com a Ferrari, que aparentemente deslocou o Rueda da Fórmula Um para a AF Corse, e na hora que a chuva começou a cair a equipe italiana se atrapalhou de maneira absolutamente monumental, insistindo com os pneus slick enquanto todos estavam trocando para os sulcados, e quando o fizeram perderam as posições na frente do pelotão e nem no pódio chegaram. Quem não quis inventar na estratégia foi a Toyota, que agindo de maneira racional conseguiu mais uma vitória para o carro #7 de Conway/Kobayashi/de Vries, que se impôs à dupla de Porsche da equipe Penske que o acompanharam no pódio, com o carro #6 de Estre/Lotterer/Vanthoor à frente do carro #5 de Campbell/Christensen/Makowiecki respectivamente em 2º e 3º. Na LMGT3, vitória brasileira com o BMW #31 de Farfus/Gelael/Leung se impondo ao outro carro da WRT, o #46 onde estavam Al Harty/Martin/Valentino Rossi, trio que foi muito festejado pela torcida na hora do pódio. Foram acompanhados pela tripulação do Porsche #92 da Manthey na 3ª posição. E a NASCAR foi até um dos seus mais espetaculares palcos, Talladega, e a pista (e os pilotos com capacete apertado atrapalhando o raciocínio) não decepcionaram, com Michael McDowell provocando um Big One a um quarto de milha da bandeirada após, na liderança, tentar bloquear os adversários como se fosse uma prova da Copa Renault Clio. Sim, a comparação da manobra é exatamente essa. Claro que num superspeedway a manobra tinha chance ZERO de dar certo, como não deu. O 4º colocado até então, Tyler Reddick, agradeceu efusivamente, desviou do enrosco feito pelo elemento pernicioso, e venceu por 2 décimos de vantagem sobre Brad Keselowski, sempre com ótimo desempenho nesse tipo de pista. Em 3º chegou Noah Gragson, a frente de Rick Stenhouse Jr. em 4º e com Alex Bowman fechando o Top-5. Destaque para Anthony Alfredo em 6º e Todd Gilliland em 8º. Até a próxima! Alexandre Bianchini Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |