E aê Galera... agora é comigo!

O final de semana a nível de Brasil teve todas as atenções – pelo menos as que deveriam ser direcionadas – para a Stock Car que neste final de semana disputaria a sua corrida de número 600.

A direção da Stock Car colocou sua assessoria de imprensa para trabalhar na divulgação de que “todos os ingressos para a corrida foram vendidos”. Mas as imagens não mentem e quando sobrevoaram a pista com o drone, ficou visível que o gramadão estava muito vazio. Talvez tenham vendido os ingressos da pequena arquibancada (e nem essa estava lotada). Adoro quando esse pessoal passa vergonha pública, ainda mais com uma coluna com o volume de leitores que eu tenho.

Na seção, o Ogro tá na Pista, a etapa da Copa HB20. apresentou grandes disputas em Goiânia, mas eu gostaria mesmo de agradecer os mais de 55 mil leitores que acessaram e leram minha última coluna, sobre a Turismo Nacional e a Fórmula Truck, mostrando que é de automobilismo que gostamos de ler e de automobilismo que esse Ogro gosta de escrever.

Stock Car

O calor de sempre e uma desculpa fajuta de que “haveria uma rajada de vento” para adiar a largada para as 14:00 horas, desculpa dada pelo canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...), mas que na verdade era por conta de um programa pago na Band. Um sol daqueles, 54°C na pista e a prova pelo anel externo prometia um espetáculo selvagem e que, depois de me ver livre do programa pago e do canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...). Evidente que fui prestigiar o melhor narrador de automobilismo do país, meu camarada, o Sinestro, que tinha que carregar o mala sem alças e sem rodinhas do Prosdócimo como comentarista.

Para a corrida 1 o pole position era César Ramos e ao seu lado estava Lucas Foresti para puxar o grid de 31 carros. Completada as voltas de apresentação para aquecimento dos pneus, os carros alinharam lado a lado e o seu CASETTA (Sim, esse é o sobrenome do diretor de prova...) deu a largada, César Ramos alinhou no meio e garantiu a ponta, seguido por Lucas Foresti e pelo Filho do Receptador de Muamba. Mais para trás, foi muita gente batendo porta e tinha um solavanco para a retomada do anel na parte final. Na volta 3 liberaram o push nutella. Gabriel Casagrande era o P4 e segurava o pelotão com os 3 primeiros fugindo na frente. Na volta 6 começou a janela de paradas e o líder foi o primeiro a entrar. Duas voltas depois Lucas Foresti e o Filho do Receptador de Muamba pararam e houve uma inversão de posição na parada, mérito da equipe dos boxes, mas eles voltaram atrás de César Ramos. Daniel Serra abandonou com problema hidráulico na direção. Digo Baptista bateu porta com Ricardo Mauricio na curva 1 e levou a pior, saindo da pista. Os três últimos a parar eram o Decano Barrichello, Gianluca Petecof e Tonhão Narizinho. Depois das paradas obrigatórias, Lucas Foresti estava sob ataque de Ricardo Zonta na P3. César Ramos tinha o Filho do Receptador de Muamba nos retrovisores, mas vinha controlando a vantagem com os push nutella. A outra briga importante era pela P10, que dá a pole da corrida 2 na inversão do grid. Nos minutos finais o Filho do Receptador de Muamba diminuiu a diferença para César Ramos. Thiago Camilo era o P6 quando dez a curva 1 pelo gramado, perdendo várias posições. Na penúltima volta a briga pela ponta ficou feroz, mas com o um push nutella na entrada da reta na última volta, César Ramos garantiu a vitória, seguido do Filho do Receptador de Muamba e Lucas Foresti foi o P3.

Aí veio o balé do Bebum perneta para inverter os 10 primeiros. Com isso a pole ficou com Bobby Filho, com Gaetano Di Mauro ao seu lado para puxar o grid com os sobreviventes da corrida 1. Depois de três voltas para arrumar o lugar de todo mundo, o diretor de provas, ‘seu’ CASETTA (sim, esse é o sobrenome dele...) deu a largada e Bobby Filho largou bem e teve enrosco grande no meio do pelotão. ‘Seu’ CASETTA botou pra fora o Safety Car. Thiago Camilo, Guilherme Salas, Mathias Rossi, Julio Campos, muita terra na pista e na frente, Bobby Filho era o líder, seguido de Átila Abreu e Gaetano Di Mauro. Perdemos 10 dos 30 minutos de corrida e o carro de Bobby Filho perdeu rendimento e na briga pela ponta, Gaetano Di Mauro superou Átila Abreu, mas a briga não terminou e Rafael Suzuki veio na balada. Aberta a janela de paradas obrigatórias, Rafael Suzuki se deu bem e voltou na frente de Gaetano Di Mauro, mas Átila Abreu tomou a frente dos dois. Após as paradas, Átila Abreu era o líder, mas tomava sufoco de Rafael Suzuki. O Decano Barrichello assumiu a P3 e a uma certa distância 12 pilotos brigavam pela P4 de Digo Baptista. O Decano Barrichello superou Rafael Suzuki, mas levou “o troco do Push”. Gianluca Petecof, um dos últimos a parar, voltou na P4 e foi pra cima do Decano Barrichello, que empurrou o moleque pro barrão.

Uma pancada feia no meio da reta com Cacá Bueno batendo muito forte em Gabriel Casagrande depois que ele foi tocado pelo Filho do Receptador de Muamba. O certo era dar uma bandeira vermelha para arrumarem a pista e terminar a corrida, mas a bandeira vermelha veio com o fim da corrida e os três primeiros eram Átila Abreu, Rafael Suzuki e o Decano Barrichello. Após as corridas vieram as decisões dos ‘comissacos’... mas não alteraram os pódios.

O Ogro tá na Pista

Copa HB20

Com uma trégua no calor Goiano, os pilotos da Copa Shell Hyundai HB20 tiveram um dia agitado no Autódromo Ayrton Senna. No sábado pela manhã foi definido o grid, onde cravaram a pole position os pilotos Bernardo Cardoso (Pro), Thaline Chicoski (Elite) e Enzo Falquete (Super). Na categoria Pro a vitória ficou com Ernani Kuhn e Pedro Burger venceu na Super. Mas terino é treino e corrida é corrida e numa categoria com o equilíbrio da Copa HB20, isso é mais do que certo, até no Velocittà!

O pole position Bernardo Cardoso largou bem e conseguiu defender sua vantagem. Ernani Kuhn saltou bem na largada para assumir a segunda posição. O líder do campeonato Alberto Cattucci largou da sexta posição, mas caiu para oitavo. Faltando cerca de 19 minutos para o fim, Ernani Kuhn atacou Bernardo Cardoso para assumir a liderança da prova. O pole passou a se defender das investidas de Leo Rufino, que não demorou para ganhar a posição. Faltando nove minutos para o final, Bernardo Cardoso levou uma ultrapassagem dupla, com Thiago Riberi assumindo a terceira colocação e Enzo Gianfratti a quarta. Ernai Kuhn seguiu sem maiores problemar para receber a bandeira quadriculada em primeiro, seguido de Leo Rufino e Thiago Riberi. Pela classe Elite, a pole position foi da piloto Thaline Chicoski. Largando da P1, a bela do carro pink não conseguiu segurar a ponta da classe e terminou a primeira corrida da etapa na segunda colocação da classe. A vitória ficou com Pedro Burger e a terceira colocação terminou Bruno Grigatti. Na Super, a pole position ficou com o líder do campeonato Enzo Falquete, convertendo sua vantagem em vitória. Uli Dias foi o segundo colocado e Claudio Harmuch o terceiro.

A Copa Shell Hyundai HB20 concluiu a quinta etapa da temporada 2023 neste domingo (desta vez com um calor daqueles típicos) em Goiânia. Sem repetir vencedores em nenhuma das classes; Marcus Índio largou na frente para a segunda corrida na classe PRO e se defendeu de Alberto Cattucci e Bruno Testa. Momentos depois a prova foi neutralizada com Safety Car após incidente envolvendo alguns carros e voltou com 17 minutos no cronômetro regressivo. No momento Marcus Índio liderava seguido de perto por Alberto Cattucci. Faltando oito minutos para o final, os sete primeiros colocados andavam juntos e Alberto Cattucci assumiu a liderança, com Marcus Índio em segundo e assim foram até o final. Enzo Gianfratti foi o P3. a disputa da classe Elite, quem largou na frente foi Vito Ardito dividindo a primeira fila com Leo Martins, que terminou com a vitória na classe após colocar um carro da Pro entre ele e o segundo colocado da categoria, que foi justamente o pole. Bruno Grigatti foi o P3. Pela classe Super quem subiu no ponto mais alto do pódio foi Claudio Harmuch, que largou da sexta posição para a segunda prova. Augusto Freitas, pole do sábado foi o segundo e Uli Dias foi o terceiro.

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

- Pergunta para os sábios: como é que um piloto que lidera o campeonato que disputa estaria fazendo uma péssima temporada? O Martelo conseguiu afirmar essa bobagem (o advérbio não era bem esse...) na transmissão da F2.

- E no seu melhor “inglês de bula de remédio” (a expressão não era bem essa...) o Martelo fala que vai ter o “resumo da sessão”. O “Meu Jesus Cristo” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...) foi ouvido em toda Palmas!

- Eu gostaria de ter visto a cara do Neguim na entrevista que ele deu pra Cadeiruda tentando explicar porque tomou pau do Boneco do Toy Story...

- Assisti as corridas do TCR no Autódromo de San Luis na Argentina. Um autódromo que a República Sebastianista de Banânia (Obrigado Gargamel) jamais terá em seu território.

- A transmissão foi pelos canais do Pateta, só não esperava ver ter na narração o Pato Donald em pessoa! Os comentários – sem sal ou qualquer tempero – foi do Cepacol. Ao menos as corridas foram boas!

- Quando esse pessoal fala “sou de humanas” para explicar erros de matemática que uma criança de 8 anos não comete, eu chamo de burro mesmo!

- Aí o Caprichoso, o “de humanas”, fala na narração que a torcida holandesa estava “apupando Max Vertappen”. Apupar: verbo transitivo direto. Significado: vaiar, escarnecer.

- Entre as gagazices do Matualeme, e as abobrinhas (o advérbio não era bem esse...) do Caprichoso, o Goleiro de Pebolim ia salvando a transmissão com as traduções que o Dr. Smith (que foi ver o Smith Jr. correr nos EUA) não consegue fazer.

Indo para a Stock Car, depois de uma semana anunciando terem “vendido todos os ingressos”, a imagem do drone mostrou que o gramado do autódromo estava praticamente vazio. Nem mesmos as arquibancadas estavam com todos os lugares ocupados.

- Enquanto a Band passava um programa pago de sorteio de carros, fui obrigado a dar uma zapeada nos canais globêsticos (a segunda vogal não era bem essa...) pra dar umas risadas. Foi difícil não engasgar com a farofa!

- O canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...) e quase falido fez a transmissão do estúdio e mandaram pra pista uma jornalista local que tentou dar uma lacrada no baixinho narigudo e ex-presidente da FIA, convidado do Macarroni em sua busca ridícula por compensação financeira pelo erro da Ferrari na parada nos boxes em Singapura. O experiente dirigente fez a mocinha passar vergonha ao vivo, devolvendo a lacrada.

- Ainda no canal globêstico (a segunda vogal não era bem essa...) informou que a largada foi atrasada por uma previsão de ventos fortes, quando na verdade foi pelo programa pago que ainda estava no ar na Band.

- Mostrando que esse “pessoal de humanas” é vergonhosamente burro, o Prosdócimo mostrou toda a sua “destreza matemática” afirmando – ao vivo na transmissão – que os pilotos tinham 20 push (nutella) para usar nas duas corridas e que se usassem 12 na primeira, “restariam 3 para a segunda”. O “Meu Jesus Cristo” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...) foi ouvido até no autódromo!

- Mas a melhor do dia foi o Sinestro informar que, com o atraso da largada, seríamos poupados do Show de Horrores com o Arrelia Jr. e que iriam direto para o futebol da Série B. Minha gargalhada ecoou por toda a cidade.

- Encerrei o dia assistindo a Indy nos canais do Pateta com o Barbicha, o Tigrinho e o Mestre dos Magos. Sorry Alexi Lalas, mas não dá pra aguentar a MamaBia. Contratem de volta o Taquara Rachada.

- Por fim, meus profundos sentimentos aos pilotos da Moto 1000 que faleceram em Cascavel. Vi o acidente. Foi chocante.

Felicidades e velocidade,

Paulo Alencar