Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Vitórias dos campeões na Fórmula 1(ops) e Fórmula Indy, acidente na MotoGP e NASCAR PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 04 September 2023 08:37

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que todos bem. Final de semana com diversas opções para o fã de esporte a motor, com direito a quebra de recordes (para o pessoal que se importa com números brutos e não com números proporcionais), sustos e até comemoração de título. Afinal, algum tipo de notícia boa temos que ter no mundo do esporte a motor para compensar a raiva com o destino que está sendo dado ao autódromo de Interlagos pelo segundo pior prefeito da história de São Paulo.

 

Vamos começar com o título: com uma corrida de antecipação o espanhol Alex Palou conquistou seu segundo título na Indycar com uma vitória na bela pista de Portland. Um feito pouco usual: a última vez que um piloto conquistou seu título na penúltima corrida foi em 2007, com Jacques Villeneuve. E foi campeão em cima de pilotos de alto calibre, como o veloz Josef Newgarden e o seis vezes campeão Scott Dixon, que teve de se contentar com o vice campeonato, já que não consegue mais ser alcançado por Newgarden. Foi o 15º título da equipe Ganassi, que conseguiu colocar seus dois pilotos nas duas primeiras posições do campeonato pela primeira vez desde o já longínquo 2009. Foi uma bela corrida, um pouco morna na parte central, mas no cômputo geral salva pelo começo e pelo final. A autoridade da vitória de Palou pode ser medida pela vantagem dele: cruzou a bandeirada com quase 5 segundos e meio de vantagem para o segundo colocado Rosenqvist e 8 segundos de vantagem para o 3º colocado, Scott Dixon. E olha que na volta 85 das 110 de duração o Canapino fez o favor de reunir o pelotão com uma rodada que o deixou em uma posição arriscada na pista. Menino Palou é enroscado com esse negócio de assinar contratos, mas pilota muito bem. Agora é ver após a última prova da temporada qual será o destino dele... afinal, o imbróglio em que ele se enfiou entre McLaren e Ganassi ainda vai render um bocado de ação nos tribunais.

 

O Mundial de Motovelocidade foi até a Catalunha para mais uma etapa em território espanhol, e a torcida local não teve motivos para reclamar. A prova de Moto3, como de costume, foi proibida para cardíacos. A última volta, especificamente, viu de tudo: teve líder do campeonato (Holgado) caindo e ficando fora da zona de pontuação, teve 3 pilotos se espremendo na tomada da última curva, e teve 8 pilotos cruzando a linha dentro de um mesmo segundo. Antes disso teve piloto se chocando com outro pra fazer a ultrapassagem e sendo punido (Oncu esqueceu que não estava jogando no simulador com TCR ou NASCAR e mandou Muñoz pra fora da prova; a punição de 6 segundos o fez cair para 12º lugar), enfim, o habitual caldeirão de emoções. Vitória de David Alonso, com Jaume Masia na 2ª posição apenas 7 centésimos de segundo atrás, e em 3º Jose Rueda, seu primeiro pódio no Mundial. 3 espanhóis no pódio. No meio dessa briga de foice no escuro que foi essa prova, Diogo Moreira acabou ficando apenas na 17ª posição. Na Moto2 não teve hino espanhol no pódio: Jake Dixon batalhou desde o começo da prova contra Pedro Acosta e Aron Canet, conseguindo no final se impor por magros 2 décimos de segundo sobre Canet e 1 segundo sobre Albert Arenas, que veio galgando posições até chegar no 3º lugar, e no geral a prova foi mais interessante que a média da Moto2. Quando chegou a hora da categoria principal, aquele pessoal assassinando com requintes de crueldade o hino com violinos e violoncelos (não me levem a mal, eu gosto muito do som de violinos. Desde que bem tocados, o que passou longe de ser o caso) já era um mau presságio em relação à largada que viria em seguir. Na freada da primeira curva Enea Bastianini achou que era uma corrida de apenas uma volta e veio com um míssil lá da segunda metade do pelotão, deixou pra frear muito pra frente do aceitável, perdeu a aderência do pneu dianteiro e levou consigo mais outras 4 motos da Ducati (pessoal da fábrica provavelmente ficou muito feliz, só que não), 2 Gresini, uma VR46 e a Pramac de Zarco, primeiro atingido, e em seguida, na saída do esse inicial, o grande susto: na região de reaceleração da pista, a moto ejetou Pecco para cima e ele caiu no meio da pista. Brad Binder não conseguiu desviar e passou sobre as pernas de Bagnaia. Bandeira vermelha acionada, Pecco foi resgatado com todo o cuidado e conduzido ao centro médico e de lá ao hospital, para exames mais detalhados. Bagnaia, felizmente, saiu do atropelamento com múltiplas contusões, mas sem nenhuma fratura, podendo retornar às pistas próximo final de semana em Misano. Enea, entretanto, apesar de ter sofrido uma queda bem menos espetacular, teve duas fraturas e voltará ao estaleiro de onde estava retornando. Ao menos a chance de ele fazer outro strike de Ducati na Itália parece estar afastado... após a relargada, as duas Aprilia de fábrica mostraram sua força e se destacaram na frente, primeiro com Viñalez e depois com Aleix Espargaro, e o pódio teve a primeira dobradinha Aprilia na categoria principal, com Aleix em primeiro e Maverick em segundo. A trinca de espanhóis no pódio da corrida foi completa com Jorge Martin chegando em 3º lugar.

 

A Fórmula Um foi até o Parco Nazionale de Monza pra mais uma etapa, com todos aguardando mais um vexame dos pocotós de Maranello, mas os carros da Ferrari mostraram que, apesar do desgaste superior de pneus, até que não são tão ruins assim. Nitidamente a interface entre banco e volante é um forte fator que atrapalha o desempenho da equipe italiana, assim como as estratégias de qualidade duvidosa e as paradas de trocas de pneus que volta e meia são falhas; problemas de uma equipe que claramente vem sido gerida como uma empresa, e como tal as contratações não são por conta das competências dos envolvidos, mas via “networking” ou as mentiras publicadas no LinkedIn, única explicação possível para a permanência de um bocado de gente na equipe, apesar da nítida falta de entrega de resultados. A dupla de pilotos, certamente, foi contratação via LinkedIn. Ainda bem, para a torcida, que o menos talentoso da dupla estava em um final de semana inspirado e conseguiu expressar plenamente seu potencial nota 6,15; o teoricamente mais talentoso, por seu lado, esteve longe de expressar seu potencial nota 6,75 e não conseguiu passar de nota 5,05 o final de semana todo. Enfim, se Vasseur realmente quer colocar ordem no ambiente vai ter MUITO trabalho... no pódio, dobradinha previsível de Max Verstappen conquistando sua 10ª vitória em sequência, estabelecendo novo recorde, e com Sérgio Pérez conquistando mais um esperado segundo lugar na temporada, com Carlos Sainz Jr. fazendo a tênue alegria da torcida que se empolgou com a pole position conquistada pelo filho da lenda do rali e manteve a esperança pelas 15 voltas que Sainz conseguiu segurar Max. Fosse o Leclerc, Max tinha passado ainda na primeira volta. As pessoas com TOC adoraram o resultado dos 6 primeiros, 2 Red Bull seguidos por 2 Ferrari e 2 Mercedes (Russell à frente de Hamilton). Destaques para Albon num ótimo 7ª lugar com seu Williams e para o solitário ponto marcado por Bottas com seu Alfa Romeo (que estava com uma pintura especial absolutamente maravilhosa para a corrida de casa).

 

E a NASCAR começou os playoffs na tradicional Darlington, uma pista “raiz” que teve como vencedor um piloto que também se encaixa muto bem na categoria “raiz”, Kyle Larson, que curiosamente ainda não tinha vencido nessa pista. A corrida terminou bem tarde pois tiveram que interromper a prova no meio do segundo segmento para descobrir o motivo pelo qual os refletores na parte interna das curvas 3 e 4 não acendiam. Depois que localizaram qual era o disjuntor que caiu e religaram ele, a prova prosseguiu. Os dois primeiros segmentos foram vencidos por Denny Hamlin, mas acabou perdendo uma volta ao fazer uma parada extra ao achar que estava com uma roda mal fixada e foi lá pra trás. Atrás de Larson cruzaram a bandeirada final Tyler Reddick em 2º (grande corrida dele, por sinal), Chris Buescher em 3º (outro que teve um desempenho excelente nessa pista), William Byron em 4º e, para a felicidade daqueles que não gostam de ver alimento desperdiçado sendo arremessado no chão, Ross Chastain chegou apenas em 5º. Os playoffs começaram muito bem...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.