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Touro empaca na Fórmula 1 e teve NASCAR, Indy e MotoGP no fim de semana PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 25 March 2024 12:55

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que todos bem. Um final de semana glorioso, onde além da bem vinda cooperação das temperaturas mais baixas onde eu moro (a satisfação de poder vestir um moletom de noite foi inenarrável) tivemos as mais diversas opções de esporte a motor para acompanhar. Em alguns casos até a decisão de escolher entre qual acompanhar ao vivo e qual acompanhar posteriormente em VT, por conta da coincidência de horários. Quem deve ter ficado um pouco frustrado foram os fãs da Stock Car, já que o volume de chuva que caiu na pista de track day de Mogi inviabilizava qualquer coisa que não fosse um grande desfile do safety car. Por oportuno, deixo os “parabéns” ao BandSports, cuja qualidade de transmissão me fez fugir para o YouTube no intento de escapar do Febeapá (saudoso Stanislaw Ponte Preta, foi-se cedo demais) propiciado pela dupla que comandava o show de horrores. Quem me acompanha a mais tempo sabe que só reclamo da narração quando a coisa chega a um nível calamitoso, e foi esse o caso. Felizmente na internet existiam profissionais de verdade fazendo a cobertura do evento.

 

Mas vamos ao que efetivamente interessa, corridas. E a corrida de Fórmula Um em Melbourne foi muito previsível... até o encerramento da primeira volta. Eu tinha dito anteriormente que Verstappen só não venceria todas as etapas se tivesse algum problema mecânico, e não é que dessa vez ele teve? Uma falha no freio traseiro direito encerrou o que poderia ser 100% de vitórias de um único carro na temporada. Quem aproveitou melhor a oportunidade foi a Ferrari, que conseguiu arrancar sorrisos por toda a península itálica ocupando as 2 primeiras posições, com Sainz Jr. na frente do Leclerc, com Lando Norris presente no degrau mais baixo do pódio. Dia muito ruim para a Mercedes, com Hamilton abandonando por quebra no motor e com Russell sendo envolvido em mais uma das “Alonsadas” do vetusto piloto da Aston Martin. Alonso quis fazer o que ele cansou de fazer nas disputas dele contra Michael Schumacher, só que na época os comissários não tinham acesso aos dados de telemetria dos carros e acabava sendo a palavra de um contra a palavra do outro. Pois bem, Alonso inventou uma esfarrapadíssima desculpa que “tirou o pé antes para poder acelerar antes na saída da curva e defender a posição”. Pois bem, os dados da telemetria mostraram que na verdade ele fez um “brake test” com Russell, reduzindo fortemente a aceleração 100m (um pouco antes demais para uma “entrada mais lenta na curva”, né?) da curva, aí acelerou novamente e então freou para a curva. Os comissários não entraram na conversa mole do espanhol e aplicaram um drive-through de punição, convertido em 20s no tempo final da prova, o que derrubou o espanhol de 6º para 8º. Mas o pior não foi isso: pior foi encontrar uma enorme quantidade de comentários na internet defendendo o indefensável, ou seja, a manobra do Alonso, afirmando que “Russell não tem habilidade, Alonso só fez o que qualquer outro piloto faz”. E isso vindo de jornalistas especializados, inclusive com experiência de pista, é inaceitável. Que tempos sombrios vivemos: após o negacionismo científico, chegamos ao negacionismo esportivo. Beleza, OK, os dados da telemetria estão completamente errados, as vozes na cabeça do elemento em frente ao teclado é que estão certas... aí eu saio ofendendo as pessoas e as pessoas não sabem o motivo de serem ofendidas... aos que creem na infalibilidade divina, eu posso garantir que ao menos a pontaria divina para mandar um meteoro e resetar essa criação absolutamente imperfeita que Ele colocou aqui é muito, muito fraca. Até Stevie Wonder já teria acertado o alvo. Enfim, depois reclamam da opinião generalizada de falta de credibilidade da imprensa... com esse povo defendendo as vozes da própria cabeça ao invés dos dados da telemetria, não tem como acreditar mesmo.

 

Continuando em duas rodas, no vizinho Portugal aconteceu mais uma etapa do Mundial de Motovelocidade, na belíssima pista de Portimão, que definitivamente entregou o que se propunha. Na Moto3, um pódio completamente espanhol, com a vitória de Daniel Holgado por míseros 44 milésimos de segundo sobre Jose Rueda. Rueda liderou com competência as primeiras voltas, mas na disputa das últimas voltas acabou cedendo a posição após uma empolgante disputa, daquelas bem típicas da Moto3. Em 3º, 8 décimos de segundo atrás de Holgado, chegou Ivan Ortola. A Moto2 viu Aron Canet finalmente conseguir sua almejada vitória na classe intermediária após muitos “quase” e outros tantos “mas como assim?” que tiraram ele do lugar mais alto do pódio. Dessa vez deu certo. E venceu com autoridade, mais de 2 segundos de vantagem para o menino do OnlyFans, Joe Roberts, 2º colocado, e mais de 2 segundos e meio para o 3º colocado Manuel Gonzalez. Quem fez tudo errado foi Aldeguer: após queimar a largada na primeira fila, pagou a punição, se recuperou... e caiu sozinho no final. Sem palavras... nosso representante na categoria, Diogo Moreira, terminou a corrida em 18º, praticamente grudado no seu companheiro de equipe Dennis Foggia, o que definitivamente é um bom sinal de adaptação com a moto. Na MotoGP, vitória de Jorge Martin, e uma vitória das mais difíceis, já que foi pressionado intensamente desde a primeira volta até a penúltima por Maverick Viñalez, disposto a conseguir vitórias com 3 fábricas de motos diferentes. Infelizmente na última volta Maverick sofreu uma quebra mecânica (provavelmente câmbio, pelo modo que a moto o jogou no chão) e teve que abandonar na curva 2. Tristeza de um, alegria de outros: o pole position Enea Bastianini pareceu bem feliz com a 2ª posição e completando o pódio chegou Pedro Acosta, da GasGas. Com esse resultado Acosta se tornou o 3º piloto mais jovem a subir no pódio da categoria principal do mundial de motovelocidade. E aquilo que esperávamos aconteceu: Bagnaia e Marc Márquez se encontraram numa disputa de posição e acabaram no chão. Márquez ainda conseguiu voltar e chegar em 16º, Pecco abandonou. O típico acidente de corrida, a propósito: Márquez mergulhou para passar Pecco, este quis dar o troco imediatamente e entrou por dentro quando MM#93 “embarrigou” a curva por conta de não fazer a tomada correta, quando voltou pra trajetória correta encontrou o italiano, que se encontrava no ponto cego do espanhol. Absoluto incidente de corrida, mas o que foi publicado de bobagem do tipo “tem que ter punição”... punição do quê, cara pálida?

 

A Indycar foi até um resort na Califórnia fazer sua “prova do milhão” numa pista construída para os endinheirados que puderam comprar sua cota no clube colocarem suas máquinas para acelerar. E mesmo sendo uma pista para track day tem mais pontos de ultrapassagem que a grande maioria das pistas tabajaras, inclusive com entrada e saída dos boxes bem feitas. O mais estranho (além do formato da competição, com um segmento absolutamente sem valer nada antes do final) foi o nome do lugar, Thermal Club, que traz de volta na memória o uso desse tipo de nomenclatura para casas de licenciosidade não muito bem escondidas... mas enfim, o que talvez tenha atrapalhado um pouco a prova foi o vento, trazendo muita areia para a pista e não cooperando em nada com a aderência dos carros. Alex Palou não se incomodou com isso, e levou o primeiro lugar ao final de tudo e o prêmio de 500 mil dólares, que certamente será dividido entre ele, a equipe e o Governo (vai deixar de pagar imposto de renda lá pra ver onde você vai parar... confia no seu potencial). Foi uma vitória tranquila, com mais de 5 segundos e meio de vantagem para o segundo colocado, Scott McLaughlin, que levou 350 mil de prêmio pelo segundo lugar, e enquanto os dois primeiros lugares ficaram com carros de gigantes da categoria (Ganassi e Penske), o terceiro lugar ficou com Rosenqvist, da Meyer Shank, definitivamente um grande resultado para a equipe e para o próprio Felix. Pietro Fittipaldi não vinha muito bem na prova até ser desclassificado da prova por erro de leitura do regulamento da prova por parte da sua equipe... sim, a Rahal, equipe experiente no ramo, fez um erro primário.

 

E a NASCAR foi até o Texas para sua primeira corrida fora de ovais esse ano. E o que o COTA viu foi William Byron mostrar que hoje é, provavelmente, o melhor piloto da categoria em circuitos mistos. Das 68 voltas, liderou 42, e soube controlar muito bem no final os ataques de Christopher Bell, que era sensivelmente mais veloz com pneus novos. Nos momentos em que Byron não esteve na liderança, Bell venceu o primeiro segmento e Hamlin o segundo. Atrás dos dois primeiros colocados chegou Ty Gibbs, em mais uma boa corrida, seguido na 4ª posição por Alex Bowman, que fez uma bela prova vindo lá do 17º lugar na largada, e o Top-5 se encerrou com Tyler Reddick. E claro que teríamos que ter um chilique pós corrida, e ele foi propiciado por Kyle Busch (9º colocado), que após a bandeirada foi surtar com o Christopher Bell alegando “ter sido prejudicado”... tá, Buschinho, podia trazer do passado sua excelência ao volante, não os pitís. Menos, bem menos...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.