Oi, amigos, tudo bem? Quero contar para vocês o quanto foi legal a abertura do NTT IndyCar Series, no final de semana que passou, no circuito urbano de St. Petersburg, na Flórida. Foram muitas experiências e sentimentos ao mesmo tempo. Aprendi muito em minha nova função, tentei ajudar ao máximo nossos pilotos, a Meyer Shank Racing conseguiu colocar um carro bem competitivo na pista, o entrosamento entre novos e antigos membros da equipe foi muito bom e, de quebra, tivemos um superstar da música com a gente o tempo todo: Jon Bon Jovi. É isso mesmo. Impressionante como cara é gente boa. Um astro de alcance mundial como ele, não seria incomum se preferisse ficar num lugar mais reservado ou ter contato com um número não muito grande de pessoas. Ele não apenas cumpriu tudo aquilo que se esperava dele, profissionalmente falando, mas foi muito mais além. Conversou com todas as pessoas da nossa equipe, foi muito carinhoso e acessível com todos que quiseram uma foto e falar com ele, quis conhecer detalhes do carro, se interessou muito em conhecer a equipe e, claro, divertiu-se bastante comigo, que o levei no carro de dois lugares para conhecer a pista. Um dos nossos carros, o #60 do Felix Rosenqvist, teve o nome do artista decorando os sidepods e isso foi muito providencial, pois em sua estreia na nossa equipe, o piloto sueco teve uma atuação muito boa. Ele esteve na frente em todos os momentos do final de semana, inclusive fazendo um Qualifying fantástico e colocando o #60 da Meyer Shank Racing na primeira fila do grid, ao lado do pole position da Penske, o Josef Newgarden. Na corrida, Felix foi preciso desde a largada, mantendo-se no P2 por muito tempo. Perdemos algumas posições durante a prova, por questões pontuais, mas dentro de uma estratégia de marcar o maior número possível de pontos. E foi o que fizemos. A P7 de Felix garantiu 26 pontos, enquanto o Tom Blomqvist, mesmo tendo uma jornada de dificuldade na primeira corrida do ano, evoluiu para P17 e somou mais 13 pontos. Obviamente que o Tom não estava feliz com o resultado, mas conversei bastante com ele sobre o fato de ter sido apenas a quarta corrida dele na categoria, esta é apenas sua primeira temporada completa e todo o pessoal do carro #60 ainda está se entrosando e se conhecendo melhor. Uma equipe não é formada apenas por seus pilotos. Há uma multidão envolvida, cada um especialista numa coisa fundamental e todos, sem exceção precisam ser motivados, prestigiados e valorizados. É contagiante ver o time da Meyer Shank Racing tão motivado e comprometido com a máxima eficiência. E fico muito feliz com a possibilidade de dar a minha contribuição, depois de tantos anos nas pistas, para que tudo fique melhor ainda. Para mim, particularmente, ainda sou um novato nessa coisa de ficar nos pits. Ainda estou me acostumando com toda a dinâmica. Há o momento certo de falar, de observar, de aprender e de ensinar. Não vou negar, quando os carros foram para a pista fiquei com muita vontade de estar lá, no cockpit. Mas a Indy 500 está chegando e o Castroneves aqui vai acelerar, afinal, tenho dedos ainda sem anéis! Em resumo, estou muito feliz com o atual momento da minha carreira. Grande abraço a todos e até semana que vem! Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |