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Vitória gigante de Augusto Freitas/Fabiano Cardoso na Endurance da Turismo Nacional PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 26 February 2024 23:37

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final de semana começou da pior maneira possível com a notícia da morte do Tigrão Wilson Fittipaldi Jr. na sexta-feira. Uma coisa boba, um pedaço de carne que entalou na sua garganta no almoço do dia de natal e seu aniversário provocou uma parada cardiorrespiratória e – mesmo reanimado – foi necessária a sua internação hospitalar. Depois de uma dura corrida pela vida, nosso Tigrão partiu para a eternidade deixando o respeito e o orgulho que todo automobilista de verdade, em todo mundo, tem e sempre terá por ele.

 

Por mais duro que seja, a vida precisa seguir e neste final de semana tivemos a primeira das duas corridas de endurance da Turismo Nacional, outrora verdadeira representante da diversidade automotiva e mecânica do mercado na República Sebastianista de Banânia (agradecimentos ao meu camarada Alexandre Gargamel).

 

Com a corrida sendo marcada para o sábado, o treino de classificação aconteceu na sexta-feira e, apesar do release mencionado por mim na coluna da semana passada, que não informava como seria o formato da corrida, foi pelo resultado dos treinos que o público em geral ficou sabendo que a corrida aconteceria com o carro sendo dividido por duplas ou mesmo em trios, com vários pilotos de outras categorias se unindo àqueles que possivelmente competirão por toda a temporada. Um ponto positivo (certamente turbinado pelo prêmio anunciado por D. Corleone para o campeão da temporada), o grid cresceu consideravelmente, chegando a 28 carros.

 

 

A transmissão da corrida teve a dupla mais poderosa do universo na transmissão, com o Filho do Deus do Egito na narração e os comentários do Enviado de Cristo. No grid, a pole position ficou com a dupla Ewerson Dias/Leandro Reis, com este último tendo marcado o tempo, mas eles acabaram perdendo essa posição, punidos por estarem abaixo do peso mínimo, perderam o tempo conquistado. Assim, a dupla Augusto Freitas/Fabiano Cardoso herdou a pole e ao seu lado estaria a dupla Ernani Khun/João Cardoso e eles iram puxar o grid com outros 26 carros. Quem largava na pole era Fabiano Cardoso estava ao seu lado largava Ernani Khun. Depois da volta de apresentação com os carros em movimento o Massaranduba apagou as luzes e deu a largada. Fabiano Cardoso, experiente, largou bem e chegou primeiro na curva 1 Ernani Khun veio na P2, seguido de Pablo Alves. Tiago takagi ficou lá mesmo na área de escape e na entrada do S já teve enrosco com Leo Reis, Eduardo Cavalli e Alexandre Frankemberger. Apesar disso, nada de Safety Car. Mesmo sendo uma corrida de endurance, com 3 horas de duração, a galera estava batendo porta, arrancando retrovisores e não tinha essa de segurar a onda. Depois de 3 voltas os 6 primeiros começaram a se isolar na frente, mas com menos de 10 minutos de prova Guilherme Sirtoli, o P6 quebrou a suspensão sozinho, perdeu uma roda e foi pro mato na curva 3. Juninho Berlanda ficou parado na área de escape da curva 1, Mathias de Valle largou o carro na área de escape da reta dos boxes com um princípio de incêndio (rapidamente apagado e o piloto voltou pro carro) e o Massaranduba botou pra fora o Safety Car.

 

 

Tudo clareado e tivemos a relargada quase em cima da abertura de tempo da primeira parada programada, com 20 minutos de prova (a janela ia dos 20 aos 30 minutos e com o tempo mínimo de parada em 5 minutos) . Fabiano Cardoso se deu bem e que se deu mal foi Ernani Khun, superado por Pablo Alves. Na volta 10 os primeiros pilotos começaram as paradas. Os três primeiros se destacaram, com Ernani Khun recuperando a P2 na volta 11 (com uma bela “comida de mosca” da transmissão: narrador, comentarista e diretor de imagens), mas Pablo Alves não deixou barato e deu o troco 2 voltas depois, antes de entrarem para os boxes.

 

 

Depois das paradas feitas, os líderes ficaram tempo demais nos boxes e quem tomou a ponta foi Ernani Khun, seguido de Arthur Scherer e Renato Braga, que substituiu Pablo Alves. Augusto Freitas era apenas o 18°. Depois de uma grande briga, Renato Braga tomou a P2. Ernani Khun foi abrindo vantagem na frente e pouco antes de abrir a segunda janela de paradas, Leo Reis perdeu a roda dianteira esquerda, ficando parado em posição perigosa. Com isso, o Massaranduba botou pra fora o Safety Car e muita gente aproveitou para fazer a segunda parada quando deu o tempo da janela. Na relargada, na volta seguinte, apenas 3 carros estavam na pista. Em seguida, quando os carros começaram a sair dos boxes, o carro de Nilton Rossoni/Rogerio Santos Neto pegou fogo e o Massaranduba boltou pra fora o Safety Car novamente.

 

 

Esse Safety Car foi longo e com a volta da bandeira verde, a liderança era de Arthur Scherer, com Celio Vinícius na P2 e Diego Augusto na P3. Ficou evidente que o pessoal da categoria não conseguia se entender com os cronômetros nas paradas de boxe obrigatórias. Com o Safety Car mais longo, isso poderia dar uma bagunçada nas estratégias. Ernani Khun/João Cardoso caíram pra P10 e o trio de Pablo Alves para a P12. La na frente, Diego Augusto tomou a P2 de Celio Vinícius na volta seguinte à relargada. Ernani Khun vinha possuído e em duas voltas já era o P6 e na volta seguinte, a P5. Na frente, Diego Augusto encostou no líder. Depois de ter sido punido e largado da última posição, na metade da corrida Ewerson Dias já estava na P10. Com a abertura da janela de paradas começamos a ter mudanças de estratégias e não muito distante do autódromo estava caindo uma chuva pesada. Diego Augusto passou Arthur Scherer antes dos dois entrarem nos boxes, quando Célio Vinícius foi o primeiro dos líderes a ir para os boxes.

 

 

Concluídas as paradas, Thiago Riberi era o líder, mas não por muito tempo, com o pelotão mais veloz engolindo ele. Bernardo Cardoso tomou a ponta, mas só por uma volta, sendo superado por Diego Augusto e depois por Ernani Khun. Pra piorar, ele foi dar uma capinada na área de escape. Possuido, Ernani Khun voltou pra ponta, deixando Diego Augusto pra trás. O P3 era Arthur Scherer. Os três se destacaram na briga pela ponta... e o céu estava ficando cada vez mais pesado para os lados do terceiro setor da pista e Arthur Scherer tomou a P2. O Massaranduba botou pra fora o Safety Car com o carro de Celio Vinícius parando na pista e o carro de Rogério dos Santos/Nilton Rossoni – que estava parado – pegou fogo. O sol sumiu faltando 1 hora e 10 minutos de corrida. A janela de paradas foi aberta com o Safety Car ainda na pista e pouca gente ficou na pista.

 

 

A relargada veio junto com os primeiros pingos de chuva. Thiago Riberi era o líder, mas ainda não tinha parado. Os limpadores de parabrisas já estavam trabalhando. Na estratégia, Kreis Jr. tomou a ponta, seguido por Fabiano Cardoso e a chuva caiu com força, mudando as condições de pista e fazendo muita gente ir pra grama. João Cardoso, parceiro de Ernani Khun, foi punido por erro na parada dos boxes com um drive-thru. Com muita água na pista, Fabiano Cardoso mostrou que braço faz diferença e tomou a ponta, abrindo vantagem e com as mudanças, os três primeiros eram Fabiano Cardoso, Kreis Jr. e Lindolfo Jr. Os carros estavam tendo problema com vidros embaçados e teve gente parando nos boxes pra limpar o vidro. Fabiano Cardoso vinha sobrando, com mais de 1 minuto de vantagem sobre Leo Kovalski e Stive Tokarski. 20 minutos de chuva e tudo mudou. A chuva pesada virou garoa de paulista, mas a pista molhada fez seu trabalho de embaralhar os carros na pista.

 

 

Bruna Dias, retardadária, foi superada por Fabiano Cardoso e, na entrada da curva zero, acertou o líder e o tirou da pista. Não fosse a habilidade e a experiência do piloto, a corrida teria acabado. Fabiano Cardoso conseguiu voltar pra pista, ainda líder graças a grande vantagem e retomou o ritmo de corrida. Não satisfeita, Bruna Dias acertou a traseira de Fabricio Xavier, tirando-o da pista. Numa corrida impressionante, Leandro Reis tomou a P3 de Stive Tokarski. A última janela de paradas foi aberta e esta era a última da prova, onde os pilotos teriam que ficar no stint final pelo menos 20 minutos na pista. Com a corrida sob controle e com o cronômetro na mão, Fabiano Cardoso continuou no carro e veio pra pista com uma grande vantagem na liderança. Edu de Paula, o P2, teve dificuldades pra sair dos boxes e tinha poucos metros à frente do líder e com isso perdeu a posição para Ewerson Dias. Pablo Alves vinha na briga para tomar a P3, logo à frente do líder, que estava evitando os dois, mesmo com mais ritmo. Definida a briga pela P2, o líder acelerou e colocou 1 volta sobre o P4 e estava logo atrás de Pablo Alves, o P3.

 

 

Nos 15 minutos finais a reta dos boxes estava praticamente seca. Fabiano Cardoso não estava preocupado em por uma volta sobre Pablo Alves, que tinha meia reta de desvantagem para Ewerson Dias e na inteligência, pra não dar mais uma volta no final da corrida, Pablo Alves deixou o líder passar e foi acompanhando seu ritmo que era mais rápido do que o de Ewerson Dias e a diferença entre eles foi caindo nos minutos finais de corrida. Isso Animou Pablo Alves, que repassou o líder e foi tentar buscar a P2. Vitória gigante da dupla Augusto Freitas/Fabiano Cardoso.

 

 

Ewerson Dias se defendia como podia, mas Pablo Alves era mais rápido e na abertura da última volta, na freada da curva 1, Ewerton Dias perdeu a curva foi passear na grama e entregou a P2 pra Pablo Alves. Uma grande comemoração da equipe de Augusto Freitas e de Fabiano Cardoso. P2 para Pablo Alves/Kreis Jr./Renato Braga, com Ewerson dias/Leandro Reis na P3

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- Mais uma vez o bandsportslixobola deixou os fãs da NASCAR na mão, não apenas passando em duplicata o jogo do Campeonato Carioca de Futebol com Flamengo x Fluminense, mas depois passando “jogaço” Bangu x Madureira (alguém acredita que alguém assista isso?).

- Com meu moleque na assessoria, encontramos um link com a transmissão original da FOX USA. Escapei da caquética narração do Kojak e das inoportunas entradas do dublê de comentarista, o Pária. Corrida caótica com final fantástico (o advérbio não era bem esse).

- No domingo à noite eu cresci assistindo os Trapalhões, programa de humor. Domingo, o Bandnews passou outro programa de humor, com Matuzaleme (cada vez mais desconexo), Dr. Smith e o Goleiro de Pebolim.

- Matuzaleme, como costuma fazer nas corridas, se perdeu em datas, equipes e pilotos, mas o Dr. Smith – que mal e porcamente conhece o automobilismo norte americano – extrapolou nas bobagens (o advérbio não era bem esse) que falou. Segundo o perdido no espaço, a F1 parou de fazer treinos e aumentou o calendário de corridas porque ninguém assistia treino privado, quando a mudança foi para diminuir a vantagem das grandes equipes, que tinham orçamento maior pra treinar.

- O Goleiro de Pebolim era minoria e com os dois âncoras do programa sendo completos desconhecedores do que é automobilismo, fecharam o circuito tragicômico do programa que, só não foi pior porque o quarto trapalhão – o Caprichoso – estava transmitindo futebol do peladão carioca.

 

- Na Turismo Nacional, assisti mais uma cena bizarra de gente atrás do volante que suscita sérias dúvidas sobre como algumas pessoas que sentam num carro de corridas em uma competição oficial conseguiram suas carteiras de piloto. Nas 1000 Milhas Brasileiras vimos aquele ‘cara’ bater no carro de Ney Faustini e capotar seu carro. Não tenho nada contra as mulheres nas corridas, mas Bruna Dias por pouco não tirou o líder da corrida, fora outras batidas, saídas de pista e depois, nos boxes, estava comentando seu ‘stint’ e rindo despreocupadamente.

- Linda e justíssima homenagem à Wilson Fittipaldi Jr. no último sábado em Interlagos. Homenagem que também aconteceu antes da largada da Turismo Nacional e que no próximo final de semana vai ser homenageado na Stock Car, com a corrida recebendo seu nome.

 

Felicidades e velocidade,

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.