 Olá leitores!
Tudo bem com vocês? Espero que sim. Final de semana auspicioso para os fãs de esporte a motor, já que onde não tivemos decisão de título tivemos competição de altíssimo nível na pista. Também tivemos baixíssimo nível, claro, como no caso da mecânica Ferrari no GP tabajara, com o carro do Leclerc não conseguindo terminar a volta de apresentação e com dois Alfa Romeo se retirando da prova para evitar maiores prejuízos, mas isso é um detalhe. O importante é que o fã de esporte a motor não ficou passando vontade. Começando com a prova de encerramento do WEC, as 8 Horas do Bahrein, onde – auxiliados por um BOP um tanto quanto favorável – a Toyota fez dobradinha , com o carro #8 na frente do #7 e com a tripulação do #8 (Sebastien Buemi, Brendon Hartley e Ryo Hirakawa) garantindo o título da temporada. A dupla de Toyotas foi acompanhada no pódio pela tripulação do Ferrari AF Corse #50, que andou bem mas o lastro do BOP não permitiu alçar voos mais altos. Na LMP2, vitória e título para o carro #41 de Andrade, Delétraz e Kubica, ao passo que a LMGTE-Am viu a primeira vitória das garotas da Iron Dames, colocando seu Porsche 911 à frente de uma dupla de Aston Martin e coroando da melhor maneira possível a temporada. E que venha 2024, para podermos novamente receber em Interlagos a categoria. Estou na expectativa... A Fórmula Um chegou no centro de eventos aleatórios de Interlagos para mais uma etapa, com reclamações generalizadas a respeito do estado do asfalto. Previsível quando a prioridade da “administração” (entre aspas mesmo) do espaço é fazer reformas para colocar eventos extra esporte a motor no lugar, é claro que alguma coisa vai ser prejudicada. No caso, a destinação principal e fundamental do lugar, o esporte a motor. Mas, enfim, para o eleitor ‘merdiano’ da capital e seu QI inferior a 40, o importante é que “o autódromo está dando lucro e estou vendo o retorno dos meus impostos”. Os danos sofridos durante a tempestade da sexta-feira, quando ficou claro que a licitação para os trabalhos de manutenção foi baseada no menor custo e não no melhor serviço, mostraram que a etapa tapuia permanece, pois alguém na FIA gosta muito, muito, muito de viajar para cá, tanto que o contrato foi renovado até 2030. Alguns desses que comemoram o Estado dando lucro estão desde sexta sofrendo com as consequências de suas atitudes e votos, sem energia elétrica em suas casas e comércios, em diversos casos contabilizando diversos prejuízos. Enfim, o plantio e opcional, a colheita e obrigatória. Plantaram, estão colhendo. Não tenho dó, nem si bemol, tampouco fá sustenido ou qualquer outra nota musical em relação a eles. Mas enfim, vamos ao que interessa a corrida. Depois do Leclerc abandonar na volta de apresentação, Albon e Magnussen se enroscaram logo na largada, veio o safety-car e depois a bandeira vermelha para colocar as coisas em ordem na pista. Arrumadas as coisas, corrida recomeçou e ao passo que Max ficou lá na frente com um pouco de pressão de Norris, mais atrás a Mercedes enfrentava um calvário. Depois das duas Alfa Romeo abandonarem, foi a vez do Russell ser chamado pelos boxes para se retirar, após perder cada vez mais rendimento e sair da zona de pontuação. Hamilton sofreu com a falta de rendimento e não conseguiu terminar em posição melhor que um 8º lugar. A Aston Martin correu bem, com Stroll terminando em 5º e Alonso em 3º após um final de corrida emocionante se defendendo do ataque do Pérez. Norris ficou em 2º, sem conseguir ameaçar Max mas sem ser atacado por Alonso e Pérez. Agora é aguardar a estreia de Las Vegas, que não deve criar expectativas, haja vista que o traçado é bem fraquinho... A NASCAR foi até o meio do deserto para sua etapa de encerramento em Phoenix. A prova de decisão do campeonato alternou entre momentos de jogo de xadrez com partida de pôquer, passando por mesa de blackjack. Uma das melhores corridas que a pista de uma milha propiciou nos últimos anos, na verdade. Christopher Bell foi para a parte da frente do pelotão, e por um bom tempo pareceu que seria o candidato mais forte ao título. Superaquecimento dos freios o fizeram visitar o muro, em seguida chegar aos boxes com o freio dianteiro literalmente em chamas, e foi o fim da corrida e das pretensões de título do jovem piloto da Joe Gibbs Racing. Enquanto isso, Larson e Blaney vinham fazendo a famosa “corrida de comadres”, guardando suas energias para o segmento final. E conforme a tarde caía e a temperatura também, o carro de Blaney ia ficando mais “no chão” e Byron e Larson perdiam rendimento. Byron chegou a vencer o primeiro segmento, ao passo que o segundo ficou nas mãos de Chris Buescher, mas no segmento final enquanto Chastain seguia impávido e resoluto na liderança, atrás dele o jogo de gato e rato entre Larson e Blaney se desenrolava. E com a perda de “chão” do Byron, coube a ele apenas assistir de camarote a disputa na frente dele. E Blaney levou a melhor, cruzando a bandeirada em 2º e faturando o título, com Larson em 3º e Byron em 4º. A vitória ficou com Chastain, que liderou 157 das 312 voltas, mas como as atenções estavam voltadas para o título ninguém que acompanhava pela TV viu se ele jogou alimento no chão para comemorar ou não. Todas as câmeras estavam voltadas para o primeiro título de Ryan Blaney, merecidamente. Fechando o Top-5 chegou Buescher, de longe o melhor carro Ford depois do de Blaney, e um resultado que nos faz pensar em voos mais altos para o ano que vem. Até a próxima! Alexandre Bianchini Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |
