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Fittipaldi Brothers: o lugar de vocês é aqui nos Estados Unidos PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Wednesday, 01 November 2023 00:23

Olá amigos leitores,

 

A coluna desta semana poderá deixar os meus leitores brasileiros chateados, mas quem sabe eles consigam entender o meu ponto vista e concordem comigo ao final. 

 

Sei bem o tamanho do sobrenome Fittipaldi para a história do automobilismo no Brasil, nos Estados Unidos e em todo o mundo. Quando veio corre na IndyCar Series – na época a CART – trouxe sua família para viver nos Estados Unidos e aqui em meu país nasceram seus netos Pietro e Enzo, que seguiram os passos do avô e abraçaram o automobilismo como projeto de vida.

 

Pietro, o mais velho dos irmãos, deu seus primeiros passos – na verdade, voltas – em uma das séries regionais da Whelen NASCAR Series, com apenas 14 anos de idade, venceu 4 corridas, conquistou 13 pódios (que seria chegar entre os 3 primeiros) e foi campeão, surgindo como um diamante bruto a ser lapidado e, quem sabe, expandir as fronteiras do sobrenome Fittipaldi sobre a NASCAR com mais sucesso do que seu primo, Christian, que era um piloto formado para os monopostos de rodas abertas e que, após anos na CART, foi correr na NASCAR pela equipe de Richard Petty.

 

 

Com o sucesso do neto e a força do sobrenome do avô, Pietro mudou tudo em sua vida, deixando de lado uma possível carreira de sucesso até chegar à divisão principal da NASCAR para migrar seus esforços para os monopostos de rodas abertas na Europa, onde acabou conseguindo alguns bons resultados, mas nenhum título até chegar na Fórmula Renault 3.5, que durante alguns anos rivalizou com a então GP2, onde sagrou-se campeão e o levou a tornar-se piloto de testes da equipe Haas na Fórmula 1.

 

 

Gene Haas e a equipe Haas F1 viram valor em suas habilidades e contrataram Fittipaldi como piloto de testes e reserva, mas 2019 foi um ano passado na selva na série de carros esportivos DTM da Alemanha. Ele acrescentaria mais corridas ao seu calendário durante a entressafra e no início de 2020 no Campeonato Asiático de F3 e faria suas duas primeiras partidas na F1 pela Haas no lugar do lesionado Romain Grosjean, mas no contexto da atividade ao longo da temporada, ele estava ficando aquém das milhas de corrida.

 

Sem espaço na equipe (na Fórmula 1 o dinheiro costuma falar mais alto que o talento na maioria dos casos) Pietro teve um breve retorno à IndyCar com Coyne em 2021 – lidando com três ovais que Grosjean decidiu pular – foi a parte mais movimentada do ano, junto com mais algumas saídas em carros esportivos. Foi assim que foi sua temporada de 2022, sem a IndyCar, e 2023 não foi diferente, com as corridas de resistência como a principal saída para se manter competindo.

 

 

Ele começou a participar do campeonato europeu e também do mundial de Endurance na classe LMP2 com a equipe Jota, onde conquistou grandes resultados e algumas vitórias importantes, mas mesmo estando em uma equipe de Fórmula 1 e competindo na europa a maior parte do tempo, desde 2018 Pietro também buscava algo mais concreto nos Estados Unidos e após uma busca silenciosa por um novo lar na IndyCar – sua terceira tentativa – e encontrou um com a Rahal Lenigan Letterman.

 

Fittipaldi em dose dupla?

Al e Bobby Unser, Rick e Roger Mears, Mike e Robbie Groff… a tradição de irmãos que competiram entre si na IndyCar tem muitos capítulos interessantes, e há a possibilidade de um novo ser escrito no próximo ano entre Rahal Letterman Lanigan Pietro Fittipaldi, do Racing, e seu irmão mais novo, Enzo, que está programado para testar na Dale Coyne Racing.

 

 

É muito cedo para dizer se Pietro, de 26 anos, e Enzo, de 22, se enfrentarão na NTT IndyCar Series, mas os brasileiros-americanos dividirão a mesma pista no Sebring International Raceway no início de novembro, quando Dale Coyne Racing vai se juntar à Rahal Lenigan Letterman para alguns dias de aprendizado sob o sol da Flórida. Não está claro se o teste de Enzo faz parte de um plano maior de mudança para a IndyCar, mas sabe-se que os Fittipaldi têm interesse em ver os irmãos correrem juntos, se possível.

 

Enquanto as atividades de Pietro em monopostos têm sido mais esporádicas do que o desejado nos últimos anos, Enzo – que neste ano de 2023 foi membro da Red Bull Junior Team, contudo teve sua dispensa anunciada em outubro – tem estado incansavelmente ocupado desde 2017, disputando campeonatos completos de Fórmula 4, Fórmula 3 e Fórmula 2 sem interrupção. Ao contrário de Pietro, Enzo focou sua trajetória nos monopostos de rodas abertas desde que saiu do kart.

 

 

Atualmente em sétimo lugar na classificação da Fórmula 2, com quatro pódios e uma vitória com a equipe Rodin Carlin, o Enzo Fittipaldi passou pouco mais de duas temporadas na categoria de maior desenvolvimento da Fórmula 1. Sem vagas conhecidas aguardando seus serviços na Fórmula 1 e pouco a aprender caso fique para uma terceira temporada completa na Fórmula 2, uma mudança para a IndyCar com a Dale Coyne Racing – onde seu irmão mais velho fez sua estreia na IndyCar em 2018 e retornou para três corridas em 2021 – daria uma ótima história entre os irmãos Fittipaldi em 2024. Apenas para relembrar, 50 anos atrás, o avô, Emerson e o tio-avô Wilson correram juntos na Fórmula 1.

 

Vamos acelerar!

 

Sam Briggs

Fotos: site IndyCar Media / Fittipaldi Bros.

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.