Oi, pessoal, tudo bem?

Como falei na semana passada, me tornei um dos donos da equipe Meyer Shank Racing (MSR)e estou muito empolgado com essa experiência ao lado do Jim Meyer, Mike Shank e Liberty Media. Ah, como muita gente perguntou, sim, a Liberty Media que está no grupo de proprietários da MSR é a mesma que è dona da Fórmula 1.

Mas, voltando ao anúncio, deixei claro que minhas novas funções dentro da MSR vão tomar muito meu tempo e quero entrar de cabeça nesse desafio. É por esse motivo que não disputarei a temporada completa da IndyCar, somente a Indy 500. Obviamente que correria também pela minha equipe se a Indy voltasse para o Brasil. Mas, concretamente, vou tentar o quinto anel no Indianapolis Motor Speedway. 

Como eu já imaginava, essa notícia teve uma repercussão no mundo todo, principalmente no Brasil e Estados Unidos. Mas algumas matérias que li falavam em “aposentadoria”, o que obviamente não é verdade. De fato, optei por não correr a temporada toda na IndyCar pelos motivos que já expliquei. Mas são tantas opções que tenho pela frente que, com toda certeza, estarei na pista competindo em algum outro campeonato em 2024.

Antes que vocês perguntem, vou dizer quais seriam essas opções. A primeira que se apresenta é a IMSA WeatherTech SportsCar Championship. Embora minha carreira nesse campeonato não seja muito longa, tenho um bom retrospecto com os protótipos. 

Corri em 2018, 2019 e 2020, sempre pela equipe Penske e fomos campeões no último ano, o Ricky Taylor e eu. Depois disso, venci três Rolex 24 at Daytona, integrando as tripulações da Wayne Taylor Racing (2021) e MSR (2022 e 2023).

Por causa disso, me apaixonei pelo campeonato e pelos protótipos, o que faz deste campeonato uma opção muito forte para mim. Posso dizer, inclusive, que algumas conversar já começaram, nada que possa ser falado, por enquanto.

NASCAR também é uma opção. Sempre desejei correr com esses carros. Não sei se já contei aqui, mas no meu tempo de Penske, cansei de pedir para o Roger deixar eu correr, mas ele nunca deixou. Claro que sempre entendi os motivos dele, mas a vontade permaneceu.

Minha participação no SRX Racing desde sua criação, em 2021, me aproximou um pouco desse tipo de carro e competição. A categoria do Tony Stewart só corre em ovais e é uma experiência incrível. Vou ser honesto com vocês, o calendário muito extenso da NASCAR é um dificultador, mesmo assim estaria disposto a experimentar.

A Stock Car no Brasil seria outra possibilidade. Tenho muito respeito por esse campeonato, as corridas são incríveis, a organização é impecável e tem uma visibilidade muito grande. O Lincoln e o Julianelli atualmente, mais o Col tempos atrás, fizeram e fazem da Stock Car uma categoria prá lá de profissional e só tem fera no grid. Realmente, seria legal participar.

Na verdade, já tive algumas experiências na Stock Car, quando corri pela equipe A. Mattheis, com apoio da Shell. Foi superlegal. Fiz uma prova em Interlagos e iria fazer uma corrida em Ribeirão Preto pela mesma equipe, mas sofri um acidente nos treinos e o Dr. Dino achou melhor que eu não participasse.

Enfim, amigos, qualquer que seja a categoria, dentro ou fora dos Estados Unidos, certamente correrei no ano que vem. Me sinto muito bem, não perdi a velocidade e continuo muito competitivo. Então, bora lá que tenho muita corrida pela frente.

Abração e ótimo final de semana para todos.

Helio Castroneves

Reprodução autorizada da coluna de Helio Castroneves, originalmente publicada no site www.lance.com.br