 Olá leitores!
Como estão? Espero que todos bem. Gostaria de começar a coluna agradecendo a todos vocês pela paciência em ler essas mal traçadas linhas... dia 27/10 fez 10 anos da minha primeira coluna aqui no Nobres do Grid, falando sobre o título do Sebastian Vettel. Nesses 10 anos acho que aprimorei razoavelmente meu estilo de escrever (as primeiras colunas eram muito “travadas” no formalismo), e acho que vivenciamos grandes momentos do esporte juntos. Os 7 títulos de Hamilton, o 7º título de Jimmie Johnson, a 4ª vitória de Helinho nas 500 Milhas de Indianapolis, a ascenção do Verstappen de um jovem audacioso para um vencedor implacável, impressionantes chegadas nas corridas de motos... espero que o vosso balanço a respeito dos últimos 10 anos seja positivo. Começando com o Mundial de Motovelocidade, que foi até a Tailândia, como parte de sua longa sequência asiática – afinal, é o maior mercado para motos no mundo – e tivemos excelentes corridas. Na Moto3, aquele amontoado maravilhoso que são as corridas da categoria propiciaram grandes momentos de disputas, que se encerraram com a vitória de David Alonso (a 4ª do estreante nessa temporada), acompanhado de dois estreantes de pódio, o japonês Taiyo Furusato em 2º e Collin Veijer em 3º. Diogo Moreira ainda conseguiu alguns pontinhos, terminando em 13º, 2s40 atrás do líder. Sim, os 10 primeiros cruzaram a bandeirada em menos de um segundo e meio... adoro Moto3. Na Moto2 Fermin Aldeguer resistiu à pressão de Pedro Acosta (que provavelmente tem a melhor moto da temporada) e ainda abriu quase 3 segundos e meio de vantagem para vencer a prova tailandesa. Acosta teve de se contentar com o 2º lugar, ótimo pois pontuou mais que os adversários diretos na disputa do campeonato, e a torcida local faz a festa com o 3º lugar do tailandês Somkiat Chantra, que justificadamente comemorou como se tivesse vencido o campeonato. Afinal, fez bonito em frente à sua torcida. Na MotoGP o grande nome foi Jorge Martin, doutrinador no final de semana: venceu a Sprint Race no sábado e a prova principal no domingo, se aproximando do atual campeão Bagnaia na disputa pelo título de 2023. A corrida do domingo não foi recomendada para cardíacos, já que a disputa pela liderança foi intensa e os 3 primeiros colocados passaram no curto espaço de 25 centésimos de segundo... após a corrida a FIM deu uma de FIA e puniu Brad Binder, que na pista terminou em 2º à frente de Bagnaia (3º), por “exceder os limites da pista” na última volta. Como não dava para aplicar a volta longa, puniram com perda de uma posição. Até seria uma punição justa, não fosse o fato do Binder ter saído dos limites após a moto escorregar de traseira e ele efetuar a correção para não cair, perdendo tempo na manobra. Se ele tivesse se beneficiado, OK punir, mas não foi o caso. Ele perdeu um tempinho, não o suficiente para Bagnaia o passar, mas o suficiente para não atacar Martin na curva seguinte. Enfim, comissários fazendo comissarices... próxima corrida na Malásia, e Sepang geralmente tem surpresas meteorológicas... aguardemos. A Fórmula Um foi até o México, como parte daquela estratégia logística absolutamente sem noção que fizeram no continente americano (primeiro corre no Texas, depois desce pro México, aí vem para a Banânia e volta a subir para Nevada, lugar daquela que promete ser a corrida mais cafona da história da categoria. Alguém resolveu contribuir para o caixa da empresa aérea de transporte...), e o herói local estava tão ansioso para mostrar serviço para o chefe com o apoio da torcida que logo na primeira volta já se afobou e saiu da corrida. Com a saída do Chapolin Azarado, ops, Pérez, a corrida dependeu do DRS para ter alguma emoção. Poderia ter sido melhor, mas... caiu na mesmice. Magnussen batendo (dessa vez por quebra da suspensão, não foi culpa dele) e causando bandeira vermelha, Verstappen disparado na frente depois da rodada de paradas pra trocas de pneus para quebrar o próprio recorde de vitórias em uma temporada e alcançar a marca de Alain Prost (51 vitórias), Hamilton mostrando que ainda consegue tirar champanhe de pedra chegando em 2º e – milagre! – a Ferrari gastando pneus alucinadamente mas dessa vez sem estragar a corrida dos pilotos na hora da parada e permitindo a Leclerc e Sainz Jr. chegarem em boas posições 3º e 4º, respectivamente. Provavelmente irão descontar aqui em São Paulo... para alegria de uma amiga dos tempos do ensino fundamental, Daniel Ricciardo conseguiu seus primeiros pontos na temporada chegando em 7º, ela estava esfuziante nas redes sociais. E a NASCAR foi até o acanhado (mas por eles amado) circuito de Martinsville para sua penúltima corrida do ano e para decidir quem serão os 4 pilotos que disputarão o título semana que vem em Phoenix. E mais uma vez o Carteiro (Hamlin) entregou a rapadura no final. Precisava vencer, foi o piloto que mais liderou a corrida (156 das 500 voltas da prova), mas “não liderou as voltas certas”. Até venceu o primeiro segmento, mas o segundo ficou nas mãos de Ryan Blaney, que no segmento final perdeu algumas posições e veio passando os adversários com muita decisão, tirou a liderança de Almirola e venceu a corrida, garantindo a eliminação de Hamlin, que terminou a prova em 3º, atrás de Almirola, que ainda garantiu uma ótima 2ª posição. Atrás deles chegaram Chase Briscoe em 4º e Joey Logano fechando o Top-5ndo o Top-5. Passaram para a decisão Bell, Blaney, Byron e Larson. Vamos ver semana que vem quem leva o título esse ano... Até a próxima! Alexandre Bianchini Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |
