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A sensacional 26ª edição das 500 Milhas de Kart consagra equipe de feras PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Saturday, 23 December 2023 00:36

Salve Nobres Leitores,

 

Como eu trabalho durante o dia, varei a noite assistindo no youtube – com um delay – as 500 Milhas de Kart da Granja Viana, território do principado da família Giaffone.

 

Em certa altura nem precisei mais tomar café para garantir que não iria cochilar durante as 12 horas de transmissão, conduzidas de forma espetacular pelo narrador Osires Junior, que também narra as corridas da Fórmula 4 Brasil (aproveito para fazer um parênteses e agradecer ao meu irmão, Genilson, pela excelente coluna sobre a etapa final do campeonato. Ficou muito melhor que as minhas). Os comentaristas que se revezaram (Grun e Tom) também estão de parabéns.

 

Esta confraternização (que vira coisa séria assim que os pilotos colocam seus capacetes e sentam nos karts ou mesmo fora deles – quem não lembra da briga em que Tuka Rocha tomou uma surra de um piloto depois de uma discussão?) reúne pilotos de todas as categorias, de monopostos a endurance, turismo, caminhões... e até kartistas! Com uma corrida de 500 Milhas (12 horas, na verdade), os karts tem vários pilotos inscritos e no caso das 500 Milhas, todos os anos pilotos se reúnem em equipes e o que vemos é uma disputa tática, com jogos de estratégia.

 

Este ano o regulamento trouxe algumas novidades, como a “chuva artificial” que borrifava uma certa quantidade de água em alguns trechos da pista em alguns momentos da prova (não chegava a molhar a pista para provocar uma troca de pneus, mas para eventualmente mexer com a aderência e desafiar os pilotos) ou a regra das paradas obrigatórias (cada kart tinha que fazer 2 paradas de 15 minutos e 5 paradas de 6 minutos).

 

 

Conhecimento de pista pesa e isso ficou claro quando o kart equipe Karteiros Mega Pro vai largar na pole position. No Top Qualifying, fase final da classificação realizada na quarta-feira, véspera da corrida, no Kartódromo Granja Viana, em Cotia (SP), Leandro Torres, companheiro de Alex Seid, Antonio Junqueira e Marcus Tolentino, marcou 58s231. A Americanet/Car Racing/Techspeed viu dois de seus 7 karts completarem o grupo dos três melhores. O kart número 185, de Caio Collet, Clement Novalak, Enzo Bortoleto, Felipe Drugovich, Gabriel Bortoleto e Sérgio Sette Câmara vai largar da segunda posição, sendo seguido pelo kart numeral 85.

 

 

A largada foi no “estilo Le Mans das antigas”, com os pilotos correndo para atravessar a pista com os Karts, alinhados na diagonal. Com Felipe Drugovich no kart 85 e Caio Collet no 185, eles logo tomaram as duas primeiras posições e começaram a se ajudar para abrir vantagem. Quem começou a se mostrar como os grandes adversários da equipe que havia vencido as três últimas edições era a de Rubens Barrichello, que tinha seus filhos, sobrinho, o português Antônio Felix da Costa, além de alguns dos melhores kartistas brasileiros.

 

 

Não demorou para que a disputa ficasse evidente entre as duas equipes, que viram os karts 85 (da Americanet/Car Racing/Techspeed) e 73 da Barrichello Martte se revezando na liderança com variações na estratégia com as paradas obrigatórias, que inicialmente estavam sendo usadas as paradas de 6 minutos (era racional usarem as paradas de 15 minutos para reparos ou para o caso de “safety kart” ou chuva). Na metade da prova, a liderança era do kart número 73 da equipe Barrichello Mahrte, pilotado nessa altura por Gabriel Gomez, seguido pelo kart número 85 da Americanet/Car Racing/Techspeed, com Gabriel Bortoleto ao volante.

 

 

Alguns problemas inesperados (e inusitados) andaram perturbando o planejamento de algumas equipes. Os karts da equipe Brasília Racing Team, que tinha Pedro e Rodrigo Piquet, o piloto da NASCAR Daniel Suarez, perdeu o pneu traseiro direito, forçando-o a um resgate e uma parada de 15 minutos para resolver o problema. O mesmo aconteceu com o kart dos Giaffone (Felipe, Nicolas e Franco) que também perdeu tempo com o ocorrido. Algumas nuvens de chuva rondaram o circuito. Tivemos uma garoa muito leve, mas a chuva (natural) não veio.

 

 

Com a corrida entrando na parte da noite, nas últimas 4 horas e meia de corrida, o que não mudava era a alternância na liderança entre os karts 85 e 73, com a vantagem para o kart da Americanet/Car Racing/Techspeed de acordo com a condução das estratégias que estavam em andamento. O que não se pode prever é um problema e os – tecnicamente – líderes se complicaram quando Gabriel Bortoleto errou e bateu na barreira de pneus na última curva antes da entrada dos boxes. O campeão da Fórmula 3 ficou furioso com ele mesmo pelo erro cometido e chutou a barreira de pneus com tanta força que saiu mancando. A equipe conseguiu resgatar o carro e usou com muita competência uma das paradas de 15 minutos para reparar o kart e colocá-lo de volta na pista, desta vez com Caio Collet ao volante.

 

 

Os kartistas do kart 73, nas mãos de Matheus Morgatto e Gabriel Gomez, estavam fazendo ótimos tempos de volta e tudo apontava para uma hora e meia final de corrida com uma disputa direta entre os dois líderes (que nem sempre estavam na frente, por conta das paradas obrigatórias, mas como em dado momento todos teriam feito suas paradas, as voltas de corrida estariam definidas e a disputa só poderia ser alterada por um problema ou por uma falta de combustível... e o problema veio!

 

 

Mais uma vez o kart 85 da Americanet/Car Racing/Techspeed, desta vez com Caio Collet ao volante, com três karts da equipe andando junto, o kart do piloto da Fórmula 3 e do programa da Alpine praticamente parou na pista, colocando fogo na corrida. Após ir para os boxes, o problema foi resolvido e Felipe Drugovich assumiu o kart para o stint final. A briga era com os líderes no kart 73, que ainda tinha uma parada de 6 minutos para fazer.

 

 

Depois da parada dos líderes, quem assumiu o kart 73 da Barrichello Martte foi assumido por Gabriel Gomez e ele saiu dos boxes 11 segundos atrás de Felipe Drugovich. Era disputa direta e o piloto da Aston Martin na Fórmula 1 mostrou velocidade e regularidade na pista, com tempos abaixo do tempo da pole position, inclusive. Quem assumiu a terceira posição foi o kart da Brasília Racing Team, que perdeu mais tempo que gostaria e estavam 2 voltas atrás dos líderes.

 

 

Felipe Drugovich fez uma pilotagem perfeita e levou o kart 85 até a bandeira quadriculada, sendo escoltado durante praticamente todo stint por dois outros karts da equipe e ainda conseguindo ampliar a diferença para Gabriel Gomez. Esta foi a quarta vitória consecutiva de um kart da Americanet/Car Racing/Techspeed nas 500 Milhas da Granja Viana, que este ano não teve nenhum acidente que provocasse a entrada de um safety kart ou interrupção da corrida. Entre os pilotos da categoria Light, a vitória ficou com o kart 100 da D4U, que contou com Wagner Pontes, Uli Dias, Henrique Baptista e Bruno Testa. Pela categoria Sênior, a DRC/Betinho Veículos saiu com a vitória com o kart 737, conduzido por Leonardo Rosin, Henry Couto, David Hilário, Gilberto Barbos Júnior, Giuseppe Corsi, André Luiz Freire e José Aparecido Ribeiro.

 

Abraços a todos,

 

Denilson Santos

 

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.