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MotoGP encurtada em Montegi, WRC no Chile e Talladega nunca decepciona PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 02 October 2023 09:07

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que todos bem. A grande boa notícia, por enquanto, é que começou o período de vendas dos ingressos para as 6 Horas de São Paulo, etapa do WEC teoricamente a ser disputada ano que vem no centro de eventos aleatórios localizado no bairro de Interlagos. O teoricamente se deve ao fato que, até a data de chegada dos carros ao local, não dá pra garantir que o “administrador” (entre aspas mesmo) do lugar não cancele a data de esporte para vender para algum evento outro qualquer que apareça, sem nada a ver com a finalidade do espaço. Já vimos antes corridas serem anunciadas e canceladas. Até o momento dos carros chegarem ao espaço de eventos, ficarei com a dúvida se efetivamente a corrida acontecerá.

 

Por falar nisso, torço para que as categorias que correm em território nacional tenham um plano B em relação às etapas planejadas para o Autódromo de Brasília... que tenham em mente que o centro de eventos está com seu calendário lotado de shows “musicais” após a corrida de Fórmula Um. Corrida essa, por sinal, que está com o contrato vencendo, né? Será que haverá a renovação, ou o plano do atual desgoverno paulistano de transformar o espaço em qualquer coisa afastada de esporte a motor será bem sucedido? A conferir...

 

Bom, mas vamos ao que interessa: corridas. O Mundial de Motovelocidade foi até o Japão para mais uma etapa em Motegi, uma pista de propriedade da Honda que parece ter sido desenhada especificamente para corridas de moto. Definitivamente muito travada para carros, mas motos ficam “em casa” naquele sinuoso traçado. Os eventos de domingo começaram com a Moto3, com a tradicional disputa em grupos que é a característica da categoria. A torcida estava em peso a favor de Ayumu Sasaki, que duelou muito com Deniz Oncu, quase foi para o chão na disputa com Daniel Holgado, e acabou tendo como recompensa o segundo lugar na bandeirada final. Segundo, pois a vitória ficou com Jaume Masia, que num resultado inesperado para a categoria cruzou a bandeirada com um segundo e meio de vantagem para os rivais Sasaki e Holgado, segundo e terceiro, respectivamente, e mais de 5 segundos sobre o quarto colocado, Stefano Nepa. Só não digo que foi uma prova padrão Moto2 pois a corrida foi boa, ao contrário do que costuma acontecer na categoria imediatamente superior. O brasileiro Diogo Moreira, em que pese ter novamente terminado à frente do seu companheiro de equipe (o parâmetro contra o qual primeiro se deve comparar um piloto), foi apenas o 14º colocado. Na Moto2, aconteceu o sonho dourado da equipe Idemitsu Honda Team Asia: dobradinha, com a vitória do tailandês Somkiat Chantra servindo de “chamariz” para a corrida de 29 de outubro, na Tailândia. Aliás, outubro é mês de “maratona” na categoria, já que além da corrida dia 1º teremos também a prova da Indonésia dia 15, da Austrália dia 22 e a Tailândia dia 29. A torcida local também pôde comemorar, afinal na 2ª posição chegou Ai Ogura, com mais de 1 segundo e meio de vantagem para o 3º colocado e líder do campeonato Pedro Acosta. Essas duas corridas foram com asfalto seco... no intervalo da Moto2 para a MotoGP começou uma leve chuva. Alguns pilotos trocaram os pneus pelos de chuva no grid de largada, outros ficaram com os slicks, haja vista o pequeno volume de chuva e uma incerteza de como viria a água do céu. Logo a chuva aumentou o suficiente para animar alguns dos que largaram com slicks a ir trocar de moto para as com pneus de chuva, e logo esses recuperaram as posições perdidas. E a chuva apertando, até que na 13ª volta das 24 programadas foi deflagrada a bandeira vermelha, por conta do volume de chuva. Quando a mesma diminuiu um pouco, foi feito um novo procedimento de largada, cancelado na volta de apresentação com a interrupção definitiva da prova. Dessa forma, a vitória ficou com Jorge Martin, da Pramac, seguido por Pecco Bagnaia em 2º e um surpreendente (para os últimos desempenhos) Marc Márquez em 3º.

 

O WRC fez sua etapa sul americana esse final de semana, lá no Chile (poderia ser aqui? Sim. Temos locais excelentes para especiais de rali. Entretanto, qualquer coisa que seja difícil de superfaturar e/ou algo pior não progride por aqui, então...), como creio que vocês já leram na completa cobertura da coluna de nossos especialistas em rali. Não posso deixar de comentar, entretanto, a jenial (com J mesmo) atuação de Esapekka Lappi, que na última curva da primeira especial cronometrada conseguiu destruir seu Hyundai de um jeito que simplesmente não teve como recuperar o carro para o dia seguinte. Deu perda total. A vitória ficou com Ott Tänak (Ford), que com velocidade e inteligência conseguiu terminar os 3 dias de competição com 42 segundos de vantagem para o segundo colocado Thierry Neuville (Hyundai), à frente de uma trinca de Toyotas (sob comando, respectivamente, de Elfyn Evans, Kalle Rovanperä e Takamoto Katsuta), Toyota que garantiu por antecipação nessa etapa o título do campeonato de construtores. Próxima etapa, último final de semana do mês, em território alemão.

 

A NASCAR foi para a segunda etapa do ano em Talladega, corrida com pouquíssimas bandeiras amarelas e que deu margem para o narrador ser contaminado pelo horrível comentarista e começar a proferir asneiras por atacado. A pior foi que “as corridas com os carros antigos eram melhores”. Melhores por causa do maior número de bandeiras amarelas, cara pálida? Parece aquele povo que afirma ter saudades da Fórmula Um de antigamente alegando “saudades do ronco dos V-10”, aquele “ronco” que parecia um enxame de abelhas enfurecidas, um som perfeitamente aceitável em motocicleta 2T mas que fica ridículo em um carro de corrida. Enfim, depois as pessoas começam a procurar a narração original em inglês na internet e reclamam da “pirataria”... esse tipo de narração é quase um convite a esse tipo de atitude. Enfim, o pessoal que permanece nos playoffs estava realmente disposto a conseguir sua vaga, seja por vitória, seja por pontos. Como de costume, os Ford andando muito bem nos superspeedways, e Ryan Blaney venceu o primeiro segmento e Brad Keselowski o segundo segmento, ambos seguidos de perto por William Byron. Byron acabou sendo o mais veloz dos Chevrolet, e completou a trinca de segundos lugares na linha de chegada, já que perdeu a corrida para Blaney (que assim garantiu sua passagem para a próxima fase das eliminatórias) por monumentais 61 milésimos de segundo. Pouco menos de meio bico do carro. Em 3º, empurrando Blaney, chegou Denny Hamlin, a salvo do único big one da corrida, que aconteceu a poucos metros da bandeirada e que fez alguns pilotos cruzarem a linha de chegada de lado, de ré, rodando... o 4º lugar ficou com Corey LaJoie, com Austin Cindric fechando o Top-5. Quem não conseguiu garantir ainda a classificação para a próxima fase dos playoffs terá outra chance no roval de Charlotte, uma pista interessante mas que – ao que tudo indica – deve ficar fora do calendário do ano que vem...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

    
Last Updated ( Monday, 02 October 2023 19:13 )