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Fittipaldi salva pontos em Zandvoort, Kiko Porto vence na PRO2000 e Giaffone é campeão da USF Jr. PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 27 August 2023 22:46

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos a volta das férias de verão das categorias mundiais e as corridas envolvendo os pilotos brasileiros, aspirantes ao topo da carreira nas categorias mais importantes do automobilismo mundial.

 

Neste retorno as atividades de pista, a FIA Fórmula 2 – descasada da sua “irmã mais nova” – foi acelerar em Zandvoort, na Holanda, com Enzo Fittipaldi em alta depois das grandes corridas em Spa-Francorchamps. Nos Estados Unidos, após uma boa estreia na Indy NXT, Francisco ‘Kiko’ Porto volta a disputa pelo vice campeonato (o título está praticamente decidido em favor de Myles Rowe) na PRO2000, no programa Road to Indy.

 

FIA Fórmula 2

De volta das férias (onde os pilotos não relaxam, cuidam da forma física e pilotam muito... nos simuladores que tem em casa), Enzo Fittipaldi vem para as três últimas rodadas duplas em alta e é o segundo colocado no “campeonato da Red Bull”, tendo deixado pra trás Dennis Hauger e Zane Maloney. A previsão de tempo instável, a pista estreita e sem uma reta longa vai exigir voltas limpas e sem erros.

 

 

O treino livre, de 45 minutos, “começou sem começar”. Passados 10 minutos de treino, apenas Joshua Mason estava na pista. Havia uma previsão de tempo instável, com chances de chuvas (a pista estava com alguns pontos molhados na hora do treino livre). Só no final do terceiro terço de corrida que Enzo Fittipaldi – e a maioria do grid – veio pra pista, que estava com muita areia para comprometer a aderência dos pneus médios e macios, os escolhidos para esse final de semana.

 

A primeira volta rápida de Enzo Fittipaldi ficou na casa de 1m26,2s, muito longe dos mais rápidos que já estavam virando na casa de 1m24s. Depois de uma volta para resfriar os pneus, na segunda volta rápida o brasileiro virou em 1m24,3s, mas nessa altura os mais rápidos já estavam virando na faixa de 1m23s. Os dois carros da Carlin estavam fora do top-10 na metade do treino e ficar fora fo top-10 nessa pista é um grande problema.

 

 

Os 15 primeiros estavam separados por 1s. Enzo Fittipaldi conseguiu melhorar um pouco, baixando para 1m24,2s, mas isso era muito pouco e faltando 20 minutos para o final do treino ele era exatamente o P15. Abrindo o terço final, o brasileiro melhorou alguns centésimos o seu tempo de volta, mas isso não mudou muito sua vida antes de ir para os boxes. Enzo Fittipaldi voltou pra pista nos 10 minutos finais, mas não vinha conseguindo melhorar seu tempo de volta e com a pista cheia, muito trafego e muita areia, o treino acabou com uma bandeira vermelha e Enzo Fittipaldi terminando numa preocupante P18.

 

Depois do primeiro treino livre da Fórmula 1 os pilotos da FIA Fórmula 2 voltaram à pista para o treino de classificação. A pista estava seca, mas o vento forte era garantia de chegada de mais areia para complicar a vida dos pilotos. O céu estava com muitas nuvens e todos foram logo para a pista e todos calçando pneus macios. Enzo Fittipaldi virou sua primeira volta rápida em 1m23,264s, mas os primeiros já haviam entrado na casa de 1m21s. Enzo Fittipaldi foi para os boxes precocemente, assim como Zane Maloney.

 

 

Com 10 minutos de treino os dois pilotos da Carlin voltaram para a pista, a intenção era fazer as voltas rápidas sem transito. Enzo Fittipaldi fez sua volta em 1m22,002s, mas isso dava apenas a P17. A Carlin, definitivamente estava sem acerto para a pista. Zane Maloney estava com a P20. Os 18 dos 22 carros estavam dentro de 0,8s a partir do pole position. Depois da volta conseguida, Enzo Fittipaldi e Zane Maloney voltaram para os boxes.

 

Com 11 minutos e meio para o fim os pilotos começaram a voltar para a pista e a transmissão mostrou um descumprimento de regra no pit lane para Enzo Fittipaldi (provavelmente liberação insegura). Antes que alguém completasse uma volta rápida Jehan Daruvala rodou e bateu sozinho e provocou a interrupção do treino faltando 7m16s. Todos os pilotos foram obrigados a voltar para os boxes e isso deixaria todos sob mais pressão.

 

 

Na liberação para o retorno à pista, Enzo Fittipaldi foi o segundo da fila na saída dos boxes. Juan Manuel Correa rodou sozinho e provocou outra bandeira vermelha com 3m34s para o final do tempo. Zane Maloney se deu bem e cruzou a linha de chegada antes da bandeira vermelha. A saída dos boxes tinha tudo pra ser uma loucura e Enzo Fittipaldi saiu dos boxes puxando a fila. Na abertura da sua volta rápida Clement Novalak bateu sozinho e provocou a terceira bandeira vermelha que acabou com o treino. Prejuízo total para Enzo Fittipaldi que ficou com a P19.

 

Na manhã do sábado os pilotos da FIA Fórmula 2 acordaram com um desafio adicional para a corrida ‘Sprint”: chuva! Antes da corrida, no treino livre 3 da Fórmula 1, pista molhada e muitas rodadas, saídas de pista bandeiras vermelhas... tudo para fazer uma corrida confusa. Para Enzo Fittipaldi, largando na P19 em uma pista que, em condições normais, as ultrapassagens são difíceis, uma condição diferente do convencional era a melhor chance para conseguir mudar o terrível resultado do treino, prejudicado pelas bandeiras vermelhas.

 

A largada atrasou. O pole bateu na volta pra ir ao grid e, se largasse, teria que ser dos boxes. Chovia na hora da largada e a direção de prova colocou o safety car para fazer a volta de apresentação. A largada foi em movimento depois da saída do carro de segurança e com uma volta a menos. E na saída da curva 4, a primeira após a inclinada, já tivemos uma batida feia com Jak Crawford, Ralph Boshung e Kush Maini (que ficou com o carro embaixo do carro do indiano. O safety car veio pra pista, mas houve uma demora em colocar a bandeira vermelha. Enzo Fittipaldi era o P15.

 

 

A bandeira vermelha comprometeu o tempo de prova. Diferente do que vinha acontecendo, onde a corrida da FIA Fórmula 2 acontecia após o treino de classificação da Fórmula 1 e como não pode atrasar a transmissão da Fórmula 1, a corrida não acabaria por voltas, mas por tempo de corrida. Muito ruim para Enzo Fittipaldi... e com a torcida para não haver mais incidentes que provoquem bandeiras amarelas ou vermelhas.

 

Quando os carros saíram dos boxes o cronômetro na regressiva, com 22 mnutos, foi acionado. A largada estava programada para ser em movimento, mas antes da largada a corrida foi suspensa por falta de condições de pista e a corrida foi suspensa. Com falta de tempo, a corrida não seria reiniciada e “e sem ter acontecido corrida”, se fossem seguir o regulamento da Fórmula 1 não teria pontuação pra ninguém... com uma corrida de “meia volta” de bandeira verde, não tinha como atribuir pontos a ninguém. Fizeram a coisa certa.

 

No domingo pela manhã os pilotos da FIA Fórmula 2 voltaram à pista para a ‘feature race’. A pista estava seca, mas tinha alguns pontos úmidos. O céu tinha muitas nuvens e uma chuva durante a corrida não estava descartada. Enzo Fittipaldi, que não conseguiu fazer uma volta rápida na segunda metade do treino de classificação por conta das bandeiras vermelhas, largava na P19. Alguns pilotos arriscaram largar com pneus slicks, outros foram com pneus de chuva.

 

 

A volta de apresentação, onde Joshua Mason ficou parado, foi atrás do safety car e a largada foi com os carros em movimento e muita gente rodou nas primeiras curvas para as 40 voltas. Enzo Fittipaldi subiu para a P16 e o safety car voltou pra pista. O carro de segurança deixou a pista na abertura da volta 4 e era evidente que a aderência estava muito baixa. Tivemos mais gente escapando na curva 1 Enzo Fittipaldi ganhou tres posições e subiu para a P13, tendo Ayumu Iwasa e Kush Maini à sua frente, logo ele assumiu a P11.

 

Na volta 8 começaram as paradas obrigatórias e os pilotos que estavam com pneus de chuva e com pneus macios começaram a parar. Com isso, na volta 9, Enzo Fittipaldi estava na zona de pontos. Na volta 10, na volta de saída, Theo Pourchaire bateu sozinho com os pneus gelados e Enzo Fittipaldi entrou nos boxes no momento exato. Frederik perdeu os dois pneus traseiros após a parada ficando com a traseira colada no asfalto. Safety car na pista e Enzo Fittipaldi era o P10 depois de sair dos boxes, mas o live timing o colocava com 1 volta de desvantagem, depois ele voltou para a P9 e na volta do líder, que era o que víamos na TV.

 

 

A relargada veio na abertura da volta 17. Enzo Fittipaldi largou bem e manteve a P9. Victor Martins bateu rodas com Oliver Bearman, que foi pra grama e com isso Enzo Fittipaldi ganhou a P8, com Amaury Cordeel colado nele. Completada metade da corrida, Enzo Fittipaldi estava a 0.9s de Isack Hadjar, mas a direção de prova não havia liberado a abertura de asa móvel, o que veio a ser liberada na volta 22.

 

Enzo Fittipaldi ficou a mais de 1s de Isack Hadjar, sem poder abrir asa e tinha que se virar para continuar à frente de Amaury Cordeel. Na altura da volta 25 a direção de prova mudou a informação e a corrida iria terminar por tempo e não pelo número de voltas. Isack Hadjar perdeu o direito à asa móvel. Enzo Fittipaldi estava a 1,1s do francês e tinha Victor Martins com uma punição de 10s à sua frente, o que colocava o brasileiro na P7.

 

 

Faltando 11 minutos para o final da corrida Enzo Fittialdi entrou em condição de abrir asa móvel e tinha deixado pra trás Amaury Cordeel. Apesar da vantagem da abertura de asa, o nosso representante não conseguiu atacar Isack Hadjar pela P7 (na pista) e foi cuidar de “continuar na pista” com problemas nos pneus, mas conquistou os 6 pontos (um resultado espetacular para sua condição de largada). Assim, ele sai da Holanda na P6 no campeonato, com 104 pontos. A próxima etapa é no próximo final de semana em Monza, na Itália.

 

PRO 2000

Os pilotos do Road to Indy da categoria PRO2000 foram para o Circuito f The Américas, em Austin, Texas. Kiko Porto, depois de fazer sua estreia na Indy NXT, estava de volta em sua categoria para concluir este inal de temporada, buscando terminar o campeonato em alta, garantir ao menos o vice campeonato e com isso abrir portas para subir mais um degrau em buca da chance de correr na Fórmula Indy. Enquanto isso, Nicholas Monteiro ia conhecer mais uma pista nos EUA e continuar seu aprendizado.

 

 

Nos treinos livres da sexta-feira, Kiko Porto começou com o pé direito no fundo do acelerador, marcando o melhor tempo da sessão. Nicholas Monteiro, pela primeira vez no COTA, ficou com a P17, 2,2s mais lento que o brasileiro da De Force. Kiko Porto continuou mandando na tabela de tempos na segunda sessão. Nicholas monteiro enfrentou dificuldades na sessão e ficou apenas com a P19, sem marcar um bom tempo de volta.

 

 

A manhã do sábado reservou a sessão que definiria o grid e Kiko Porto ficou com a P2, 245 milésimos atrás de Mac Clark. Nicholas Monteiro evoluiu na classificação com a P16, mas ainda estava a 2,7s do melhor tempo da sessão. Com uma pista muito larga e com muitas possibilidades de ultrapassagem, Kiko Porto ia para a corrida com grandes possibilidades de vitória e Nicholas Monteiro de mostrar ter mais ritmo de corrida que de treino.

 

No final da tarde do sábado tivemos a corrida 1 do final de semana e após a volta de apresentação os pilotos alinharam dois a dois e, na largada, Kiko Porto foi muito bem para tomar a liderança. Nicholas Monteiro também largou bem e tomou a P15 antes que Jace Denmark e Jordan Missig batessem e provocassem uma bandeira amarela para compactar o pelotão.

 

 

Quando relargaram na abertura da volta 4, Kiko Porto manteve a ponta, mesmo com Mac Clark colado nele por toda a reta dos boxes. O Brasileiro conseguiu uma pequena folga ainda na volta 4 e foi ampliando. Nicholas Monteiro manteve a P15 e vinha tentando se aproximar de Avery Towns. O carro de Kiko Porto parecia estar melhor nas curvas do que em reta. Ao contrário das categorias na Europa, track limits não eram “limits” para ninguém.

 

 

Nicholas Monteiro não conseguiu segurar os ataques de Louka St.Jean e caiu para P16. Kiko Porto continuava na ponta, mas Mac Clark fez na volt 8 a melhor volta da corrida, com os dois virando na casa de 2m3s. Michael D’Orlando foi para os boxes e Nicholas Monteiro recuperou a P15. Faltando 6 voltas, a vantagem de Kiko Porto passava de 1s sobre Mac Clark. Nicholas Monteiro superou Louka St. Jean, mas os dois se enrolaram e Linday Brewer passou os dois na briga pela P13.

 

 

No terço final da corrida Kiko Porto não conseguia mais virar voltas na casa de 2m3s, mas a 3 voltas do fim, tinha 1,5s de vantagem sobre Mac Clark. Louka St.Jean voltou a superar Nicholas Monteiro que caiu para a P16, mas na penúltima volta ele recuperou a P15 em cima de Lindsay Brewer. Kiko Porto fez uma volta ruim e a diferença caiu de 1s na abertura da volta final, mas isso não foi suficiente para que ele deixasse de conquistar uma grande vitória. Nicholas Monteiro terminou na P15.

 

 

Na manhã do domingo tivemos a segunda corrida da USF PRO2000 e com Kiko Porto largando na pole position. Após a volta de apresentação os pilotos alinharam lado a lado para a largada em movimento e Kiko porto largou bem, mantendo a ponta Nicholas Monteiro manteve a P19 onde largou, Nikita Johnson largou bem e tomou a P2 de Mac Clark. Antes do final da primeira das 15 voltas, Nicholas Monteiro tomou a posição de Lindsay Brewer e subiu para a P18.

 

 

Nikita Johnson manteve Kiko Porto sob pressão, junto com Mac Clark. Os três abriram uma grande vantagem para os demais e Nikita Johnson estava claramente mais rápido e continuou atacando até conseguir tomar a primeira posição na abertura da volta 7. Nikita Johnson passou e abriu uma pequena vantagem, deixando Kiko Porto sob a pressão de Mac Clark. Nicholas Monteiro superou Avery Towns e subiu para a P17. Ricardo Escotto despencou depois de segurar a P4 por meia corrida e acabou abndonando. Com isso Nicholas Monteiro ganhou a P16.

 

 

No terço final de prova Kiko Porto precisou lutar muito para manter a segunda posição, mas conseguiu manter a colocação e foi o piloto que mais pontuou na etapa disputada no COTA. Myles Rowe continuou líder do campeonato com 333 pontos, mas Kiko Porto reduziu a diferença e tinha 275 pontos na P2, 30 pontos à frente de Salvador de Alba. Nicholas Monteiro era o P17 com 99 pontos. Portland, a última etapa do campeonato, reservava uma rodada tripla, mas o título só viria com um milagre para o piloto de Recife.

 

Nicolas Giaffone Campeão!

A USF Jr. disputou sua última rodada tripla no COTA e com todo o apoio da família, que esteve em Austin, nos estados Unidos, Nicolas Giaffone, Rookie na temporada, venceu o campeonato da categoria de entrada do Road to Indy. Com um grande vantagem no campeonato, ele precisava de muito pouco para garantir o título antes mesmo da disputa das três corridas uma vez que o regulamento garante pontos a todos os pilotos que participam das corridas.

 

 

Na primeira das três corridas, disputada no sábado, Nicolas Giaffone foi o terceiro colocado e com os pontos obtidos e com a combinação de resultados, ele só precisava largar na corrida 2, manhã do domingo com a terceira posição, e agora tem uma vantagem de 64 pontos para o seu adversário mais próximo no campeonato. Seriam necessários 66 pontos para garantir o título. Contudo, o regulamento jogava a seu favor uma vez que garante pelo menos mais três pontos em cada corrida, pontuação suficiente para o brasileiro conquistar o título da categoria de entrada do Road to Indy.

 

 

Depois do pódio na corrida do sábado, um sétimo lugar na corrida disputada pela manhã (apesar de ter assumido a liderança e ter sofrido um toque que o tirou da pista), o 7º lugar foi mais que suficiente para a família Giaffone comemorar o título de Nicolas. Na última corrida do campeonato, na tarde do domingo, uma P8 sem preocupações apenas encerrou este que foi um verdadeiro cartão de visitas para seus adversários. Muitos subirão de categoria e irão disputar a USF 2000 no próximo ano.

 

 

Ainda tivemos a participação de Lucas Fecury, também na equipe DeForce, que nesta rodada tripla conquistou a P7 na primeira corrida e uma P6 na segunda corrida. Um toque logo na primeira volta provocou o abandono de Lucas Fecury no encerramento da temporada. Nicolas Giaffone foi o campeão com 389 pontos e Lucas Fecury terminou o campeonato na P9 com 206 pontos.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

  
Last Updated ( Sunday, 27 August 2023 23:39 )