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Final caótico da F. Indy em Laguna Seca e NASCAR por 32 milésimos no Kansas. Nas motos, Superbike em Magny Cours e MotoGP em Misano PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 11 September 2023 16:27

Olá leitores!

 

Como vocês estão? Espero que os localizados em território lusófono sulamericano tenham conseguido emendar o feriado nacional de 07 de setembro e descansar (ou se divertir) bastante. Eu tive de trabalhar na sexta-feira, mas aproveitei o feriado para ir ao cinema assistir Gran Turismo, o filme que conta a história do Jann Mardenborough, um rapaz que era apenas um jogador entusiasta do game que, através de um concurso/seleção feito pela Polyphony e bancado pela Nissan, escolheu alguns dos melhores jogadores do Gran Turismo para participar de uma eliminatória com carros de verdade e teve a oportunidade de se transformar em um piloto de corridas profissional. Filme muito bem feito, mas que deve ser visto como aquilo que ele É: uma obra de Hollywood baseado em fatos reais, não um documentário. O filme mostra desde o momento em que o executivo da Nissan convence o pessoal do departamento de competições da fábrica a bancar a empreitada até a participação do carro com o Jann e outros dois que participaram do treinamento de seleção final nas 24 Horas de Le Mans, e as últimas curvas da pista de Le Mans no filme não correspondem às curvas reais. Pronto, agora que já dei esse spoiler e afastei a turma do “ain, mas na vida real isso não aconteceu assim”, podem ir assistir o filme que é muito bom, trilha sonora nota 10, e que inclusive conta com o real Jann Mardenborough fazendo o dublê dele mesmo nas cenas de pista.

 

Vamos ao que interessa, corridas. O Mundial de Superbike foi até Magny-Cours, uma pista que após a reforma para receber a Fórmula Um final dos anos 90 quase nunca propiciou uma corrida de carros de boa qualidade, mas que brilha no quesito motocicletas. E dessa vez não foi diferente: tanto no sábado como no domingo as corridas foram ótimas. Sábado viu o atual campeão e demolidor de recordes Bautista largar na frente, cair para o fundo por conta de uma pane momentânea na sua moto, recuperar a moto do “gremlin” que ela teve e ainda conseguiu chegar em 10º lugar. A vitória do sábado ficou com Toprak, que duelou contra a Ducati de Rinaldi para conseguir a vitória de maneira inteligente, forçando o italiano a cometer o erro que permitiu a ultrapassagem. Acompanhando Toprak e Rinaldi no pódio, ocupando o degrau mais baixo dele, apareceu na 3ª posição Jonathan Rea, que faz parte da dança das cadeiras para a temporada 2024 (Toprak vai para a equipe BMW, o passo que Rea deve ir para a vaga aberta por Toprak na Yamaha). No domingo não tivemos surpresas, vitória com ampla vantagem de Bautista, ao final de uma corrida que foi interrompida para o socorro de Dominique Aegerter, que se envolveu num acidente relativamente feio com Scott Redding. Após a segunda largada, Bautista se livrou da pressão de Toprak e deixou o turco se entendendo com Rea, que após anunciar que sairá da Kawasaki repentinamente voltou a ter uma moto capaz de brigar com a Yamaha... vai entender. O que sei é que a disputa entre Rea e Toprak se estendeu até a penúltima volta, com as diversas tentativas de Rea ultrapassar na forte freada no fim da reta principal se tornando inúteis pela retomada mais eficiente feita por Toprak, por conta de entrar na curva com uma trajetória mais aberta e, portanto, podendo reacelerar antes. Belíssima briga, que terminou com Toprak em 2º e Rea em 3º.

 

O DTM foi até o Leste da Alemanha correr no palco alemão da MotoGP, a pista de Sachsenring. Duas corridas muito boas, no sábado e no domingo. Sábado viu o Mercedes de Luca Stolz se sobrepor aos Porsche de Preining (2º) e Güven (3º), com o forte calor do final do verão europeu deixando a pista bem quente e escorregadia, fazendo o pessoal passear pelas áreas de escape ao tentar atingir o limite de velocidade nas curvas. A corrida de domingo ainda teve um tempero especial, com a bandeira vermelha sendo acionada logo no começo por conta daquele pessoal que acha que uma corrida de uma hora se define na primeira volta... muitos detritos espalhados pela pista, carro na barreira de proteção, e haja equipe de limpeza e resgate pra desimpedir a pista para seguir com a corrida. Stolz tentou repetir a vitória da véspera, mas foi impedido pelo ótimo desempenho de Mirko Bortolotti e seu Lamborghini, tendo então que se contentar com a segunda posição no pódio. Acompanhando o vencedor Bortolotti e Stolz apareceu o francês Franck Perera, também de Lamborghini.

 

O WEC foi até Fuji para mais uma etapa, e correndo em casa os Toyota não deixaram por menos (com uma certa ajuda do BoP da FIA, admito): dobradinha com o carro #7 (4ª vitória do carro na temporada) à frente do #8, sendo acompanhados no pódio pelo Porsche #6 da Penske. As Ferrari da AF Corse deram uma de equipe da F-1 e se atrapalharam com parada de boxe e aquecimento dos pneus... ô sofrência. Menos mal pra AF Corse que ganharam entre os GTs à frente de um Corvette na 2ª posição e de outro Ferrari em 3º. Também nos GTs, as garotas da Iron Dames terminaram num ótimo 4º lugar.

 

O Mundial de Motovelocidade foi até Misano para uma etapa com muito calor e com muitas homenagens. Antes das atividades na pista, quinta feira, Valentino Rossi recebeu as chaves da cidade de Tavulia, onde ele nasceu e que fica perto da pista de Misano, e ele também teve o que comemorar com o desempenho da motos de sua equipe na pista. Começando com a Moto3, que teve o tradicional “montinho” na disputa pela primeira posição, dessa vez “apenas” com 4 motos na volta final. Vitória muito apertada de David Alonso, apenas 36 milésimos de segundo à frente de Masia (2º colocado) e meros 2 décimos de segundo adiante de Oncu, 3º. O brasileiro Diogo Moreira, após anunciar seu passo errado para 2024 (ao invés de tentar uma equipe melhor na Moto3 pro ano que vem e tentar o título, já assinou para subir pra Moto2 próxima temporada, precipitação essa que já afundou a carreira de muita gente boa por aí, alguns até melhores que o Diogo. Boa sorte pra ele, precisará) teve um desempenho mais mediano e terminou apenas na 12ª colocação. 13 posições à frente do companheiro de equipe dele, mas... já vimos ele fazer melhor nessa temporada. Na Moto2 Pedro Acosta não deu a menor chance para nenhum dos rivais, vencendo com monstruosos 6 segundos de vantagem sobre Vietti e quase 10 sobre Alonso Lopez. Literalmente sobrou na pista. Na MotoGP, com pintura especial amarela e tudo, um show de superação de Pecco Bagnaia, que no fim de semana anterior teve muita sorte em ser atropelado no “lugar certo” e não sofrer fraturas ou mesmo ir vestir o macacão de madeira... mesmo com dores (afinal, ele foi atropelado), foi pra pista e conseguiu uma ótima 3ª colocação, atrás de mais duas Ducati (Jorge Martin em 1º, pra felicidade da Pramac, e Marco Bezzecchi em 2º, para alegria do Dottore Rossi) e logo à frente do convidado Dani Pedrosa, que com a KTM de fábrica foi bem melhor que os outros pilotos oficiais da marca... se ele não tivesse se quebrado tanto quando pilotava, talvez pudesse ainda estar em atividade e competindo em alto nível. Infelizmente, para o caso dele, as dores de diversas fraturas foram maiores e forçaram o abandono.

 

E a Indycar foi até Laguna Seca para a última corrida do ano. Alex Palou pode ter sido campeão por antecipação, mas a última do ano ficou com Scott Dixon, a 3ª da temporada. Corrida caótica é com o Dixon mesmo, e após uma punição de grid de largada e outra logo no começo da corrida ele aproveitou as diversas bandeiras amarelas causadas pelo pessoal brincando de BTCC com carros de fórmula (resolveram partir para o contato físico nessa última etapa) para recuperar diversas posições e após a relargada da volta 78 terminar as 95 voltas da corrida com mais de 7 segundos de vantagem sobre o 2º colocado, Scott McLaughlin, e mais de 10 sobre o campeão Palou, que terminou em 3º. Vitória maiúscula do hexacampeão.

 

E a NASCAR foi até o Kansas para a segunda corrida dos playoffs, e o jovem Tyler Reddick tirou o doce (e a passagem automática para a próxima fase dos playoffs) da mão do co-proprietário do seu carro: Denny Hamlin, sócio da equipe 23XI, tinha chances de vencer a prova, mas seu contratado o superou por 32 centésimos de segundo na bandeirada final. Hamlin ainda é o melhor dos que não venceram na classificação dos playoffs, mas... deve ter dado uma leve frustração após liderar 63 voltas e seu contratado apenas 2. Atrás da dobradinha Toyota vieram os Chevy de Erik Jones (3º) e Kyle Larson (4º), à frente do Ford de Joey Logano encerrando o Top-5. No momento estão fora dos playoffs Truex Jr., Bubba, Stenhouse Jr. e McDowell.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.