Como vem acontecendo desde o início da temporada até agora, chegamos  à 11ª etapa do Campeonato, na Hungria, os carros da Fórmula 1 estão consistentemente mais próximos. Observamos no 2º treino livre, na sexta-feira, 15 carros separados por menos de um segundo. Do carro que virou em 1m17s686, o de Charles Leclerc (Ferrari) para o que o que virou 1m18s504, o de Kevin Magnussen (Haas), ficou a diferença de 0s818.

A certeza de que teríamos um grid com resultado surpreendente se confirmaria no sábado, na qualificação: Lewis Hamilton (Mercedes) cravou o melhor tempo, em 1m16s609, 0s003 mais rápido que Max Verstappen (Red Bull), que virou em 1m16s612. Os dois carros da McLaren vieram logo a seguir, com Lando Norris em 1m16s694 e Oscar Piastri em 1m16s905. A diferença entre esses quatro carros foi de 0s296, ou seja, menos de três décimos de segundo. Os dois carros da Alfa Romeo, quem diria, marcaram o 5º e o 7º tempos, com Guanyu Zhou em 1m16s691 e Valtteri Bottas em 1m17s034. Em 6º o Ferrari de Charles Leclerc, com 1m16s992. De 8º a 10º marcaram Fernando Alonso (Aston Martin) em 1m17s035, Sergio Perez (Red Bull) em 1m17s045 e Nico Hulkenberg (Haas) em 1m17s186. Sete equipes, das dez existentes, colocaram pelo menos um carro entre os dez primeiros. Carlos Sainz, com o outro Ferrari marcou o 11º tempo.

McLaren vem sendo a segunda melhor equipe nas duas últimas corridas, superando Mercedes, Ferrari e Aston Martin. As atualizações têm sido mais bem sucedidas em algumas equipes. Alonso confiava nas novidades introduzidas na Aston, mas não se confirmaram. A Mercedes tem sido a mais feliz das três enquanto a Ferrari tropeça em seus próprios erros. A marca italiana ameaça reagir. Porém, erra por simplesmente ter medo de errar. Internamente parece um caldeirão fervendo. Imaginamos que estão caçando bruxas.

Na corrida Verstappen não demorou nem meia volta para assumir a liderança e só foi visto na bandeirada, parando sem perder a ponta e com uma mão e meia no seu terceiro título mundial. Os dois carros da McLaren, com Norris se firmando em segundo e Piastri só sendo superado por Perez (Red Bull) e Hamilton (Mercedes) chegaram nessa ordem. Perez, que largou em nono chegou em terceiro. Boa corrida para o mexicano. George Russell chegou em sexto depois de lagar em 18º. Foi o melhor piloto da corrida. Os dois Ferrari chegaram em 7º (Leclerc) e 8º (Sainz). Fechando a zona de pontuação os dois Aston Martin, em 9º Alonso e em 10º Stroll. Cinco equipes chegaram nas dez primeiras colocações: Red Bull, McLaren, Mercedes, Ferrari e Aston Martin.

O GP da Hungria marca exatamente a metade da temporada. O GP da Bélgica, no dia 30 de julho, marca o último GP antes das férias de meio de temporada, já que a Fórmula 1 só retorna no dia 27 de agosto, no GP da Holanda. Essas férias são apenas de pista, porque internamente, nas fábricas, as atualizações continuam sendo produzidas. Nenhuma equipe, nem mesmo a Red Bull, pode perder tempo. Evoluir em ritmo alucinante é norma entre os participantes. Ninguém se espante com as surpresas que poderão acontecer, como Guanyu Zhou em quinto no grid. Esperamos que ocorram mesmo, inclusive o que parece impossível no momento: outra equipe superar a Red Bull antes do final da temporada.

Situação do Campeonato Mundial de Pilotos: 1º) Max Verstappen – 281 pontos, 2º) Sergio Perez – 171, 3º) Fernando Alonso – 139,  4º) Lewis Hamilton – 133 e 5º) George Russell – 90.

Situação do Campeonato Mundial de Construtores: 1º) Red Bull – 452 pontos, 2º) Mercedes – 223, 3º) Aston Martin – 184, 4º) Ferrari – 167 e 5º) McLaren – 87.

Luiz Carlos Lima

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.