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Red Bull com Ramadã, MotoGP sem, Indy abre em St. Pete e Toyota domina NASCAR em Phoenix PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 11 March 2024 19:24

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que todos bem. Que delícia de final de semana! Opções de esporte a motor não faltaram, sobre duas e quatro rodas. E exceto no caso da Fórmula Um, as corridas foram boas. O mais difícil foi arrumar tempo para acompanhar tantas corridas com os afazeres de quem trabalha em tempo integral do meio da semana.

 

Começando com a Fórmula Um, mais uma vez adiantada para o sábado em respeito ao calendário religioso islâmico, certamente por influência do presidente da FIA (sobre o qual caem algumas suspeitas também no grande caldeirão de denúncias que tomou conta da categoria nesse começo do ano), tanto que no Qatar “não teve Ramadã” nas motos, mas isso é papo para outro parágrafo. A grata surpresa foi o garoto Homem Urso (Bearman), que aos 18 anos, tendo se classificado para largar na pole na F-2, foi pinçado para substituir Carlos Sainz Jr., que precisou ser internado e operado em regime de urgência por conta de uma crise de apendicite. E o garoto deu conta do recado, por muito pouco não passou para o Q3 na classificação e na corrida terminou em um 7º lugar de ótimo tamanho para quem não estava acostumado ao carro. Merecidamente Oliver Bearman foi eleito o piloto da corrida, pelo conjunto da obra. A vitória, como seria de se esperar, foi tranquilamente de Max Verstappen, em rumo certeiro para o recorde de 24 vitórias em uma temporada. Sérgio Pérez fez aquilo que se espera de um piloto com o mesmo carro dominante do vencedor e ocupou a segunda posição no pódio, com o degrau mais baixo (o “primeiro entre os normais”) ficando com 3º lugar. Sentimentos mistos na McLaren, com Piastri num bom 4º lugar e Norris atrás do novato Bearman em 8º. Mais ainda na Aston Martin, onde Stroll fez das suas e foi conferir a consistência da barreira de proteção enquanto Alonso arrancou leite de pedra para terminar em 5º. Russell conseguiu um razoável 6º lugar, correndo boa parte da prova sem ser ameaçado mas também sem ameaçar ninguém, enquanto Hamilton – ainda à procura de se entender com esse carro – não conseguiu nada melhor que um 9º lugar na bandeirada. Encerrando a lista dos que pontuam, Hülkemberg conseguiu um solitário ponto para a Haas, enquanto seu companheiro Magnussen não ficou muito atrás, terminando em 12º.

 

Por falar em motos, a etapa de abertura do Mundial de Motovelocidade foi de tirar o fôlego nas 3 categorias. A Moto3, como de costume, foi proibitiva para cardíacos, com o colombiano David Alonso arrancando o doce da boca da criança, digo, a vitória das mãos de Holgado, literalmente na última curva da pista, e venceu com 41 milésimos de segundo de vantagem. O 3º colocado, Taiyo Furusato, que batalhou muito por essa posição, chegou a 143 milésimos do David. Absolutamente eletrizante. Na Moto2 a leva de pilotos que subiu da Moto3 passou por dificuldades, incluindo aí o brasileiro Diogo Moreira, mostrando que talvez fosse mais negócio fazer mais um ano de Moto3, terminar entre os primeiros, e conseguir uma vaga para uma equipe de maior porte. A corrida de Moto2 foi surpreendentemente agitada, com Alonso Lopez tendo que se defender a corrida inteira de pilotos que tentavam tirar sua liderança, dando o troco em seguida quando eles conseguiam seu intento, e lutando com unhas e dentes até a bandeirada final. A competente largada de Alonso Lopez com certeza ajudou no resultado, ao contrário de Aron Canet, que fez a pole mas largou mal, veio recuperando posições até chegar em Lopez, e com isso desgastou rapidamente seus pneus, perdendo rendimento no final e conseguindo no máximo cruzar a bandeirada no top-10. Em um resultado surpreendente, a vitória de Lopez foi por magros 55 milésimos sobre o jovem belga Barry Baltus (batizado em homenagem à lenda Barry Sheene), e com 742 milésimos sobre o 3º colocado, Sergio Garcia, que começou o ano indo ao pódio pela primeira vez desde que subiu para a Moto2. A MotoGP teve uma corrida digna de Moto3, com pessoal andando embolado, diversas disputas de posição, e muita gente querendo mostrar serviço logo na primeira etapa. Nessas condições era importante ser cerebral, o que favoreceu o atual campeão Pecco Bagnaia, que não muito tempo depois da largada conseguiu assumir a liderança, que foi defendida com maestria enquanto atrás dele Binder e Jorge Martin se pegavam quase a tapa nas disputas de posição, ambos tentando fugir da perseguição do estreante Pedro Acosta, que andou tão bem nos dois primeiros terços da corrida que no último terço já não tinha mais pneus, perdendo sensivelmente o rendimento. Garoto é muito veloz, só precisa se conscientizar que a corrida é mais longa e a moto gasta mais pneu que a Moto2... ao final a KTM de Binder se impôs sobre Martin, completando o pódio em 2º e 3º respectivamente. Em sua estreia pela Gresini, com a moto 2023, Marc Márquez terminou num ótimo 4º lugar, seguido pela Ducati de fábrica de Bastianini em 5º e pelo seu irmão em 6º. Se a temporada seguir o padrão dessa primeira prova, teremos um ano empolgante.

 

A Indy também começou sua temporada em Saint Petersburg, com a estreia de Pietro Fittipaldi na categoria. É uma pista difícil, com um carro não exatamente fácil de pilotar, pelo que considero que terminar a corrida em 15º lugar na mesma volta do líder é um resultado encorajador. Temos que dar tempo ao tempo. Lá na frente quem deu as cartas foi Josef Newgarden, que liderou 92 das 100 voltas da corrida. Quase 8 segundos atras, Pato O’Ward cruzou a bandeirada em 2º e McLaughlin foi o 3º. Torcendo para que em outras corridas o pessoal dê algum trabalho para o Newgarden...

 

E a NASCAR foi até Phoenix para a primeira corrida do ano na pista, e a nova “bolha” dos Toyota, junto com o novo pacote aerodinâmico da categoria para as pistas curtas, fizeram com que a Toyota deitasse e rolasse na etapa. Primeiro segmento, Toyota de Tyler Reddick; segundo segmento e a corrida em si, vitória de Christopher Bell, que não foi o Toyota que liderou mais voltas mas foi o que liderou as voltas certas, aquelas que realmente importam. Em segundo chegou Chris Buescher (Chevy), em 3º outro Toyota, dessa vez o de Ty Gibbs, e em 4º e 5º os Ford de Keselowski e Blaney. Os únicos Toyota que não lideraram a prova foram os de Bubba, Nemechek e Erik Jones. Os outros todos se revezaram lá na frente. A conferir nos próximos ovais curtos...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.