Oi, amigos, tudo bem? Depois da 17ª e última etapa do 2023 NTT IndyCar Series, disputada no domingo passado em Laguna Seca, parecia que eu ficaria longe dos carros por algum tempo, afinal, foi minha última participação na categoria como piloto em tempo integral na Meyer Shank Racing. Que nada! Bastaram alguns dias para que eu estivesse de volta ao volante do meu carro – e no superspeedway do Texas. A razão foi, efetivamente, o cumprimento de uma das minhas atribuições na equipe, a partir de agora, que é o de coordenar e ajudar nossos pilotos da melhor maneira possível, visando sempre melhoria de performance. Nossos objetivos de vitórias e luta por títulos são bem sólidos e, portanto, vamos nos preparar muito fortemente nessa pré-temporada. Por tudo isso, esse teste promovido pela IndyCar foi muito importante porque foi a primeira experiência do Tom Blomqvist em um circuito oval. Imagino como ele deveria estar se sentindo, pois me lembro muito bem da primeira vez que pilotei em ovais. Os ovais são um desafio muito grande para pilotos que se formaram na chamada “escola europeia”, das quais os ovais não fazem parte. Mesmo nos dez primeiros anos da Fórmula 1, quando a Indy 500 fazia parte do calendário, foram raríssimos os pilotos da Europa que se aventuraram no hoje centenário traçado de 2,5 milhas. Então, para quem nunca tinha estado nesse tipo de competição, como foi no meu caso e agora é o Tom, acelerar no oval pela primeira vez cria muita expectativa e ansiedade. No caso desse teste, a preparação começou bem antes. Conversamos bastante sobre as características do oval, a equipe levou o equipamento tendo como base o acerto que tínhamos na prova deste ano no Texas Motor Speedway. Antes que o Tom assumisse o volante, completei algumas voltas para verificar a pista, o carro, o acerto, tudo para que o Tom se sentisse confortável. Sabe uma criança quando ganha brinquedo novo? Fica toda animada e não quer mais largar o “mais novo melhor amigo”, não é mesmo? Pois é assim que a gente se sente quando anda no oval pela primeira vez. E com o Tom não foi diferente. Ele andou muito bem, desvendou os mistérios do oval com rapidez e muita competência. Como disse na coluna anterior, para nós, da Meyer Shank Racing, a temporada 2024 já começou para a gente. Para mim, a semana teve ainda muitas gravações de campanhas e sessões de fotos para nossos patrocinadores. Essas atividades sempre fizeram parte da minha rotina como piloto e, agora, mesmo não estando mais em tempo integral a partir de 2024 e desde já envolvido de forma intensa no dia a dia da equipe, não deixarão de acontecer. É isso, amigos, semana que vem tem mais. Forte abraço e vamos que vamos! Helio Castroneves Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |