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Sainz dá aula de estratégia em Singapura e NASCAR define 4 eliminados no playoff PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 18 September 2023 14:08

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que todos bem. Final de semana de grande qualidade nas corridas. Fiquei sabendo da realização da 39ª edição da prova 500km de São Paulo, mas como São Paulo não tem mais autódromo (ou o que tem é usado para outras coisas que não esporte a motor) a prova foi realizada fora do estado de São Paulo, lá em Londrina... nem comento nada a respeito, minha opinião e posição a respeito são sobejamente conhecidas, fica apenas o registro da vergonha. Os habitantes da capital paulista não têm capacidade de possuir título de eleitor, só isso.

 

Mas vamos ao que interessa, corridas. A noite de sábado teve a prova noturna de Bristol, e já que à noite a temperatura do ar estava mais amena, a última corrida para se classificar para a próxima fase dos playoffs foi bem quente. Uma corrida quente geralmente é vencida por um piloto que consegue manter a cabeça fria e – embora na NASCAR nenhum seja exatamente um especialista nisso – quem melhor se qualificou para a vitória nessas condições foi Denny Hamlin, que tomou a liderança definitivamente na saída dos pits na volta 366 e ficou lá na frente até a última das 500 voltas da prova. Essa vitória dele acabou com as chances de um bocado de gente acostumada a duelar pelo título. A eliminação do futuro aposentado Kevin Harvick era mais ou menos previsível, a de McDowell não chegou a ser uma surpresa (para ele era vencer ou vencer) e a de Stenhouse Jr. também não foi surpresa. Surpresa mesmo foi Joey Logano não passar para a próxima fase. Essa eu confesso que foi bem “fora da caixinha”, e deve ter derrubado um bocado de gente nas apostas. Sorte de Bubba Wallace, que por magros 4 pontos conseguiu passar para a próxima fase mesmo terminando em 14º lugar; chegou na fase de 12 competidores, mas para passar para a de 8 terá que fazer melhor do que fez essas últimas 3 corridas... e Logano deve ter aprendido uma lição: a de tomar cuidado quando está no meio do pessoal do fundão. As chances dele passar para a próxima fase foram embora na disputa entre Erik Jones e Corey LaJoie. Erik escorregou, bateu no Corey, que subiu rodando e fechou o caminho de Logano e outros dois pilotos, eliminando esses 3 que não tinham nada a ver com a disputa da prova. Os protagonistas do entrevero prosseguiram, meio prejudicados mas conseguiram terminar a prova lá na segunda metade do grid, 3 voltas atrás dos líderes. Hamlin venceu e convenceu numa pista de apenas meia milha, cruzando a bandeirada com mais de 2 segundos de vantagem para Kyle Larson, que largou em último e fez uma bela prova de recuperação. Em 3º chegou Christopher Bell, que teve o consolo de levar a pontuação pelo maior número de voltas lideradas (além de ter vencido os dois primeiros estágios) após largar na pole. Em 4º terminou Chris Buesher, o mais bem colocado dentre os Ford, e fechando o Top-5 apareceu Ty Gibbs, que teve bom desempenho numa pista que acaba lembrando aquelas nas quais ele teve ótimos resultados na ARCA antes de ir para as categorias de âmbito nacional. Passaram para a próxima fase dos playoffs, pela ordem de pontuação, Byron, Truex Jr., Hamlin, Larson, Buescher, Buschinho, Bell, Reddick, Chastain, Keselowski, Blaney e Bubba. Muito bom ver 2 carros da Roush nesse grupo, após tantas dificuldades pelas quais a equipe passou nos anos anteriores.

 

A Fórmula Um foi até Singapura para mais uma etapa, com uma mudança que, ao mesmo tempo que foi boa (criando mais um ponto de ultrapassagem), foi um pouco decepcionante por eliminar um dos marcos do circuito. O traçado deixou de passar em frente à arquibancada que tem em frente ao estádio que construíram sobre o rio, portanto os carros não passaram pelo Muro do Nelsinho, o único marco pelo qual a carreira do brasileiro é lembrada na categoria. Mas, enfim, são coisas que acontecem. A corrida foi das mais memoráveis disputadas lá, não apenas pela grata surpresa de não termos de ouvir dois dos hinos mais sonolentos do planeta (o holandês e o austríaco – aliás, já comentei antes, mas não custa repetir: não me conformo com o fato de um país que produziu tantos e tantos compositores clássicos como a Áustria ter um hino tão... chocho. A definição é essa), mas também por mostrar para os executivos da Ferrari que eles podem deixar de preguiça e demitir o Iñaki Rueda pois nos próprios quadros da escuderia tem um estrategista melhor: Carlos Sainz Jr., que controlava a distância para Lando Norris para deixar o inglês com DRS e evitar de ser diretamente atacado pelas Mercedes, com pneus mais novos e mais rápidos. Só colocar o Carlos Jr. para fazer as estratégias que a coisa começa a melhorar. Coube ao filho de “el matador” o privilégio de ser o primeiro não Red Bull a vencer esse ano, acompanhado no pódio por seu ex-companheiro de equipe Lando Norris, que dessa vez não quebrou troféu algum, chegando em 2º, e por Lewis Hamilton na 3ª posição. Até o começo da última volta era para George Russell estar na 3ª posição, mas no afã de tentar passar o Norris ele bateu lateralmente no muro, perdeu o controle e foi para a barreira de pneus, para sua extrema frustração. A vitória do Sainz Jr. não significa que a Ferrari “acertou”, ela continuou fazendo das suas ao estragar a prova do Leclerc na parada de troca de pneus e quase piorou mais ainda a coisa ao não chamar ele para trocar os pneus quando os Mercedes vieram. Tivesse a prova mais uma volta, ele teria perdido a 4ª posição para o Verstappen. Enfim, espero que aprendam com o que deu certo nessa prova e não repitam o que deu errado futuramente... e um grande resultado para Liam Lawson, que soube se aproveitar dos incidentes da prova para ganhar posições e pontuar novamente, chegando em 9º.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.