Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
MotoGP na Malásia monopoliza as emoções e os ingressos da F1, interrogações na coluna 500 PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 13 November 2023 20:17

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que todos bem. Em um final de semana no qual o calor fez com que esse vosso escriba saísse de casa apenas para locais com ar condicionado (God bless Mr. Carrier) e nem tenha conseguido aproveitar direito o aniversário, pouca atividade nas pistas. No caso do estado de São Paulo, ainda bem: o problema com temperaturas acima de 35 graus Celsius não seria esquentar o pneu slick, seria não deixar o pneu superaquecer e perder aderência (sim, esses pneus de competição têm uma faixa ideal de aderência com uma amplitude térmica não exatamente ampla), sem contar o desgaste físico insano com roupa antichamas e essas temperaturas dignas do meio do Saara que fizeram por aqui. Se esse for o aquecimento global, não quero nem imaginar a hora que terminar o aquecimento e começar o treino mesmo...

 

Mas enfim, vamos abordar o que aconteceu lá na Malásia, onde em temperaturas semelhantes às encontradas nesse final de semana aqui na região Sudeste o Mundial de Motovelocidade foi para um de seus melhores palcos. Sim, Sepang é meio chatinha para corrida de carros, MAS as provas de motociclismo nessa pista geralmente são muito boas. Claro que nem sempre, tem vezes que o calor é tão intenso que mesmo quem está “sendo refrigerado” pelo vento acaba sofrendo um desgaste físico mais acentuado e a corrida perde em atratividade. Entretanto, nesse final de semana as temperaturas em Sepang estiveram menores que as de São Paulo, não que isso queira dizer alguma coisa na atual onda de calor... e o espetáculo esteve garantido. Na Moto3, mais uma “primeira vez”, e o agraciado da etapa foi Collin Veijer, primeiro piloto holandês a vencer uma etapa de Moto3. Como de costume a corrida da categoria de novatos do Mundial foi extremamente movimentada, e o “bolo” que disputava a vitória foi diminuindo à medida que pilotos caíam ou perdiam rendimento com o asfalto quase na marca dos 50 graus, e nas últimas voltas a liderança de Veijer foi seriamente ameaçada por Masia e Sasaki, que queriam a vitória com muito empenho. O garoto holandês correu como se a vida dele dependesse de ficar na frente, e cruzou a bandeirada apenas 66 milésimos de segundo à frente de Sasaki e 328 milésimos à frente de Masia. Um pódio emocionante, empolgante e que fez feliz aquele que gosta de ver boas disputas na pista. Em seguida tivemos a Moto2, onde Aldeguer tirou metade da graça da corrida se isolando na frente e não dando margens para ataque. A outra metade da graça, claro, estava na disputa do pessoal tentando evitar que Acosta resolvesse a fatura do título nessa etapa ainda. Na afobação para alcançar as posições que poderiam alcançar esse objetivo, os concorrentes ao título fracassaram em seu intento e com a segunda colocação no momento da bandeirada Pedro Acosta se tornou o mais jovem campeão da Moto2, tirando o título que era de Marc Márquez. A disputa então ficou para a última posição do pódio, onde Marcos Ramirez superou Ai Ogura para conquistar seu primeiro pódio na categoria. Encerrando a programação, a MotoGP. MotoGP que revelou surpresas nesse final de semana: não apenas a corrida sprint do sábado foi vencida por Alex Márquez, como no domingo tivemos um desempenho surpreendente de Enea Bastianini, que conquistou uma vitória (literalmente) suada após passar boa parte da temporada se recuperando de fraturas. Merecido, muito merecido. Talvez, se ele não tivesse se quebrado no começo do ano, também estaria disputando o título com Bagnaia e Martin. Na segunda posição, ratificando que em Sepang o piloto e a Ducati se encontraram em grande sintonia, chegou Alex Márquez, fazendo talvez um dos melhores finais de semana desde que estreou na categoria, desempenho digno do irmão mais famoso antes de zoar o braço. Quem levou a melhor no duelo pela última posição do pódio foi Bagnaia, que chegou em 3º com seu rival direto Jorge Martin em 4º. A distância deles na pontuação é de 14 pontos, o que é pouco numa categoria como o Mundial de Motovelocidade. Expectativas sendo criadas para o final da temporada? Sim, por que não? Confesso estar empolgado com o prognóstico para as próximas provas...

 

Como tive um contratempo e a coluna atrasou, vai uma atualização da F-1: abriram essa segunda as vendas de ingressos para o público em geral (e não os portadores de cartão X ou Y) e em menos de 1 hora os ingressos disponibilizados estavam esgotados... relevante? Não sei, não confio nessas vendas de ingresso pela internet, e não creio que dificultem a vida de cambistas. Enfim, fica o registro.

 

Agora é se preparar para o espetáculo de cafonice que deve ser a corrida de Las Vegas...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.