Olá leitores!

Como estão? Espero que todos bem. Esse domingo, aqui no Brasil pelo menos, foi o Dia do Professor, e aproveito para deixar meu MUITO OBRIGADO para todos aqueles que se dedicam ao sacerdócio do ensino. Como toda profissão importante, professores não são valorizados aqui na República Sebastianista da Banânia, e isso apenas torna a missão deles mais importante ainda. Mais uma vez, muito obrigado.

Mas vamos ao que interessa, corridas. E o fim de semana foi especial. Começando no sábado, com a etapa de encerramento do IMSA, a Petit Le Mans, prova de 10 horas realizada em um dos melhores circuitos mistos dos Estados Unidos, a pista de Road Atlanta. Uma etapa em que haviam 3 carros disputando o título (#6, #10 e #31), separados por apenas 11 pontos, o que prenunciava um jogo de xadrez na pista para cada um conseguir suplantar a pontuação do rival. Com 1h15m de corrida a primeira baixa na disputa: o Porsche #6 da Penske foi envolvido na batida entre dois GTs e sofreu danos que impediram que continuasse na corrida. A disputa continuou entre o Acura #10 e o Cadillac #31 (com Pipo Derani como um dos pilotos) em um jogo de gato e rato durante quase toda a corrida, enfrentando tráfego de carros de outras categorias e diversas entradas do pace car para retirar veículos acidentados ou atolados na brita. Faltando quase uma hora para terminar a corrida o Cadillac estava em 2º e o Acura em 3º, Pipo no Caddy e Albuquerque no Acura. O piloto português tenta fazer uma manobra ousada e passar o brasileiro por fora na primeira curva do circuito, uma curva de média em subida tomada à direita... claro que de dia já seria uma manobra arriscada, à noite... tinha tudo pra dar errado, e deu. Os carros se tocaram e – estando por fora – o português foi passear na grama até parar na barreira de pneus. Fosse competição da FIA e Pipo receberia uma punição de 10 segundos, fosse na Banânia seria excluído da corrida (sim, comissários tapuias querem ser mais realistas que o rei), mas os comissários da IMSA analisaram o acidente entre os dois carros e chegaram à conclusão óbvia: foi um incidente de corrida. Desta maneira, ficou selado o campeonato da equipe do carro #31, Pipo Derani e Alexander Sims, que nessa etapa longa tiveram o auxílio de Jack Aitken e levaram o título terminando a corrida na 6ª posição. Uma série de pequenos incidentes levou ao final da corrida com o pace car na pista, com a vitória nas mãos da tripulação do Acura #60 da Meyer Shank, Blomqvist, Braun e Helinho Castroneves, seguidos pelo Cadillac #01  de Bourdais/van der Zande/Dixon na 2ª posição, e pelo Porsche #59 de Bruni/Jani/Tinknell. Felipe Nasr chegou em 4º, junto com a tripulação do Porsche #7 da Penske, Farfus foi o 8º colocado e Daniel Serra chegou em 3º na categoria GTDPro com a Ferrari #62 da Risi Competizione.

E o Mundial de Motovelocidade foi para a Indonésia para mais uma etapa, e o renovado asfalto da bela pista (uma das curvas deve ficar a 100m ou pouco mais de uma praia que, nas imagens da TV, tinha areias deliciosamente brancas) viu grandes disputas e, nos treinos, impressionantes tombos. Na prova sprint do sábado foi o atual campeão que perdeu o controle e foi parar na caixa de brita. Isso deixou Jorge Martin, vencedor da etapa sprint, na liderança do campeonato. E chegamos ao domingo... Na Moto3 aconteceu uma queda bizarra: Ayumu Sasaki conseguiu cair naquela volta para levar a moto para o grid de largada, o que fez a equipe trabalhar em ritmo frenético para conseguir colocar a moto em ordem para a largada. Dada a largada, o que vimos foi uma prova mais “embolada” ainda que o normal, e alguns pilotos com dificuldades para se manter nos limites da pista. Holgado, por exemplo, levou duas punições de volta longa por “cortar caminho” na busca pelo líder. E quem era o líder??? Ele, Diogo Moreira. Sim, o brasileiro superou um equipamento que não é exatamente como o das equipes principais, fez a pole na classificação, e andou no pelotão da frente o tempo todo, ora liderando, ora seguindo outros pilotos. Com um bote certeiro na última curva ele garantiu a liderança e a sua primeira vitória no Mundial de Motovelocidade, numa das chegadas mais disputadas dos últimos tempos: os 8 primeiros colocados estavam dentro do mesmo segundo. Foi a primeira vez que um brasileiro venceu em qualquer das classes do Mundial desde a vitória do Alexandre Barros no GP de Portugal de 2005... o brasileiro foi acompanhado no pódio por David Alonso em 2º e David Muñoz em 3º. Na Moto2 Pedro Acosta mostrou que não é o líder do campeonato a toa e ganhou com certa tranquilidade a corrida, enfiando 2 segundos sobre o segundo colocado Aron Canet e mais de 4 segundos e meio sobre o terceiro, Fermin Aldeguer. Na categoria principal Francesco Bagnaia deu um baile, e mostrou que o tombo da véspera não tirou sua confiança: largou em 13º para conquistar a vitória, ainda que por diferença digna da Moto3 (30 centésimos de segundo de vantagem para o segundo colocado e 43 centésimos de vantagem para o terceiro colocado). Vitória auxiliada por Jorge Martin, que devolveu o favor da véspera e foi parar no chão, sendo forçado a abandonar a corrida. Aliás, a lista de abandonos foi boa: além de Martin tivemos Zarco, Fernandez, Mir, Marc Márquez, Marini e Pol Espargaró. Desta maneira, Bagnaia foi acompanhado no pódio por Maverick Viñalez e sua Aprilia em 2º e por Fabio Quartararo, mais uma vez arrancando da Yamaha desempenho que ela não tem, em 3º.

A NASCAR foi até a terra das roletas para a primeira corrida da fase dos Playoffs que selecionará os 4 pilotos que disputarão o título. O primeiro classificado para a final foi Kyle Larson, vencedor da corrida desse domingo no Las Vegas Motor Speedway. E Larson não quis dar chances para o azar: venceu os dois primeiros segmentos e liderou 133 das 267 voltas da corrida. Vitória maiúscula. Em 2º chegou Christopher Bell, em 3º terminou o piloto local Kyle Busch, em 4º Brad Keselowski e fechando o Top-5 chegou Ross Chastain. 3 Chevrolet, 1 Toyota e 1 Ford nas 5 primeiras posições. Próxima corrida será em Homestead, periferia de Miami e uma pista onde Larson também se dá muito bem...

Até a próxima!

Alexandre Bianchini

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.