Se esquecermos a participação de Max Verstappen e seu Red Bull 19, o Grande Prêmio de Abu Dhabi foi uma das corridas mais bem disputadas do ano. Essa situação nova nas provas de Fórmula 1, que se observa claramente na cada vez maior proximidade entre os carros, é inédita. Vamos desenvolver pesquisas a fim de analisar profundamente as diferenças entre os carros ao longo da história da categoria para comprovar essa informação. Os 20 carros chegaram a estar separados por apenas 1s290 no último treino livre.

Na qualificação Max Verstappen, com seu Red Bull, foi o mais rápido, virando em 1m23s445, seguido por Charles Leclerc (Ferrari) com 1m23s584, Oscar Piastri (McLaren) com 1m23s782, George Russell (Mercedes) com 1m23s788, Lando Norris (McLaren) com 1m23s816, Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) com 1m23s968, Fernando Alonso (Aston Martin) 1m24s084, Nico Hulkenberg (Haas) com 1m24s108, Sergio Peres (Red Bull) com 1m24s171 e Pierre Gasly (Alpine) com 1m24s584. A diferença de tempo entre os cinco primeiros colocados foi de 0s371, ou seja, menos de quatro décimos de segundo. Entre os dez primeiros do grid se estabeleceu uma diferença de 1s103. O piloto mais rápido atingiu a média horária de 227,8 km/h e o décimo colocado 224,8 km/h Dez carros separados por 3 km/h. Ferrari, McLaren e Mercedes ficaram bem mais próximos. O carro da  Red Bull do líder foi 0s139 mais rápido que o Ferrari (Leclerc), 0s337 que o McLaren (Piastri) e 0s343 que a Mercedes (Russell). Oito equipes qualificaram pelo menos um carro entre os dez primeiros, das dez participantes.

Dos 20 carros que largaram todos terminaram a corrida, sendo que 17 completando as 58 voltas do vencedor. Apenas três carros completaram 57 voltas. Verstappen venceu,  mas já pôde sentir o “bafo no cangote”, como diria o saudoso Giu Ferreira. Ao tomar uma punição de cinco segundos, Sergio Perez (Red Bull) caiu da segunda para a quarta posição. Completaram o pódio Charles Leclerc (Ferrari) e George Russell (Mercedes). Da quinta posição em diante terminaram Lando Norris (McLaren), Oscar Piastri (McLaren), Fernando Alonso (Aston Martin), Yuki Tsunoda (Alpha Tauri), Lewis Hamilton (Mercedes) e Lance Stroll (Aston Martin). Carros de seis equipes diferentes nas dez primeiras colocações. A corrida foi emocionante, com brigas por quase todas as posições. No final Verstappen, emocionado, considerou que dificilmente terá novo ano dominante como foi 2023. Reconhece que as demais equipes evoluíram durante a temporada. Sem alterações significativas no regulamento, 2024 deverá ser muito mais concorrido.

Ficaram para a última prova algumas decisões nos campeonatos de pilotos e construtores. Com os pilotos Verstappen (575 pontos) e Perez (285) já definidos nas duas primeiras colocações a definição do terceiro colocado favoreceu Hamilton (234 pontos). Na sequência do quarto ao sétimo, ficaram separados por apenas seis pontos, Alonso (206 pontos), Leclerc (206), Norris (205) e Sainz (200). Um pouco mais atrás Russell (175). No caso dos construtores a Red Bull, com 860 pontos, já era a campeã. Grande expectativa se criou em toeno do vice-campeonato, entre Ferrari e Mercedes. Os alemães foram os vice-campeões, com 409 pontos contra 406 dos italianos. Em quarto ficou a McLaren com 302 pontos, seguida da Aston Martin, com 280 e a Alpine, com 120.

Continuaremos publicando nossas matérias semanais abordando aspectos históricos, técnicos e estatísticos do automobilismo em geral.

Nosso próximo encontro será dia 05/12/23.

Luiz Carlos Lima

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