 Olá leitores!
Como estão? Espero que todos bem. Mês de muita correria, não nas pistas, mas fora delas. Afinal, época do ano em que as pessoas estão se preparando para os festejos de final de ano, qualquer que seja seu credo (ou falta de credo), no geral as crianças já entraram em férias (ou estão fazendo os exames finais para conseguir as notas que faltavam para encerrar o ano letivo), e os adultos que ainda não conseguiram definir o lugar onde viajar para as férias ainda estão fazendo pesquisas tentando achar a melhor solução em termos econômicos (meu caso). Enfim, não é a toa que o grande personagem do mês seja Papai Noel (Pai Natal, Santa Claus, Pére Noël, como queiram chamar), o velhinho de saco cheio (no caso dele, de presentes)... Este final de semana tivemos a etapa de encerramento da temporada 2023 da Copa Truck no espaço de eventos aleatórios de Burrolândia, localizado no bairro de Interlagos. E aparentemente a inteligência mediana da população da cidade contaminou os comissários de prova na segunda corrida do dia, no lance envolvendo os dois pilotos que disputavam o título. Mas vamos desde o começo. Na primeira corrida já ficou claro que Roberval Andrade estava no modo “NASCAR em Martinsville”, não se furtando ao contato quando julgasse necessário. Até aí, nada, mas nada mesmo, de errado. As circunstâncias da corrida levaram à vitória de Felipe Giaffone e ao 8º lugar de Andrade, que graças ao grid invertido para a segunda corrida largaria na pole nesta, em uma situação em que quem chegasse na frente seria o campeão. E a corrida 2 foi bem disputada, com Beto Monteiro (companheiro de Giaffone) pressionando Roberval e posteriormente conseguindo a liderança. Paralelamente, Giaffone foi galgando posições até alcançar Roberval, e perto do final da prova partiu para uma tentativa arrojada de ultrapassagem no Esse do Finado, que resultou em um toque entre os dois caminhões. Lance de corrida, típico de categorias que não sejam de monopostos de rodas descobertas. Neste momento, Roberval – após ser tocado – virou o volante em direção à área de escape asfaltada e acelerou para sair na frente de Giaffone após a segunda perna do Esse. Ganhou tempo na manobra, o que de acordo com o regulamento desportivo da categoria não pode, e precisaria devolver a posição. De livre e espontânea vontade não o fez, acreditando que seria interpretado como manobra não intencional, entretanto bastava ver o replay da manobra de dois ângulos diferentes para ver que efetivamente foi de propósito. Isso de dentro de casa, do sofá, vendo apenas as imagens que a transmissão mostrou. Os deuses do Olimpo, digo, comissários, têm à sua disposição todas as câmeras e todas as possibilidades de rever a imagem que quiserem. Em uma volta era para terem tomado a decisão e comunicado via rádio a equipe, para avisarem o piloto que ou devolvia ou tomava punição. Pois bem, a decisão saiu algumas horas após o pódio, quando poderia ter sido tomada ANTES do pódio. É o que eu falo para meus colegas no trabalho, a gente quer ajudar as pessoas, mas as pessoas precisam nos ajudar para que nossos esforços de contribuir sejam bem sucedidos... eu não sinto prazer em criticar o trabalho dos comissários, mas eles têm que não me fornecer subsídios para que eu não o faça. Se ajudem um pouquinho, né???? Enfim, como lerão com muito mais detalhes na coluna do Shrek, Roberval cruzou a linha de chegada á frente de Giaffone, irritado pela inoperância dos comissários Giaffone não subiu ao pódio, e o resultado oficial saiu depois que as arquibancadas tinham se esvaziado. Parabéns, só que não. Fora das pistas apenas o burburinho das categorias que já encerraram suas temporadas. O maior “mico” ficou por conta da FIA, que aparentemente tentou semear a cizânia informando que a esposa do Toto Wolff, Susie Wolff (nascida Stoddart, filha do chefão da Ford no WRC), estaria usando seu cargo para passar informações privilegiadas para o marido e que a investigação era fruto de denúncia vinda de outra equipe. Pois bem, no melhor estilo “copia e cola” as outras equipes todas emitiram comunicado com texto praticamente igual negando ter sido a fonte da “denúncia”, e a FIA ainda teve de lidar com os comunicados contundentes publicados nas redes sociais pela Susie, profundamente indignada com o ocorrido. Se foi algum tipo de jogada para diminui a influência das equipes nas decisões tomadas envolvendo a categoria, nas imortais palavras do Mestre Claudio Carsughi, foi “um clamoroso fracasso”. Aparentemente a direção da Vermelhinha de Maranello, equipe outrora conhecida como Scuderia Ferrari, continua enfiando os pés pelas mãos, e após firmar uma extensão de contrato para Charles Leclerc absolutamente fora da realidade dos resultados apresentados nas pistas ainda está discutindo a duração da renovação do contrato com Carlos Sainz Jr., outro que consegue bons desempenhos quando o alinhamento planetário e as curvas do biorritmo (referência do fim dos anos 70) estão coincidindo no período mais favorável, sendo um piloto com absolutamente nada especial nos outros dias. Aparentemente a equipe voltou aos tempos da dupla Alboreto e Johansson, em que pese Alboreto ter sido melhor do que Leclerc é. Espero sinceramente semana que vem ter notícias mais positivas para comentar, que essa vez foi de lascar. Até a próxima! Alexandre Bianchini Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |
