Tanto quanto o domínio da liderança do Campeonato por Max Verstappen, a ocorrência de intempéries tem sido situação constante nas corridas da Fórmula 1 de 2023.

Zandvoort é o segundo circuito mais curto em extensão, com seus 4.259 metros. Monte Carlo é o menor de todos, com 3.337 metros. Em condições atmosféricas ditas normais, ou seja, tempo seco, pouco vento e temperatura por volta dos 25 graus, os carros deveriam virar em tempos muito próximos, o que ocorreu apenas nos primeiros treinos livres, com a diferença de 1,7 segundo separando o primeiro do último colocado.

Na qualificação a chuva foi constante durante toda a prática. Começou com maior intensidade no Q1, diminuiu no Q2 e ficou quase seca no Q3. Nas seis primeiras posições do grid carros de seis equipes diferentes, uma raridade: 1º) Max Verstappen (Red Bull) pulverizou a concorrência com 1m10s567 (mais de meio segundo à frente), 2º) Lando Norris (McLaren) com 1m11s104, 3º) George Russell (Mercedes) com 1m11s294, 4º) Alexander Albon (Williams) com 1m11s419, 5º) Fernando Alonso (Aston Martin) com 1m11s506 e 6º) Carlos Sainz (Ferrari) com 1m11s754. A grande surpresa foi a Williams colocando seus dois carros no Q3, com Albom em 4º e Logan Sargeant em 10º. Entre o 7º e o 9º lugar ficaram  Sergio Perez (Red Bull) com 1m11s880, Oscar Piastri (McLaren) com 1m11s938 e Charles Leclerc (Ferrari) com 1m12s665.

A corrida de Zandvoort foi uma das mais movimentadas da temporada. Choveu antes da largada e o piso recomendava pneus intermediários, o que todos acabaram escolhendo. Só que antes mesmo de terminar a primeira volta ficou claro que as condições indicavam uso de slick. Poucos conseguiram parar, entre eles Leclerc. Só que a Ferrari não estava pronta para a troca. Os italianos cometeram o primeiro erro do dia. Na segunda volta quase todos trocaram os pneus. Uma hora chovia um pouco, em outro momento secava e no final choveu forte.

Verstappen liderou tranquilo e venceu mais uma. Alonso foi impecável. Largou em 5º e, com toda sua experiência e competência, subiu para o 2º lugar e terminou nessa posição. Nos preparativos para o pódio parecia um juvenil. Gasly foi um dos destaques ao chegar em 3º, à frente de carros melhores. Perez (Red Bull), Sainz (Ferrari), Hamilton (Mecedes), Norris (McLaren), Albon (Williams), Piastri (McLaren) e Ocon (Alpine) completaram os 10 primeiros colocados. Dessa vez McLaren e Mercedes prejudicaram seus pilotos com erros de procedimento que não costumam cometer. Em nossa opinião os melhores pilotos da corrida foram Alonso e Albon. Opinião: Oscar Piastri chegou na Fórmula 1 para ficar. Esse australiano tem incrível potencial.

A Fórmula 1 de 2023 está chata com o domínio de Verstappen? Em nossa opinião não. Faz tempo que as transmissões televisivas da Fórmula 1 privilegiam as melhores disputas. Se o leitor se lembrar dos detalhes da corrida da Holanda chegará à conclusão de que Verstappen apareceu menos na telinha que pilotos brigando por outras posições. O atrativo está nesse ponto. O espectador presenciará sempre as mais interessantes disputas envolvendo alguns dos melhores pilotos do mundo. Dizem que está diminuindo a audiência nas transmissões da categoria. Não tivemos acesso a esses dados, mas considerando a pressão pela realização de um número maior de Grandes Prêmios, dentro de um calendário já inchado, Não acreditamos na hipótese de baixa de popularidade.

Posição do Campeonato Mundial de Pilotos: 1º) Max Verstappen – 339 pontos, 2º) Sergio Perez – 201, 3º) Fernando Alonso – 168, 4º) Lewis Hamilton – 156 e 5º) Carlos Sainz – 102.

Posição do Campeonato Mundial de Construtores: 1º) Red Bull – 540 pontos, 2º) Mercedes – 255, 3º) Aston Martin – 215, 4º) Ferrari – 201 e 5º) McLaren – 111.

Próximo encontro: GP da Itália – Monza, dia 3 de setembro.

Luiz Carlos Lima

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