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O Clash que ninguém viu, a Andretti que “ninguém” quer e o “cavalo turbinado” PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 05 February 2024 14:03

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que todos bem. Para desespero do consumidor brasileiro médio, que acha que carro tem que ser preservado para o próximo dono, os trajetos que fiz essas férias somaram pouco mais de 1000 km de estrada. Queria ter feito mais? Sim, faltou oportunidade. Não que esteja pensando em vender meu carro, longe disso, mas se fosse certamente o vendedor iria utilizar a conhecidíssima prática da adulteração do odômetro para que ele marcasse menos de 100.000 km rodados, como é a prática mais comum na República Sebastianista da Banânia. Já repararam que carro usado com mais de 10 anos nas lojas, invariavelmente, terá quilometragem entre 50.000 e 80.000 km? Aí vêm aquelas histórias bonitas, de “dono era um senhor de idade que só usava de final de semana”, “era o terceiro carro da família” e outras para enganar aquele que QUER ser enganado, o consumidor tapuia, que valoriza muito mais uma “baixa quilometragem” que uma manutenção corretamente efetuada. Espero que nos carros elétricos a quilometragem percorrida fique armazenada em algum lugar inacessível a adulterações, vai ser engraçado. A grande falha do ICE (motor a combustão interna) é justamente permitir esse tipo de adulteração sem grandes dificuldades.

 

Isso posto, foi delicioso poder conhecer as estradas de Cunha a Paraty (primeira vez que fui a Paraty, e definitivamente não será a última), aquela de Ubatuba a Taubaté (fiquei imaginando uma especial de rali de asfalto subindo ela, seria algo como uma especial do Rali de Monte Carlo ou da Córsega) e uma estradinha ligando duas praias separadas por um morro em Peruíbe, também digna de uma especial de rali de asfalto, praticamente não dá pra pensar entre uma curva e outra. E quem acha que “rali tem que ser na terra”, por favor, antes de passar vergonha em público (embora eu saiba que tem muita gente que não pode ver uma vergonha na frente que já quer passar) procure na internet imagens o rali da Córsega, Monte Carlo, Catalunha, Alemanha, dentre outros tantos, e depois diga o que achou.

 

Enfim, esses últimos dias foram agitados. E não foi diferente no mundo do esporte a motor. Na noite de sábado aconteceu aquela etapa pré-temporada da NASCAR, o Busch Light Clash, do qual só consegui ver algumas imagens em redes sociais por dois motivos: 1) cheguei em casa sábado a noite e literalmente caiu meu disjuntor, após banho e jantar não consegui ficar 5 minutos acordado em frente ao televisor, e 2) o BandSportsdeBola tem os direitos de transmissão mas não transmitiu. Depois fiquei sabendo que o mais interessante aconteceu após a corrida, quando o Logano foi tirar satisfação com o Ty Gibbs pois o menino Gibbs correu contra o Logano fazendo o que o Logano faz com os outros pilotos, e o Stenhouse Jr. foi reclamar com o Nemecheck pelo mesmo motivo. Numa discussão entre esses quatro, para mim o quarteto totó sempre estará errado, e descontando a previsível vitória do Hamlin (quando se precisa sobreviver até o final de uma prova acidentada ele costuma ser muito bom nesse cenário) realmente o melhor ficou para o pós-corrida. A conferir como se comportarão em Daytona daqui a 2 semanas...

 

O pessoal da Place de la Concorde achou que a arrogância deles não teria consequências, e se enganou redondamente. Mais uma vez a solicitação de entrada da Andretti na categoria foi recusada, e vieram com a justificativa que “a equipe não conseguiria ser competitiva e a marca ‘Fórmula Um’ agregaria mais à Andretti que a Andretti à Formula Um”. Primeiro, isso foi um desrespeito monumental ao campeão de F-1 de 1978, e depois... Andretti seria menos competitiva que a Haas? O nome Andretti agregaria menos que o Visa CashApp Racing Bulls Credit Card ATM Discover Diners Club AmEx? Vai contar história furada para outro... eles ficaram com vergonha de assumir que a renda da categoria dividida por 11 seria menor do que a renda dividida por 10 e inventaram uma das piores desculpas possíveis e imagináveis.

 

Isso provavelmente acelerou o próximo passo, que eu tenho a convicção que já estava “engatilhado” e seria anunciado apenas no começo de setembro, mas a repercussão intensamente negativa da recusa da Andretti acabou acelerando de forma monumental as coisas. Refiro-me ao anúncio, antes dos treinos pré-temporada de 2024 e mesmo antes da apresentação da maioria dos carros, da ida de Hamilton para a Ferrari em 2025, realizando o sonho do meu amigo tifoso Moacir, que vivia sonhando em ver o ídolo dele pilotando pela Scuderia. Foi tão às pressas que o comunicado oficial da Ferrari no Instagram foi redigido utilizando aquela mesma fonte padrão do Android, nem conseguiram fazer uma arte decente com uma fonte própria, ou diferente. Saiu com a fonte que eu e vocês usamos nos nossos stories... a temporada será interessante quando algum carro da Ferrari foi passar o Hamilton ou o inverso. E como se comportará o pastel de vento hispânico, ops, Carlos Sainz Jr., que ante do começo da temporada já sabe que está cumprindo aviso prévio? É fato que a equipe precisava de um piloto de ponta, já que a dupla atual da Ferrari, em seus melhores momentos, é nota 6 com muita boa vontade. Mas creio que deve ter rolado alguns telefonemas da Place de la Concorde para a Itália e pra Inglaterra pra ver se dava pra fazer algo em nome da imagem da categoria. Funcionou momentaneamente, mas o assunto Andretti acabou voltando à tona, ainda que com menos intensidade do que antes do anúncio.

 

Vi fotos que as equipes da MotoGP andaram publicando das suas motos para essa temporada, e na grande maioria as diferenças das motos 2023 para as 2024, esteticamente, foram minúsculas. Exceção feita à VR46, que adotou uma pintura amarela que lembra muito a utilizada pelo próprio Valentino na época dos motores 2T. Muito curioso para saber como será a temporada...

 

E é isso de mais importante, meus caros. Gratificante voltar a me dirigir a vocês. Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.