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Nem só de Verstappen Vive a Fórmula 1 PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 08 April 2024 23:19

Concluídas quatro corridas, Max Verstappen largou quatro vezes na pole position e venceu em três oportunidades, além de liderar quase todas as voltas das três provas que terminou. Abandonou uma única corrida, na Austrália, por quebra de freio, um acontecimento raríssimo. Faltando 20 provas para o término da temporada, não é difícil cravar que o holandês será novamente o campeão, se nada de anormal acontecer. Extremamente concentrado, intenso em cada mínimo detalhe da forma de pilotar e de uma fidelidade canina à estratégia estabelecida pela direção da equipe, completa o rol de qualidades com a quase ausência de erros desde os treinos até o final da corrida. É um desses talentos excepcionais que surgem a cada trinta anos. Verstappen atingiu o nível de Nuvolari, Fangio, Schumacher, Hamilton, Prost e Senna. Nós, apaixonados pela Fórmula 1, devemos aceitar essa realidade e aproveitar o momento histórico que estamos testemunhando.

 

Quanto ao carro pilotado por Max, o Red Bull RB20, é o melhor carro do grid. A maior prova dessa condição está no fato de Sergio Perez, o segundo piloto da equipe, ter sido menos de um décimo de segundo mais lento que o holandês no grid de Suzuka. Vem provar também que o mexicano, normalmente menosprezado, é um ótimo piloto. Muita gente tem sido excessivamente crítica quando se trata da análise da competência de Perez. Afinal ele é o escolhido pela equipe austríaca, que poderia contratar qualquer piloto que quisesse, e deverá prorrogar sua permanência para 2025.

 

O que está acontecendo com a Red Bull tem antecedentes consideráveis. Se focarmos apenas no século 21, constataremos períodos interessantes de domínio absoluto de duplas piloto-carro perfeitas em Michael Schumacher-Ferrari (2000-2004), Sebastian Vettel (2010-2013), e Lewis Hamilton (2014-2020). As equipes trabalham incessantemente para atingir e superar o patamar da dominadora. E é esse o aspecto que deveremos nos atentar. O “império” da Red Bull deve durar até no máximo 2025. Sim, porque no ano seguinte tudo vai mudar, quando entrará em vigor um novo regulamento, que deve alterar a ordem das forças. Apostamos na Mercedes.

 

 

Com a questão fechada no que se refere ao favoritismo da Red Bull, voltemos nossas atenções às demais equipes. A Ferrari desponta como a que mais se aproximou da Red Bull. Essa condição ficou clara no GP do Japão. O grid de largada teve essa formação: 1º) Max Verstappen-Red Bull com 1m28s197, 2º) Sergio Perez-Red Bull com 1m28s263, 3º) Lando Norris-McLaren com 1m28s489, 4º) Carlos Sainz-Ferrari com 1m28s682, 5º) Fernando Alonso-Aston Martin com 1m28s686, 6º) Oscar Piastri-McLaren com 1m28s760, 7º) Lewis Hamilton-Mercedes com 1m28s766, 8º) Charles Leclerc-Ferrari com 1m28s786 e 9º) George Russell-Mercedes com 1m29s008. A diferença entre Verstappen (1º) e Norris (3º) foi de 0s292 e do pole para o 8º (Leclerc) de 0s589. Os carros estão cada vez mais próximos.

 

A corrida começou com uma manobra errada de Daniel Ricciardo, logo após a largada, que além de obrigar o australiano a abandonar a disputa, arrastou contra uma pilha de pneus o carro de Alexander Albon, também ficando por ali. Ricciardo pode ter assinado sua rescisão de contrato com esse episódio. A paciência de papai Marko com seus pilotos costuma ter curta duração, como já demonstrado em algumas ocasiões.

 

Verstappen e Perez não tomaram conhecimento da concorrência. Largaram e chegaram na frente, como esperado. Para Lando Norris parecia a corrida ideal para voltar ao pódio. Mostrou que seu McLaren MCL38 evoluiu, chegou em quinto enquanto Piastri foi o oitavo, enfrentando problemas com desgaste excessivo dos pneus. A muito abrasiva pista japonesa também vitimou os carros da Mercedes. Chegaram em sétimo (Russell) e nono (Hamilton). Os carros da Ferrari cruzaram a linha de chegada em terceiro (Sainz) e quarto (Leclerc). O monegasco fez uma corrida soberba, depois de ter largado em oitavo. Os italianos encontraram o caminho da evolução segura.

 

Um palpite e uma aposta: Carlos Sainz assinará com a Mercedes.

 

Próximo encontro: GP da China, dia 21 de abril.

 

Luiz Carlos Lima

 

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Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.